Malta da Tropa que curte Bola: Os meus onzes ideais

15-10-2009
marcar artigo

Mudança de ano é sempre, como até qualquer bebé recém-nascido sabe, uma boa altura para se fazerem balanços. Pois bem, como eu não me considero melhor nem pior do que os outros, também decidi fazer o meu próprio balanço. Mas não um simples balanço de 2005, pois parece-me que, decorrida que está a primeira semana de 2006, seria difícil analisar algo que já não tivesse sido esmiuçado até ao caroço. Por isso decidi fazer um balanço dos últimos 15 anos. Balanço de quê, perguntam os milhões de leitores. Não vou fazer mais suspense: decidi revelar finalmente quais são os meus onzes ideais dos três grandes do nosso futebol, na última década e meia. Até gostaria de ter ido mais longe no passado, mas na verdade a minha memória e, confesso, a minha colecção dos Cadernos de A Bolha não mo permitem. Como nem tudo são rosas, a minha próxima posta será dedicada aos onzes não-ideais dos mesmos clubes no mesmo período de tempo, isto é, a minha selecção de flops que passaram por Luz, Alvalade e Dragão (Antas) nos últimos tempos.Sport Lisboa e BenficaOnze ideal: Preud’homme; Veloso, Mozer, Ricardo e Schwarz; Vítor Paneira, Thern, Valdo e Simão; Isaías e Van Hooijdonk.Suplentes: Enke, Luisão, Paulo Sousa, Poborsky, João Pinto, Nuno Gomes e César Brito.Equipa técnica: Eriksson e Toni.Reconheço que não foi uma tarefa muito fácil, encontrar um onze de grande qualidade para os últimos 15 anos da águia, claramente o pior período da sua história. Daí que muitos dos meus escolhidos pertençam aos primórdios dos anos 90, nomeadamente antes do aparecimento do poeta Artur Jorge, bem apoiado pelo sua direcção. Talvez a maior surpresa do onze inicial seja Pierre Van Hooijdonk, que apenas fez uma época na Luz e logo a pior de todas, em 2000/01, em que o Benfica terminou em sexto lugar no campeonato. Mas penso que, pelo que o holandês fez nessa época, mostrou ser o ponta-de-lança mais completo que vestiu de encarnado nos últimos anos.Futebol Clube do Porto Onze ideal: Vítor Baía; João Pinto, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Branco; Madjer, Costinha, Deco e Drulovic; Jardel e Derlei.Suplentes: Silvino, Aloísio, Maniche, Jaime Magalhães, Timofte, Kostadinov e Domingos.Equipa técnica: Mourinho e Robson.Ao contrário do que aconteceu com o Benfica, o FC Porto viveu nos últimos 15/20 anos os melhores momentos da sua história. Por isso a dificuldade aqui foi escolher quem deixar de fora. Tive algumas dúvidas na escolha dos centrais, mas tendo em conta o equilíbrio de valores, optei por aqueles que participaram nas recentes conquistas internacionais do dragão. O mesmo aconteceu na escolha de Costinha para trinco e de Derlei para o ataque, em detrimento de, por exemplo, Domingos. Difícil foi também escolher o guarda-redes suplente, visto que, na ausência de Baía, ninguém se impôs na baliza azul-e-branca. Silvino pareceu-me a melhor opção. No banco coloquei Timofte, que, apesar de ter dado mais nas vistas no Boavista, foi dos jogadores mais elegantes que vi actuar nas Antas. No banco, naturalmente, Robson surge como adjunto de Mourinho, ao contrário do que aconteceu na realidade.Sporting Clube de Portugal Onze ideal: Schmeichel; Carlos Xavier, Luisinho, André Cruz e Leal; Pedro Barbosa, Douglas, Duscher e Balakov; Jardel e Acosta.Suplentes: Ivkovic, Valckx, Oceano, Figo, Amunike, Quaresma e Liedson.Equipa técnica: Inácio e Bölöni.Apesar de sportinguista, esta foi a equipa que me deu mais trabalho a escolher. De um lado estavam jogadores com que eu simpatizava, mas que nada ganharam, de outro jogadores que foram campeões, mas que não me diziam tanto. Passo a explicar algumas opções. Para a baliza, um sector que tem sido muitas vezes mal preenchido nos últimos anos, optei por Schmeichel por ter sido campeão e por ter o nome que tem. No banco Ivkovic, pelo que fez nas duas primeiras épocas, mesmo que as duas últimas tenham sido um tormento. Luisinho nada ganhou, mas era a classe em pessoa. Nas laterais, Carlos Xavier fez as suas melhores exibições naquela posição e o mal-amado Leal ainda foi o mais completo lateral-esquerdo leonino dos últimos anos, deixando Rui Jorge a um canto. O meio-campo é mais ou menos consensual, sendo Douglas um dos meus jogadores-fetiche, que teve azar de jogar no Sporting numa altura complicada. Jardel e Acosta “deram” um campeonato cada um ao clube de Alvalade, por acaso os dois únicos conquistados neste período. Para orientar a equipa escolhi os dois treinadores campeões, mesmo assumindo que não são técnicos de top. Mas não havia mais escolha possível.E prontos, são estas as minhas equipas-tipo de cada um dos grandes nos últimos 15 anos. O que é que a restante malta (da tropa ou não) tem a dizer?

