JORGE NUNO PINTO DA COSTA: SuperTaça: Sistema 1-0 Setúbal

21-05-2011
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No primeiro jogo oficial da época, o sistema como se esperava venceu a SuperTaça com mais um Apito Encarnado.Sistema 1-0 V.SetúbalRicardo Chaves"O árbitro pediu-me desculpa"Ricardo Chaves acabou por ser um dos protagonistas do encontro. Foi sobre ele a pretensa falta que originou o golo do Benfica, bastante contestado pelos sadinos. "Foi claramente falta. Tenho na perna marcados os pitons do Giovanni, o árbitro não apitou e o Benfica acabou por marcar. No final do jogo fui-lhe mostrar as marcas do lance e ele disse-me que não viu falta nenhuma, mas acabou por me dizer: se errei peço desculpa, ao que lhe respondi: De nada servem porque acabamos por perder o jogo por causa desse lance", afirmou. O jogo Luís Lourenço: "Lembrei-me das palavras de Dias da Cunha"O administrador da SAD vitoriana responsável pelo futebol, Luís Lourenço, era no final do encontro o mais inconformado da comitiva vitoriana. O dirigente criticou a arbitragem de Olegário Benquerença e disse terem-lhe vindo à memória as palavras do presidente do Sporting. "No final do jogo lembrei-me das palavras de Dias da Cunha. No lance do golo do Benfica houve uma falta clara sobre o Ricardo Chaves que ainda tem as marcas dos pítons na perna, mas o árbitro não assinalou. As coisas são o que são e o Benfica tem a força que tem. Perdemos com um golo ilegal. Assim custa perder", lamentou. O Jogo Ficha de jogo Estádio Algarve | relvado: bom | espectadores: 26009 | árbitro: Olegário Benquerença [Leiria] | assistentes: Luís Marcelino e Valter Oliveira [Leiria] | 4º árbitro: Nuno Almeida O Tribunal de O JOGOO caso do jogo: 51'No lance que originou o golo do Benfica, da autoria de Nuno Gomes, Geovanni envolve-se a meio-campo com Ricardo Chaves, com o jogador do Vitória a ficar queixoso no chão. O árbitro Olegário Benquerença ajuizou bem ao deixar seguir a jogada? JORGE COROADO O lance é precedido de falta a meio-campo de Geovanni sobre Ricardo Chaves. Falta não assinalada que no seu desenvolvimento, permitiu a obtenção do golo do Benfica. Para além da falta técnica, não decidida pelo árbitro, à semelhança de outros lances, ficou também por proceder à acção disciplinar. Uma entrada daquelas não é por acaso. O cartão vermelho impunha-se. (mão para baixo) SOARES DIAS Não, porque efectivamente há falta de Geovanni sobre Ricardo Chaves. O jogador do Benfica pisa o pé do jogador do Vitória de Setúbal na disputa de bola. Teria, portanto, que haver lugar a um livre indirecto contra o Benfica, surgindo depois o golo encarnado numa jogada precedente de falta. Uma vez que o lance é casual penso que, neste caso, não haveria motivos para sanção disciplinar. (mão para baixo) ROSA SANTOS A jogada é precedida de falta do jogador do Benfica sobre Ricardo Chaves. O árbitro deveria ter assinalado a falta, interrompendo, por isso, o jogo. Uma vez que a entrada foi algo violenta, admitia-se que o árbitro sancionasse Geovanni disciplinarmente, com o cartão amarelo. (mão para baixo) ANTÓNIO ROLA Em face do que foi possível observar, o árbitro deveria ter assinalado falta contra o jogador do Benfica, já que Geovanni pisa o pé do seu adversário. Ficou assim por punir essa infracção. Dado que os jogadores se envolveram numa disputa de bola, aceitava-se somente a sanção técnica, não existindo, por isso, motivo para acção disciplinar. (mão para baixo) O Jogo OLEGÁRIO BENQUERENÇACritério disciplinar muito largo e simpático. Um erro maior na avaliação de uma entrada de Geovanni sobre Ricardo Chaves. Para azar de Benquerença, esse lance estaria na origem do único golo da partida e, por isso, da decisão final desta Supertaça Cândido de Oliveira A BolaÁrbitro Olegário Benquerença (2). O árbitro de Leiria volta a ficar ligado a um jogo do Benfica, desta feita com eventuais razões de queixa a pertencerem ao Vitória. No lance do golo, os encarnados ganham a posse da bola