O Monárquico

03-08-2010
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Os piores inimigos dos monárquicos portugueses Os monárquicos são o maior movimento clandestino português, mas também o mais desorganizado e amador. Há cem anos que não passamos de uma eterna promessa e somos vistos como um bando de líricos do passado. De braços cruzados, esperamos que algo caia do céu, que um dia os republicanos nos ofereçam de bandeja o regime. As pessoas que povoam os círculos monárquicos têm diferentes expectativas, vêm de diversos lados e em comum têm uma perfeita incompetência para mudar o estado das coisas.Os indíviduos que querem de alguma forma fazer uma escalada social são os piores inimigos dos movimentos monárquicos. Porque se imiscuem sem terem as devidas motivações, se promovem sem conhecerem verdadeiramente os valores fundamentais que devem comandar as nossas acções. E alcançado o objectivo pessoal, ou à mais pequena contrariedade, abandonam prontamente a causa comum. Quer queiramos quer não, nas últimas décadas são estes quem têm mais aparecido, nas festas, nas touradas, nas revistas e em todas as actividades fúteis e desnecessárias que imperam por aí, dando uma imagem profundamente negativa do nosso trabalho.Outro grande problema são os chamados “fidalgos”, muitos eles de origem duvidosa e com títulos vindos do final da monarquia. Querendo a todo o custo um protagonismo que não têm e sem compreender o que significa o valor da tradição familiar, defendem a monarquia como meio de criação de uma oligarquia tentacular cujo epicentro os beneficiaria. Esta visão é muitas vezes transposta para fora do círculo monárquico e um veneno que contagia qualquer tentativa de publicitar as vantagens que podemos oferecer ao povo português. É preciso, com o máximo de urgência, um afastamento total deste tipo de gente e uma clarificação sobre este assunto.Já as famílias tradicionais portuguesas, verdadeiro tesouro patrimonial português, são esquecidas e afastadas. Não se querendo envolver com os “arrivistas” e demais “paraquedistas”, têm muitas vezes uma atitude de desinteresse. São, na verdade, uma guarda de elite adormecida, à espera da ordem de combate. Mas a verdade é que D. Sebastião não voltará num qualquer dia de nevoeiro e precisamos destes preciosos guerreiros.O maior problema é, no entanto, a falta de interesse. Para muita gente, o actual estado de coisas é o melhor possível: sem nenhumas responsabilidades, algumas honras e uma série de ovelhas de rebanho a quem mandar. Para quê mais? Para quê uma luta dispendiosa quando o dinheiro serve muito bem para jantaradas e outros luxos? Porquê trabalhar no duro quando se tem tudo de forma gratuita? - Para esta gente, novas ideias radicais ou agendas muito preenchidas são situações a eliminar.Depois surgem de vez em quando umas ideias sem pés nem cabeça, vindas de grupos mais ou menos organizados. Os seus objectivos são, na verdade, encabeçar a fila de ovelhas amestradas que tanto criticam. E se alguma vez chegarem ao “poder” irão defendê-lo da mesma forma que os actuais fazem, numa eterna dormência de imparável inércia.É impossível alguém racional entender as estruturas monárquicas em Portugal. Porque razão não se organizam da mesma forma que uma associação moderna deve fazer? Porque é que não há eventos sérios, campanhas bem planeadas ou elementos profissionais a actuar? Penso que já sabemos porquê. Passados cem anos, os mesmos causadores da queda da Monarquia continuam bem vivos .


Os piores inimigos dos monárquicos portugueses Os monárquicos são o maior movimento clandestino português, mas também o mais desorganizado e amador. Há cem anos que não passamos de uma eterna promessa e somos vistos como um bando de líricos do passado. De braços cruzados, esperamos que algo caia do céu, que um dia os republicanos nos ofereçam de bandeja o regime. As pessoas que povoam os círculos monárquicos têm diferentes expectativas, vêm de diversos lados e em comum têm uma perfeita incompetência para mudar o estado das coisas.Os indíviduos que querem de alguma forma fazer uma escalada social são os piores inimigos dos movimentos monárquicos. Porque se imiscuem sem terem as devidas motivações, se promovem sem conhecerem verdadeiramente os valores fundamentais que devem comandar as nossas acções. E alcançado o objectivo pessoal, ou à mais pequena contrariedade, abandonam prontamente a causa comum. Quer queiramos quer não, nas últimas décadas são estes quem têm mais aparecido, nas festas, nas touradas, nas revistas e em todas as actividades fúteis e desnecessárias que imperam por aí, dando uma imagem profundamente negativa do nosso trabalho.Outro grande problema são os chamados “fidalgos”, muitos eles de origem duvidosa e com títulos vindos do final da monarquia. Querendo a todo o custo um protagonismo que não têm e sem compreender o que significa o valor da tradição familiar, defendem a monarquia como meio de criação de uma oligarquia tentacular cujo epicentro os beneficiaria. Esta visão é muitas vezes transposta para fora do círculo monárquico e um veneno que contagia qualquer tentativa de publicitar as vantagens que podemos oferecer ao povo português. É preciso, com o máximo de urgência, um afastamento total deste tipo de gente e uma clarificação sobre este assunto.Já as famílias tradicionais portuguesas, verdadeiro tesouro patrimonial português, são esquecidas e afastadas. Não se querendo envolver com os “arrivistas” e demais “paraquedistas”, têm muitas vezes uma atitude de desinteresse. São, na verdade, uma guarda de elite adormecida, à espera da ordem de combate. Mas a verdade é que D. Sebastião não voltará num qualquer dia de nevoeiro e precisamos destes preciosos guerreiros.O maior problema é, no entanto, a falta de interesse. Para muita gente, o actual estado de coisas é o melhor possível: sem nenhumas responsabilidades, algumas honras e uma série de ovelhas de rebanho a quem mandar. Para quê mais? Para quê uma luta dispendiosa quando o dinheiro serve muito bem para jantaradas e outros luxos? Porquê trabalhar no duro quando se tem tudo de forma gratuita? - Para esta gente, novas ideias radicais ou agendas muito preenchidas são situações a eliminar.Depois surgem de vez em quando umas ideias sem pés nem cabeça, vindas de grupos mais ou menos organizados. Os seus objectivos são, na verdade, encabeçar a fila de ovelhas amestradas que tanto criticam. E se alguma vez chegarem ao “poder” irão defendê-lo da mesma forma que os actuais fazem, numa eterna dormência de imparável inércia.É impossível alguém racional entender as estruturas monárquicas em Portugal. Porque razão não se organizam da mesma forma que uma associação moderna deve fazer? Porque é que não há eventos sérios, campanhas bem planeadas ou elementos profissionais a actuar? Penso que já sabemos porquê. Passados cem anos, os mesmos causadores da queda da Monarquia continuam bem vivos .

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