JORGE NUNO PINTO DA COSTA: João Pinto guarda seis milhões num 'off-shore'

20-05-2011
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http://www.jn.pt/PaginaInicial/João Vieira Pinto, José Veiga e dois ex--dirigentes do Sporting vão ser julgados por fraude fiscal agravada devido a mais de quatro milhões de euros clandestinamente pagos àquele ex-futebolista aquando da transferência, em 2000, do Benfica para o Sporting.Os dirigentes do clube de Alvalade são Luís Duque, ex-líder da SAD, e Rui Meireles, director financeiro na altura dos factos. O DIAP do Ministério Público (MP) de Lisboa exige ao agora comentador de futebol uma indemnização ao Estado de 678 mil euros, acusando-o, ainda, por branqueamento de capitais, a par de Veiga.No final da investigação dos inspectores do combate ao crime económico da PJ, foi concluído que João Pinto só declarou os seus rendimentos ao Fisco após saber que as autoridades se aperceberam do negócio paralelo. A PJ obteve informações bancárias do Reino Unido e do Luxemburgo que permitiram relacionar a propriedade daquelas verbas com os suspeitos. João Pinto, por seu lado, admitiu ser dono de uma "off-shore" designada "Julian Holdings Inc." À data da regularização fiscal, no início de 2006, esta sociedade tinha, numa conta do "BPN Cayman", um total de 6,174 milhões de euros. Uma quantia que levou o MP a escrever no despacho final do inquérito que "inexistindo correspondência entre os valores recebidos do Sporting e aqueles que se encontravam na conta da Julyan Holdings Inc. em Janeiro de 2006, não é possível assegurar que a quantia depositada é a que efectivamente procede de tais recebimentos".Foi ainda concluído que tanto José Veiga como João Pinto faltaram à verdade no inquérito. Veiga, ao garantir ter actuado apenas como amigo do jogador na transferência, nada ter a ver com a "Goodstone", empresa sediada em Inglaterra, e em nome da qual foi transferida parte importante do prémio de "assinatura", e não ter recebido qualquer comissão; Pinto, ao apresentar duas versões e negar, inicialmente, o recebimento de verbas à margem do contrato principal com o Sporting, e negar conhecer a "Goodstone". A investigação, porém, não conseguiu apurar, ao certo, quanto Veiga embolsou: pode ter sido 205 mil euros como o dobro desta quantia. A confusão surge pela divergência de valores entre movimentos bancários - que incluíram negócios de outros jogadores - e documentos contabilísticos. "Ficou pois por esclarecer se o arguido António José Veiga recebeu comissão de intermediação pelo negócio e qual o valor de tal comissão", concluiu o MP. À TVI, João Pinto enfatizou ontem ter a situação fiscal regularizada e estar de consciência tranquila.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/João Vieira Pinto, José Veiga e dois ex--dirigentes do Sporting vão ser julgados por fraude fiscal agravada devido a mais de quatro milhões de euros clandestinamente pagos àquele ex-futebolista aquando da transferência, em 2000, do Benfica para o Sporting.Os dirigentes do clube de Alvalade são Luís Duque, ex-líder da SAD, e Rui Meireles, director financeiro na altura dos factos. O DIAP do Ministério Público (MP) de Lisboa exige ao agora comentador de futebol uma indemnização ao Estado de 678 mil euros, acusando-o, ainda, por branqueamento de capitais, a par de Veiga.No final da investigação dos inspectores do combate ao crime económico da PJ, foi concluído que João Pinto só declarou os seus rendimentos ao Fisco após saber que as autoridades se aperceberam do negócio paralelo. A PJ obteve informações bancárias do Reino Unido e do Luxemburgo que permitiram relacionar a propriedade daquelas verbas com os suspeitos. João Pinto, por seu lado, admitiu ser dono de uma "off-shore" designada "Julian Holdings Inc." À data da regularização fiscal, no início de 2006, esta sociedade tinha, numa conta do "BPN Cayman", um total de 6,174 milhões de euros. Uma quantia que levou o MP a escrever no despacho final do inquérito que "inexistindo correspondência entre os valores recebidos do Sporting e aqueles que se encontravam na conta da Julyan Holdings Inc. em Janeiro de 2006, não é possível assegurar que a quantia depositada é a que efectivamente procede de tais recebimentos".Foi ainda concluído que tanto José Veiga como João Pinto faltaram à verdade no inquérito. Veiga, ao garantir ter actuado apenas como amigo do jogador na transferência, nada ter a ver com a "Goodstone", empresa sediada em Inglaterra, e em nome da qual foi transferida parte importante do prémio de "assinatura", e não ter recebido qualquer comissão; Pinto, ao apresentar duas versões e negar, inicialmente, o recebimento de verbas à margem do contrato principal com o Sporting, e negar conhecer a "Goodstone". A investigação, porém, não conseguiu apurar, ao certo, quanto Veiga embolsou: pode ter sido 205 mil euros como o dobro desta quantia. A confusão surge pela divergência de valores entre movimentos bancários - que incluíram negócios de outros jogadores - e documentos contabilísticos. "Ficou pois por esclarecer se o arguido António José Veiga recebeu comissão de intermediação pelo negócio e qual o valor de tal comissão", concluiu o MP. À TVI, João Pinto enfatizou ontem ter a situação fiscal regularizada e estar de consciência tranquila.

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