graças a uma falta de Geovanni sobre Ricardo Chaves, ainda no meio-campo benfiquista. No resto, o jogo não conheceu lances muito complicados de ajuizar.Record - Autor: HÉLIO NASCIMENTO Data: Domingo, 14 de Agosto de 2005 03:47:00 "Sentimento de frustração por perder com golo ilegal"Antes de terminar, Norton de Matos voltou a analisar a arbitragem, falando do sentimento de frustração dos seus jogadores por causa da derrota com "um golo ilegal": "Há um certo desânimo porque sabíamos que seria difícil o Benfica perder duas finais seguidas com o Vitória, mas vencer assim... Era um momento único para o Vitória. Há de facto um sentimento de alguma frustração por ter sido um golo ilegal. Houve dualidade de critérios. O Ricardo Chaves tem os pitões marcados na perna! Houve falta clara e se fosse assinalada não sabemos como seria o resto do jogo. O golo do Benfica parte de um livre que podia ter sido assinalado." SOBRE O RESULTADO "Merecíamos pelo menos empatar e chegar ao prolongamento. O Vitória jogou para ganhar. Entrámos receosos mas fomos equilibrando a partida e pressionámos o Benfica, mas não conseguimos marcar. Perdemos mas estamos a ganhar uma equipa" SOBRE A INFELICIDADE "Nos lances finais foi por um triz que não marcámos. Não houve superioridade do Benfica, que é uma equipa candidata a ter das melhores equipas do Mundo. Demos excelente réplica e fomos dignos vencidos. Não fico desiludido quanto ao futuro" SOBRE A ARBITRAGEM "Há alguma frustração por ter sido um golo ilegal. Houve dualidade de critérios. O Ricardo Chaves tem os pitões marcados na perna! Houve falta clara e se fosse assinalada não sabemos como seria o resto do jogo" O JogoBenquerença malquerençaComo diria George Orwell, as dúvidas são todas iguais mas há algumas dúvidas mais iguais que as outras. Há dúvidas boas, daquelas que justificam o benefício da dúvida; e há dúvidas más, daquelas que normalmente resultam em terríveis erros judiciais e respectivas injustiças. Veja-se o caso de Olegário Benquerença. Na última temporada ajuizou um lance duvidoso. Petit chutou a bola de longe, Baía largou-a mas acabaria por desviá-la à segunda. Para Olegário, o guarda-redes do FC Porto conseguiu desviá-la antes de entrar na baliza; para os bilhões de benfiquistas espalhados um pouco por todo o universo conhecido, a bola estava toda lá dentro. O lance foi analisado ao microscópio, foi recriado digitalmente por supercomputadores, foi investigado por reputados físicos e químicos e a dúvida persistiu. Apesar disso, Olegário não beneficiou da dúvida, foi prejudicado por ela, cruxificado e mandado para o degredo dos jogos anónimos. Passaram-se uns meses e Olegário foi nomeado - até parece coisa de sorteio - para apitar a Supertaça. Logo apareceram um senhores de dedo em riste a avisar que iam estar muito atentos às dúvidas de Benquerença, enquanto se benziam furiosamente com a outra mão. Mas desta vez, Olegário portou-se bem. Houve um lance que uns acharam duvidoso e outros não. Geovanni entrou de forma dura sobre Ricardo Chaves no meio-campo defensivo do Benfica. Talvez fosse falta, mas Benquerença mandou seguir. O Benfica marcou o seu golo na sequência desse lance e o árbitro, bem, o árbitro mereceu o benefíco da dúvida. Não valeu a pena analisar a coisa ao microscópio, nem recriar o lance num supercomputador, nem usar a canela de Ricardo Chaves como prova nº 1, nem perguntar a opinião a um reputado físico. Os senhores de dedo em riste guardaram-no no lugar do costume e calaram-se muito caladinhos. O que Olegário Benquerença aprendeu nos últimos meses devia fazer parte dos manuais para aprendiz de árbitro: em caso de dúvida, beneficia-se o Benfica. É um sossego. Falta a Olegário aprender a engolir sapos. Se tivesse engolido um, se tivesse cumprimentado quem passou o último ano a insinuar que ele, Benquerença, é desonesto e mal intencionado, talvez tivesse ganho uma palmadinha nas costas depois do grande trabalho que assinou no Estádio do Algarve. Nunca é tarde para aprender. O Jogo JORGE MAIA