Mudança de ano é sempre, como até qualquer bebé recém-nascido sabe, uma boa altura para se fazerem balanços. Pois bem, como eu não me considero melhor nem pior do que os outros, também decidi fazer o meu próprio balanço. Mas não um simples balanço de 2005, pois parece-me que, decorrida que está a primeira semana de 2006, seria difícil analisar algo que já não tivesse sido esmiuçado até ao caroço. Por isso decidi fazer um balanço dos últimos 15 anos. Balanço de quê, perguntam os milhões de leitores. Não vou fazer mais suspense: decidi revelar finalmente quais são os meus onzes ideais dos três grandes do nosso futebol, na última década e meia. Até gostaria de ter ido mais longe no passado, mas na verdade a minha memória e, confesso, a minha colecção dos Cadernos de A Bolha não mo permitem. Como nem tudo são rosas, a minha próxima posta será dedicada aos onzes não-ideais dos mesmos clubes no mesmo período de tempo, isto é, a minha selecção de flops que passaram por Luz, Alvalade e Dragão (Antas) nos últimos tempos.Sport Lisboa e BenficaOnze ideal: Preud’homme; Veloso, Mozer, Ricardo e Schwarz; Vítor Paneira, Thern, Valdo e Simão; Isaías e Van Hooijdonk.Suplentes: Enke, Luisão, Paulo Sousa, Poborsky, João Pinto, Nuno Gomes e César Brito.Equipa técnica: Eriksson e Toni.Reconheço que não foi uma tarefa muito fácil, encontrar um onze de grande qualidade para os últimos 15 anos da águia, claramente o pior período da sua história. Daí que muitos dos meus escolhidos pertençam aos primórdios dos anos 90, nomeadamente antes do aparecimento do poeta Artur Jorge, bem apoiado pelo sua direcção. Talvez a maior surpresa do onze inicial seja Pierre Van Hooijdonk, que apenas fez uma época na Luz e logo a pior de todas, em 2000/01, em que o Benfica terminou em sexto lugar no campeonato. Mas penso que, pelo que o holandês fez nessa época, mostrou ser o ponta-de-lança mais completo que vestiu de encarnado nos últimos anos.Futebol Clube do Porto Onze ideal: Vítor Baía; João Pinto, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Branco; Madjer, Costinha, Deco e Drulovic; Jardel e Derlei.Suplentes: Silvino, Aloísio, Maniche, Jaime Magalhães, Timofte, Kostadinov e Domingos.Equipa técnica: Mourinho e Robson.Ao contrário do que aconteceu com o Benfica, o FC Porto viveu nos últimos 15/20 anos os melhores momentos da sua história. Por isso a dificuldade aqui foi escolher quem deixar de fora. Tive algumas dúvidas na escolha dos centrais, mas tendo em conta o equilíbrio de valores, optei por aqueles que participaram nas recentes conquistas internacionais do dragão. O mesmo aconteceu na escolha de Costinha para trinco e de Derlei para o ataque, em detrimento de, por exemplo, Domingos. Difícil foi também escolher o guarda-redes suplente, visto que, na ausência de Baía, ninguém se impôs na baliza azul-e-branca. Silvino pareceu-me a melhor opção. No banco coloquei Timofte, que, apesar de ter dado mais nas vistas no Boavista, foi dos jogadores mais elegantes que vi actuar nas Antas. No banco, naturalmente, Robson surge como adjunto de Mourinho, ao contrário do que aconteceu na realidade.Sporting Clube de Portugal Onze ideal: Schmeichel; Carlos Xavier, Luisinho, André Cruz e Leal; Pedro Barbosa, Douglas, Duscher e Balakov; Jardel e Acosta.Suplentes: Ivkovic, Valckx, Oceano, Figo, Amunike, Quaresma e Liedson.Equipa técnica: Inácio e Bölöni.Apesar de sportinguista, esta foi a equipa que me deu mais trabalho a escolher. De um lado estavam jogadores com que eu simpatizava, mas que nada ganharam, de outro jogadores que foram campeões, mas que não me diziam tanto. Passo a explicar algumas opções. Para a baliza, um sector que tem sido muitas vezes mal preenchido nos últimos anos, optei por Schmeichel por ter sido campeão e por ter o nome que tem. No banco Ivkovic, pelo que fez nas duas primeiras épocas, mesmo que as duas últimas tenham sido um tormento. Luisinho nada ganhou, mas era a classe em pessoa. Nas laterais, Carlos Xavier fez as suas melhores exibições naquela posição e o mal-amado Leal ainda foi o mais completo lateral-esquerdo leonino dos últimos anos, deixando Rui Jorge a um canto. O meio-campo é mais ou menos consensual, sendo Douglas um dos meus jogadores-fetiche, que teve azar de jogar no Sporting numa altura complicada. Jardel e Acosta “deram” um campeonato cada um ao clube de Alvalade, por acaso os dois únicos conquistados neste período. Para orientar a equipa escolhi os dois treinadores campeões, mesmo assumindo que não são técnicos de top. Mas não havia mais escolha possível.E prontos, são estas as minhas equipas-tipo de cada um dos grandes nos últimos 15 anos. O que é que a restante malta (da tropa ou não) tem a dizer?

marcar artigo