JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Asneiras (Jorge Maia escreve sobre Olegário, João Ferreira e os erros a favor do Benfica)

25-05-2011
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AsneirasEntre as muitas coisas que costumam dizer entre dois copos de cerveja morna, os ingleses têm o hábito de lembrar que "two wrongs don't make a right", uma forma simples de dizer que duas asneiras não se anulam mutuamente, antes acumulam, multiplicando-se e aproximando exponencialmente o seu autor do animal que está na raiz etimológica da palavra asneira. JORGE MAIAOra, Olegário Benquerença passou os últimos anos vergado sob o peso de uma decisão polémica tomada num Benfica-FC Porto que ninguém esquece. Petit rematou e Baía defendeu a dois tempos. Para os benfiquistas, a bola entrou pelo menos uns bons dois metros na baliza portista antes de o guarda-redes completar a defesa; para os portistas, a bola estava pelo menos a uns bons dois metros da linha de golo quando Baía a afastou definitivamente. Olegário Benquerença decidiu que não tinha sido golo. Ninguém sabe exactamente se a bola entrou ou não, mas isso não impediu a cruxificação pública do árbitro. Decidir contra o Benfica foi uma asneira, nem que seja por uma questão estatística: em caso de dúvida, um árbitro avisado decide a favor do clube dos seis milhões. Foi isso que Olegário fez no Restelo. Em caso de dúvida, decidiu a favor dos seis milhões. João Ferreira fez mais ou menos o mesmo na Luz. Depois de ter expulso dois benfiquistas no Bessa, teve que ouvir das boas de Petit logo ali, e de meio mundo mais tarde. Fez asneira e aprendeu a lição. No jogo da Luz, onde certamente apitou sem pressão depois desse episódio, expulsou um jogador do Marítimo quando o jogo estava empatado e impediu outro de entrar em campo o tempo suficiente para os encarnados desempatarem o jogo. Desta vez Petit não teve nada desagradável para lhe dizer e meio mundo vai ficar calado, mas isso não muda a essência das coisas: tentou anular uma asneira com outra mas apenas as acumulou. E todos sabemos onde isso o deixa em termos etimológicos. O Jogo Nº 280/22 Ter, 28 Nov 2006

AsneirasEntre as muitas coisas que costumam dizer entre dois copos de cerveja morna, os ingleses têm o hábito de lembrar que "two wrongs don't make a right", uma forma simples de dizer que duas asneiras não se anulam mutuamente, antes acumulam, multiplicando-se e aproximando exponencialmente o seu autor do animal que está na raiz etimológica da palavra asneira. JORGE MAIAOra, Olegário Benquerença passou os últimos anos vergado sob o peso de uma decisão polémica tomada num Benfica-FC Porto que ninguém esquece. Petit rematou e Baía defendeu a dois tempos. Para os benfiquistas, a bola entrou pelo menos uns bons dois metros na baliza portista antes de o guarda-redes completar a defesa; para os portistas, a bola estava pelo menos a uns bons dois metros da linha de golo quando Baía a afastou definitivamente. Olegário Benquerença decidiu que não tinha sido golo. Ninguém sabe exactamente se a bola entrou ou não, mas isso não impediu a cruxificação pública do árbitro. Decidir contra o Benfica foi uma asneira, nem que seja por uma questão estatística: em caso de dúvida, um árbitro avisado decide a favor do clube dos seis milhões. Foi isso que Olegário fez no Restelo. Em caso de dúvida, decidiu a favor dos seis milhões. João Ferreira fez mais ou menos o mesmo na Luz. Depois de ter expulso dois benfiquistas no Bessa, teve que ouvir das boas de Petit logo ali, e de meio mundo mais tarde. Fez asneira e aprendeu a lição. No jogo da Luz, onde certamente apitou sem pressão depois desse episódio, expulsou um jogador do Marítimo quando o jogo estava empatado e impediu outro de entrar em campo o tempo suficiente para os encarnados desempatarem o jogo. Desta vez Petit não teve nada desagradável para lhe dizer e meio mundo vai ficar calado, mas isso não muda a essência das coisas: tentou anular uma asneira com outra mas apenas as acumulou. E todos sabemos onde isso o deixa em termos etimológicos. O Jogo Nº 280/22 Ter, 28 Nov 2006

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