No primeiro jogo oficial da época, o sistema como se esperava venceu a SuperTaça com mais um Apito Encarnado.Sistema 1-0 V.SetúbalRicardo Chaves"O árbitro pediu-me desculpa"Ricardo Chaves acabou por ser um dos protagonistas do encontro. Foi sobre ele a pretensa falta que originou o golo do Benfica, bastante contestado pelos sadinos. "Foi claramente falta. Tenho na perna marcados os pitons do Giovanni, o árbitro não apitou e o Benfica acabou por marcar. No final do jogo fui-lhe mostrar as marcas do lance e ele disse-me que não viu falta nenhuma, mas acabou por me dizer: se errei peço desculpa, ao que lhe respondi: De nada servem porque acabamos por perder o jogo por causa desse lance", afirmou. O jogo Luís Lourenço: "Lembrei-me das palavras de Dias da Cunha"O administrador da SAD vitoriana responsável pelo futebol, Luís Lourenço, era no final do encontro o mais inconformado da comitiva vitoriana. O dirigente criticou a arbitragem de Olegário Benquerença e disse terem-lhe vindo à memória as palavras do presidente do Sporting. "No final do jogo lembrei-me das palavras de Dias da Cunha. No lance do golo do Benfica houve uma falta clara sobre o Ricardo Chaves que ainda tem as marcas dos pítons na perna, mas o árbitro não assinalou. As coisas são o que são e o Benfica tem a força que tem. Perdemos com um golo ilegal. Assim custa perder", lamentou. O Jogo Ficha de jogo Estádio Algarve | relvado: bom | espectadores: 26009 | árbitro: Olegário Benquerença [Leiria] | assistentes: Luís Marcelino e Valter Oliveira [Leiria] | 4º árbitro: Nuno Almeida O Tribunal de O JOGOO caso do jogo: 51'No lance que originou o golo do Benfica, da autoria de Nuno Gomes, Geovanni envolve-se a meio-campo com Ricardo Chaves, com o jogador do Vitória a ficar queixoso no chão. O árbitro Olegário Benquerença ajuizou bem ao deixar seguir a jogada? JORGE COROADO O lance é precedido de falta a meio-campo de Geovanni sobre Ricardo Chaves. Falta não assinalada que no seu desenvolvimento, permitiu a obtenção do golo do Benfica. Para além da falta técnica, não decidida pelo árbitro, à semelhança de outros lances, ficou também por proceder à acção disciplinar. Uma entrada daquelas não é por acaso. O cartão vermelho impunha-se. (mão para baixo) SOARES DIAS Não, porque efectivamente há falta de Geovanni sobre Ricardo Chaves. O jogador do Benfica pisa o pé do jogador do Vitória de Setúbal na disputa de bola. Teria, portanto, que haver lugar a um livre indirecto contra o Benfica, surgindo depois o golo encarnado numa jogada precedente de falta. Uma vez que o lance é casual penso que, neste caso, não haveria motivos para sanção disciplinar. (mão para baixo) ROSA SANTOS A jogada é precedida de falta do jogador do Benfica sobre Ricardo Chaves. O árbitro deveria ter assinalado a falta, interrompendo, por isso, o jogo. Uma vez que a entrada foi algo violenta, admitia-se que o árbitro sancionasse Geovanni disciplinarmente, com o cartão amarelo. (mão para baixo) ANTÓNIO ROLA Em face do que foi possível observar, o árbitro deveria ter assinalado falta contra o jogador do Benfica, já que Geovanni pisa o pé do seu adversário. Ficou assim por punir essa infracção. Dado que os jogadores se envolveram numa disputa de bola, aceitava-se somente a sanção técnica, não existindo, por isso, motivo para acção disciplinar. (mão para baixo) O Jogo OLEGÁRIO BENQUERENÇACritério disciplinar muito largo e simpático. Um erro maior na avaliação de uma entrada de Geovanni sobre Ricardo Chaves. Para azar de Benquerença, esse lance estaria na origem do único golo da partida e, por isso, da decisão final desta Supertaça Cândido de Oliveira A BolaÁrbitro Olegário Benquerença (2). O árbitro de Leiria volta a ficar ligado a um jogo do Benfica, desta feita com eventuais razões de queixa a pertencerem ao Vitória. No lance do golo, os encarnados ganham a posse da bola graças a uma falta de Geovanni sobre Ricardo Chaves, ainda no meio-campo benfiquista. No