O Cachimbo de Magritte: Caro Filipe:

31-05-2010
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Vou tentar a medida justa nas palavras. Há um grupo de arruaceiros que quer provocar violência durante a visita do Papa a Portugal. Só conheço uma maneira civilizada de a evitar: polícia. Repare: a situação é qualitativamente diferente da dos cartoons asquerosos de António. A censura, aqui, só pode ser polida: não comprar o jornal que o tolera, dizer o que deve ser dito – que os cartoons são asquerosos, etc. (Erro imperdoável dos que recorrem ao mesmo vocabulário pestilento destes corruptores para os contradizer: fazem o mesmo, mas isso são outros milhões.) É o jogo da liberdade de expressão. Já a arruaça é coisa diferente. Os menires não resolvem. A única coisa que evocam, nessa altura, é o que se pretende evitar. E não é avisado pedir abnegação sem limites a cidadãos. É impolítico, quer dizer, ruinoso.


Vou tentar a medida justa nas palavras. Há um grupo de arruaceiros que quer provocar violência durante a visita do Papa a Portugal. Só conheço uma maneira civilizada de a evitar: polícia. Repare: a situação é qualitativamente diferente da dos cartoons asquerosos de António. A censura, aqui, só pode ser polida: não comprar o jornal que o tolera, dizer o que deve ser dito – que os cartoons são asquerosos, etc. (Erro imperdoável dos que recorrem ao mesmo vocabulário pestilento destes corruptores para os contradizer: fazem o mesmo, mas isso são outros milhões.) É o jogo da liberdade de expressão. Já a arruaça é coisa diferente. Os menires não resolvem. A única coisa que evocam, nessa altura, é o que se pretende evitar. E não é avisado pedir abnegação sem limites a cidadãos. É impolítico, quer dizer, ruinoso.

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