O Monárquico

03-08-2010
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Cristo-Marxismo?O Professor Cardoso da Silva está, como tem estado, confuso…Defende uma monarquia electiva, e agora defende um cristianismo marxista! Tornou-se um mestre do paradoxo. Pena que não explique como dar sentido a tais contradições…O refúgio é uma pueril vitimização . Fala da minha soberba… Estivesse eu assoberbado e nem sequer me dignaria a escrever um texto sobre os seus erros! Limitar-me-ia ao escárnio a que generalizadamente o votaram. Tentei fazê-lo ver os seus erros… Talvez seja esse o meu erro! Erro de quem considera que o velho método dialéctico ainda serve para alguma coisa que não a exaltação de vaidades. Já vi que não é esse o caso, tal foi a forma como tomou a crítica como ofensa (relegando a Verdade ao papel de apêndice), quer pela forma como apenas repetiu os erros anteriormente proferidos.Em primeiro plano ressalta à vista a concepção anti-cristã de Justiça.A confusão do Prof. Cardoso da Silva é, por demais, evidente.Defende que a propriedade não é um bem absoluto… E logo me coloca a perfilhar tal ideologia liberal! De onde tirou tal ideia? Não saberá que os conservadores como eu defendem a propriedade como um meio? Sendo um meio está subordinada ao Bem Comum… logo não é um valor absoluto, como é na visão liberal! Penso que também tenho o benefício de não ser liberal…A razão parece ser uma visão curta do problema… Uns, socialistas, defendem que a propriedade está subordinada ao Povo, outros, liberais, defendem-na como ideal absoluto. Esta visão não nada mais contempla que esta dicotomia! Nada que uns óculos não resolvam… É que faz parte da doutrina de Burke, Donoso Cortés, Russell Kirk, Chesterton, ou mesmo Salazar e Sardinha, que a propriedade esteja subordinada ao Bem Comum! Penso que estes amigos serão insuspeitos de serem marxistas…E se estes amigos são insuspeitos de serem marxistas (algo que hoje não se pode dizer de NCS), também tiveram o cuidado de observar as deficiências e incompatibilidades do marxismo na permissão da vida e virtudes cristãs.Desde logo estes pensadores observaram os erros do marxismo (algo que não se pode também dizer de NCS).O marxismo possui dois erros fundamentais (de entre muitos).O materialismo marxista é uma clara objecção à vida cristã. O Prof. NCS demonstra bem o seu anti-cristianismo ao afirmar que a dignidade humana reside na posse!“Todos temos direito à dignidade, a qual passa também pelo acesso a um mínimo de bens materiais. Tentar substituir um direito por uma esmola é indigno e perverso.”É uma concepção errada e anti-cristã afirmar isto. A dignidade existe mesmo no Homem que nada tem… O homem que nada tem e, mesmo assim, não renega aquilo pelo que lutou e em que acredita é o homem digno! É esse o exemplo e é isso que dignifica a pobreza…O argumento utilizado por NCS é exactamente o mesmo utilizado pelos defensores da prostituição…Mas vê-se logo onde foi o ilustre Prof. beber essa concepção de que o Homem tem direitos materiais de propriedade antes de ter nascido. Foi buscar à concepção jacobina da Revolução Francesa, aos assassinos de cristãos da Vendeia…Essa colagem aos jacobinos é óbvia! E torna-se mais evidente quando implica que a política deve ser a defesa dos desfavorecidos…É obviamente falsa essa asserção. A política é a vantagem de todos! É outra das ideias marxistas que o parecem ter contagiado…O marxismo é amoral! É amoral porque tem na sua génese uma ideia anti-cristã…O objectivo marxista é dar a cada um os meios para que este faça o que quiser da sua vida. É a erradicação do pecado (como dizia Chesterton), mas através da destruição dos critérios de avaliação do certo e do errado (como disse Dostoyevski, não é o Homem alcançar o céu, mas arrancar o céu para a Terra). No marxismo o certo e errado é ditado pelo critério histórico-materialista… Será que o Homem, e o cristão em particular, pode aferir a justiça das suas acções ao compará-la com esse critério que implica que o Homem se move apenas por motivos económicos?O Prof. NCS parece concordar com isso ao aliar-se com os defensores desta ideia…“O Corcunda acha que os pobres devem ter paciência e deixar-se de reivindicações de inspiração marxista...”Sim, acho! Porque, como vimos, estas reivindicações de cariz material e universal atacam o Cristianismo e o equilíbrio social (os marxistas defendem os direitos apenas dos pobres e a história demonstra bem o que acontece aos outros que não o são).Isto não implica que os pobres não peçam ajuda e não a obtenham. Sou um fervoroso defensor de uma faceta social do Estado, mas uma que não considera, como NCS e Garcia Pereira, que a marginalidade é uma mera questão de escolha individual e que tem direito a ser patrocinada pelo Estado (o PCTP-MRPP apoia um aumento dos rendimentos mínimos). Apoio que Estado deve defender (actuando ou garantindo) os órfãos, os que não têm ninguém, os abandonados… Não defendo a ideia marxista de "exclusão social" que implica que o Estado force a sociedade a inserir!Mas tudo o que eu penso é irrelevante…NCS já se decidiu a considerar-me um neo-liberal! Um divinizador da propriedade, um hayekiano detractor da justiça social!Fá-lo-á porque não leu ou porque não sabe?Tendo em conta o que disse, gostaria de saber como pode o Professor Cardoso da Silva achar que o Cristianismo se adequa a este materialismo? E como pode ele colar a opção pelos mais pobres da Igreja ao jacobinismo socialista?Haverá maior soberba que pensar que se pode conciliar o que é irreconciliável?Digna de deuses tal tarefa… O Corcunda


Cristo-Marxismo?O Professor Cardoso da Silva está, como tem estado, confuso…Defende uma monarquia electiva, e agora defende um cristianismo marxista! Tornou-se um mestre do paradoxo. Pena que não explique como dar sentido a tais contradições…O refúgio é uma pueril vitimização . Fala da minha soberba… