JORGE NUNO PINTO DA COSTA: João, alegre visitante

20-05-2011
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O João? Pode ser o João!Um árbitro de certas preferências e um visitante crónico com o FC Porto Entre as milhares de escutas telefónicas captadas no âmbito do Apito Dourado, desde meados de 2003 e durante um ano, outros figurões do futebol português foram apanhados em falatório, barato ou nem tanto, além dos que se prefere manter na ribalta.TOMAZ ANDRADEPara a semifinal da Taça de 2003-2004 entre Benfica e Belenenses, na Luz, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa e Luís Filipe Vieira engendram a forma de nomear um árbitro do agrado do Benfica.Quando tudo veio a lume, o Belenenses ficou surpreso pelas revelações, no jornal Público precisamente, a 8 de Setembro de 2006: foi afastado da final (3-1) e mantido à parte das conversas que supostamente deviam ser entre todos os intervenientes para bem da bondade de ser nomeado um árbitro do agrado dos clubes em compita. Por isto, o Belenenses sentiu-se à margem mas manifestou a intenção de se constituir assistente no processo. Achou-se prejudicado no jogo e moralmente pelo processo a que foi alheio. E quanto à bondade de nomeações consensuais, os azuis nunca foram tidos nem achados para nada.O processo, esse processo, é que não se sabe se foi instaurado para os azuis se meterem no meio e saberem em que param as modas nos meandros da justiça.Alô, AlôPara o Benfica-Belenenses, Luís Filipe Vieira é apanhado a falar ao telefone com o major. Entre vários nomes de árbitros e rejeitados pelo presidente do Benfica, acaba por surgir um par que agrada aos encarnados.LFV – F… António Costa? F… Isso é tudo Porto!VL – Pronto… E Lucílio?LFV – Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio.VL – E o Duarte [Gomes]?LFV – Nada, zero, ninguém dá. […] Ó major, eu nem quero, nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.VL – E o Proença?LFV – O Proença também não quero.VL – E o João Ferreira?LFV – O João… Pode vir o João. Agora o que eu queria… Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro. Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência por ninguém, à última hora vêm dizer-me que não pode ser o Paraty por causa do Belenenses.O presidente do Benfica tinha riscado uma série de nomes. Não tendo preferência por algum em especial, gostava do Paraty e o João Ferreira também era benquisto.Lucílio na finalFica nos mistérios da Justiça à portuguesa a razão de só dois anos depois dos factos vindos a público sobre o Apito Dourado, em Abril de 2004, esta conversa ter sido divulgada. Já vai avançar o julgamento de Valentim e Cª por causa dos jogos do Gondomar em 2003-04. Está em vias de seguir idêntico caminho uma série de outros processos conexos, apanhados das escutas do género acima descrito.Esta troca de impressões conexa é que não cabe em caso algum em vias de ir a julgamento. Já agora, o Lucílio que Luís Filipe Vieira não desejava para a semifinal acabou por apitar a final com o FC Porto, poupando a expulsão a Fernando Aguiar por agressão a Derlei e expulsando Jorge Costa com dois amarelos a meio da 2ª parte. Pormenores que serviram só para impedir que o FC Porto se tornasse a primeira equipa em Portugal a ganhar duas dobradinhas consecutivas (2003 e 2004).João, alegre visitanteSobra o árbitro João Ferreira que amanhã estará nos Barreiros para o Marítimo-FC Porto.Em 12 jogos que dirigiu o FC Porto na Liga, João Ferreira fez só dois no Porto e desde há 5 anos passou a dirigir jogos do FC Porto na condição exclusiva de visitante.2005 – Benfica-FC Porto (1-0) expulsão perdoada a Leo por meter os pitons nos calcanhares de McCarthy logo aos 8’ junto à bandeirola de canto e nas barbas de um árbitro-auxiliar.2004 – Estoril-FC Porto (1-2), na estreia de José Couceiro, nega um golo ao FC Porto (cortesia de um tal Lacroix como seu auxiliar) e marca uma g.p. contra o FC Porto por mão de Costinha antecedida de mão (não sancionada) do estorilista Moses (também sob escrutínio de Lacroix); Sporting-FC Porto (2-0) com duas expulsões injustificadas de McCarthy e Seitaridis.2003 – Leiria-FC Porto (1-3); Braga-FC Porto (0-3) na estreia oficial da “Pedreira”; Benfica-FC Porto (1-1); Nacional-FC Porto (0-0)2002 – Beira-Mar-FC Porto (1-1); Nacional-FC Porto (1-2)2001 – FC Porto-Benfica (3-2); Belenenses-FC Porto (3-0)2000 – FC Porto-E. Amadora (2-1)… e outras andançasEm 2004, para a Taça em Guimarães, uma carga violenta de Flávio Meireles sobre Costinha (que chegou a usar colar cervical) nem falta teve. Em 2003, no Nacional-Porto, um central dos madeirenses, Cardozo, meteu os pitons no pescoço de Deco e nem falta teve.Pelo meio, desde a I Divisão à II Liga de Honra, este árbitro setubalense viveu momentos muito complicados: já saiu de Braga pela porta das traseiras por marcar uma g.p. que deu empate (1-1) ao Setúbal no último minuto para ajudar os sadinos a não descer; já saiu de Chaves escoltado pela Polícia ainda na época passada. Tem semeado a discórdia por todo o lado, já esta época, inúmeros clubes contestam o seu trabalho, mas o seu modo cortês de não falar com ninguém sem esconder o embaraço que sabe de algumas decisões suas polémicas e muito suspeitas têm permitido a João Ferreira escapar, sabe-se lá como, às parangonas. Este ano, numa situação muito complicada de analisar, permitiu ao Paços de Ferreira ganhar em Alvalade com um golo com a mão.Já agora, em matéria factual e diversificada quanto à capacidade deste árbitro, pode acrescentar-se:2004 – Benfica-Braga, golo mal anulado a João Tomás (indicação do auxiliar); Académica-Sorting (2-3), golo da vitória leonina em falta; Benfica-Leiria (1-1) golo aos 90+4’ de Mantorras em falta assinalada ao contrário, depois de Karadas carregar João Paulo, favorecendo o Benfica, cinco minutos depois de poupar a expulsão a Petit por entrada violenta sobre Fábio Felício num contra-ataque leiriense junto à linha lateral e na divisória do meio-campo – nesta época o Benfica foi campeão…2005 – Braga-Benfica (3-2), g.p. inventada a dar o 2-2 ao Benfica, sem alguém fazer falta; golo da vitória bracarense, nos descontos, em fora-de-jogo sem indicação do seu auxiliar; Belenenses-Sporting (0-1), 2 g.p. negadas aos azuis.2003 – Alverca-Sporting (1-2), desastre técnico e disciplinar que levou o presidente Manuel Bugarim a dizer com todas as letras que “tudo isto foi uma merda!”.2002 – Até como 4º árbitro num V. Guimarães-Benfica (1-4), João Ferreira fez das suas: chamou o árbitro Duarte Gomes e mandou expulsar Romeu que no outro lado do campo agrediu Simão, Inácio acusou João Ferreira de ter espreitado a câmara junto ao relvado para na repetição vislumbrar o que então escapou a todos.Atenção, pois…O perfil, os casos e a oportunidade, estranha, desta nomeação chegam para fazer recear o pior para o FC Porto.Um predilecto de Vieira, nesta fase do campeonato, só pode fazer cheirar a esturro.Nesta altura da época, há dossiês que deviam ser do conhecimento dos jogadores do FC Porto, tanto ou mais que as informações sobre o clube adversário, a manobra da equipa e as características de alguns dos seus jogadores.Pode ser mania da perseguição – há quem seja pior nesta matéria -- mas também gato escaldado de água fria tem medo.O FC Porto terá, mais uma vez, de vencer contra tudo e contra todos.Portistas de Bancada

O João? Pode ser o João!Um árbitro de certas preferências e um visitante crónico com o FC Porto Entre as milhares de escutas telefónicas captadas no âmbito do Apito Dourado, desde meados de 2003 e durante um ano, outros figurões do futebol português foram apanhados em falatório, barato ou nem tanto, além dos que se prefere manter na ribalta.TOMAZ ANDRADEPara a semifinal da Taça de 2003-2004 entre Benfica e Belenenses, na Luz, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa e Luís Filipe Vieira engendram a forma de nomear um árbitro do agrado do Benfica.Quando tudo veio a lume, o Belenenses ficou surpreso pelas revelações, no jornal Público precisamente, a 8 de Setembro de 2006: foi afastado da final (3-1) e mantido à parte das conversas que supostamente deviam ser entre todos os intervenientes para bem da bondade de ser nomeado um árbitro do agrado dos clubes em compita. Por isto, o Belenenses sentiu-se à margem mas manifestou a intenção de se constituir assistente no processo. Achou-se prejudicado no jogo e moralmente pelo processo a que foi alheio. E quanto à bondade de nomeações consensuais, os azuis nunca foram tidos nem achados para nada.O processo, esse processo, é que não se sabe se foi instaurado para os azuis se meterem no meio e saberem em que param as modas nos meandros da justiça.Alô, AlôPara o Benfica-Belenenses, Luís Filipe Vieira é apanhado a falar ao telefone com o major. Entre vários nomes de árbitros e rejeitados pelo presidente do Benfica, acaba por surgir um par que agrada aos encarnados.LFV – F… António Costa? F… Isso é tudo Porto!VL – Pronto… E Lucílio?LFV – Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio.VL – E o Duarte [Gomes]?LFV – Nada, zero, ninguém dá. […] Ó major, eu nem quero, nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.VL – E o Proença?LFV – O Proença também não quero.VL – E o João Ferreira?LFV – O João… Pode vir o João. Agora o que eu queria… Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro. Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência por ninguém, à última hora vêm dizer-me que não pode ser o Paraty por causa do Belenenses.O presidente do Benfica tinha riscado uma série de nomes. Não tendo preferência por algum em especial, gostava do Paraty e o João Ferreira também era benquisto.Lucílio na finalFica nos mistérios da Justiça à portuguesa a razão de só dois anos depois dos factos vindos a público sobre o Apito Dourado, em Abril de 2004, esta conversa ter sido divulgada. Já vai avançar o julgamento de Valentim e Cª por causa dos jogos do Gondomar em 2003-04. Está em vias de seguir idêntico caminho uma série de outros processos conexos, apanhados das escutas do género acima descrito.Esta troca de impressões conexa é que não cabe em caso algum em vias de ir a julgamento. Já agora, o Lucílio que Luís Filipe Vieira não desejava para a semifinal acabou por apitar a final com o FC Porto, poupando a expulsão a Fernando Aguiar por agressão a Derlei e expulsando Jorge Costa com dois amarelos a meio da 2ª parte. Pormenores que serviram só para impedir que o FC Porto se tornasse a primeira equipa em Portugal a ganhar duas dobradinhas consecutivas (2003 e 2004).João, alegre visitanteSobra o árbitro João Ferreira que amanhã estará nos Barreiros para o Marítimo-FC Porto.Em 12 jogos que dirigiu o FC Porto na Liga, João Ferreira fez só dois no Porto e desde há 5 anos passou a dirigir jogos do FC Porto na condição exclusiva de visitante.2005 – Benfica-FC Porto (1-0) expulsão perdoada a Leo por meter os pitons nos calcanhares de McCarthy logo aos 8’ junto à bandeirola de canto e nas barbas de um