resto, o jogo não conheceu lances muito complicados de ajuizar.Record - Autor: HÉLIO NASCIMENTO Data: Domingo, 14 de Agosto de 2005 03:47:00 "Sentimento de frustração por perder com golo ilegal"Antes de terminar, Norton de Matos voltou a analisar a arbitragem, falando do sentimento de frustração dos seus jogadores por causa da derrota com "um golo ilegal": "Há um certo desânimo porque sabíamos que seria difícil o Benfica perder duas finais seguidas com o Vitória, mas vencer assim... Era um momento único para o Vitória. Há de facto um sentimento de alguma frustração por ter sido um golo ilegal. Houve dualidade de critérios. O Ricardo Chaves tem os pitões marcados na perna! Houve falta clara e se fosse assinalada não sabemos como seria o resto do jogo. O golo do Benfica parte de um livre que podia ter sido assinalado." SOBRE O RESULTADO "Merecíamos pelo menos empatar e chegar ao prolongamento. O Vitória jogou para ganhar. Entrámos receosos mas fomos equilibrando a partida e pressionámos o Benfica, mas não conseguimos marcar. Perdemos mas estamos a ganhar uma equipa" SOBRE A INFELICIDADE "Nos lances finais foi por um triz que não marcámos. Não houve superioridade do Benfica, que é uma equipa candidata a ter das melhores equipas do Mundo. Demos excelente réplica e fomos dignos vencidos. Não fico desiludido quanto ao futuro" SOBRE A ARBITRAGEM "Há alguma frustração por ter sido um golo ilegal. Houve dualidade de critérios. O Ricardo Chaves tem os pitões marcados na perna! Houve falta clara e se fosse assinalada não sabemos como seria o resto do jogo" O JogoBenquerença malquerençaComo diria George Orwell, as dúvidas são todas iguais mas há algumas dúvidas mais iguais que as outras. Há dúvidas boas, daquelas que justificam o benefício da dúvida; e há dúvidas más, daquelas que normalmente resultam em terríveis erros judiciais e respectivas injustiças. Veja-se o caso de Olegário Benquerença. Na última temporada ajuizou um lance duvidoso. Petit chutou a bola de longe, Baía largou-a mas acabaria por desviá-la à segunda. Para Olegário, o guarda-redes do FC Porto conseguiu desviá-la antes de entrar na baliza; para os bilhões de benfiquistas espalhados um pouco por todo o universo conhecido, a bola estava toda lá dentro. O lance foi analisado ao microscópio, foi recriado digitalmente por supercomputadores, foi investigado por reputados físicos e químicos e a dúvida persistiu. Apesar disso, Olegário não beneficiou da dúvida, foi prejudicado por ela, cruxificado e mandado para o degredo dos jogos anónimos. Passaram-se uns meses e Olegário foi nomeado - até parece coisa de sorteio - para apitar a Supertaça. Logo apareceram um senhores de dedo em riste a avisar que iam estar muito atentos às dúvidas de Benquerença, enquanto se benziam furiosamente com a outra mão. Mas desta vez, Olegário portou-se bem. Houve um lance que uns acharam duvidoso e outros não. Geovanni entrou de forma dura sobre Ricardo Chaves no meio-campo defensivo do Benfica. Talvez fosse falta, mas Benquerença mandou seguir. O Benfica marcou o seu golo na sequência desse lance e o árbitro, bem, o árbitro mereceu o benefíco da dúvida. Não valeu a pena analisar a coisa ao microscópio, nem recriar o lance num supercomputador, nem usar a canela de Ricardo Chaves como prova nº 1, nem perguntar a opinião a um reputado físico. Os senhores de dedo em riste guardaram-no no lugar do costume e calaram-se muito caladinhos. O que Olegário Benquerença aprendeu nos últimos meses devia fazer parte dos manuais para aprendiz de árbitro: em caso de dúvida, beneficia-se o Benfica. É um sossego. Falta a Olegário aprender a engolir sapos. Se tivesse engolido um, se tivesse cumprimentado quem passou o último ano a insinuar que ele, Benquerença, é desonesto e mal intencionado, talvez tivesse ganho uma palmadinha nas costas depois do grande trabalho que assinou no Estádio do Algarve. Nunca é tarde para aprender. O Jogo JORGE MAIA

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