árbitro-auxiliar.2004 – Estoril-FC Porto (1-2), na estreia de José Couceiro, nega um golo ao FC Porto (cortesia de um tal Lacroix como seu auxiliar) e marca uma g.p. contra o FC Porto por mão de Costinha antecedida de mão (não sancionada) do estorilista Moses (também sob escrutínio de Lacroix); Sporting-FC Porto (2-0) com duas expulsões injustificadas de McCarthy e Seitaridis.2003 – Leiria-FC Porto (1-3); Braga-FC Porto (0-3) na estreia oficial da “Pedreira”; Benfica-FC Porto (1-1); Nacional-FC Porto (0-0)2002 – Beira-Mar-FC Porto (1-1); Nacional-FC Porto (1-2)2001 – FC Porto-Benfica (3-2); Belenenses-FC Porto (3-0)2000 – FC Porto-E. Amadora (2-1)… e outras andançasEm 2004, para a Taça em Guimarães, uma carga violenta de Flávio Meireles sobre Costinha (que chegou a usar colar cervical) nem falta teve. Em 2003, no Nacional-Porto, um central dos madeirenses, Cardozo, meteu os pitons no pescoço de Deco e nem falta teve.Pelo meio, desde a I Divisão à II Liga de Honra, este árbitro setubalense viveu momentos muito complicados: já saiu de Braga pela porta das traseiras por marcar uma g.p. que deu empate (1-1) ao Setúbal no último minuto para ajudar os sadinos a não descer; já saiu de Chaves escoltado pela Polícia ainda na época passada. Tem semeado a discórdia por todo o lado, já esta época, inúmeros clubes contestam o seu trabalho, mas o seu modo cortês de não falar com ninguém sem esconder o embaraço que sabe de algumas decisões suas polémicas e muito suspeitas têm permitido a João Ferreira escapar, sabe-se lá como, às parangonas. Este ano, numa situação muito complicada de analisar, permitiu ao Paços de Ferreira ganhar em Alvalade com um golo com a mão.Já agora, em matéria factual e diversificada quanto à capacidade deste árbitro, pode acrescentar-se:2004 – Benfica-Braga, golo mal anulado a João Tomás (indicação do auxiliar); Académica-Sorting (2-3), golo da vitória leonina em falta; Benfica-Leiria (1-1) golo aos 90+4’ de Mantorras em falta assinalada ao contrário, depois de Karadas carregar João Paulo, favorecendo o Benfica, cinco minutos depois de poupar a expulsão a Petit por entrada violenta sobre Fábio Felício num contra-ataque leiriense junto à linha lateral e na divisória do meio-campo – nesta época o Benfica foi campeão…2005 – Braga-Benfica (3-2), g.p. inventada a dar o 2-2 ao Benfica, sem alguém fazer falta; golo da vitória bracarense, nos descontos, em fora-de-jogo sem indicação do seu auxiliar; Belenenses-Sporting (0-1), 2 g.p. negadas aos azuis.2003 – Alverca-Sporting (1-2), desastre técnico e disciplinar que levou o presidente Manuel Bugarim a dizer com todas as letras que “tudo isto foi uma merda!”.2002 – Até como 4º árbitro num V. Guimarães-Benfica (1-4), João Ferreira fez das suas: chamou o árbitro Duarte Gomes e mandou expulsar Romeu que no outro lado do campo agrediu Simão, Inácio acusou João Ferreira de ter espreitado a câmara junto ao relvado para na repetição vislumbrar o que então escapou a todos.Atenção, pois…O perfil, os casos e a oportunidade, estranha, desta nomeação chegam para fazer recear o pior para o FC Porto.Um predilecto de Vieira, nesta fase do campeonato, só pode fazer cheirar a esturro.Nesta altura da época, há dossiês que deviam ser do conhecimento dos jogadores do FC Porto, tanto ou mais que as informações sobre o clube adversário, a manobra da equipa e as características de alguns dos seus jogadores.Pode ser mania da perseguição – há quem seja pior nesta matéria -- mas também gato escaldado de água fria tem medo.O FC Porto terá, mais uma vez, de vencer contra tudo e contra todos.Portistas de Bancada

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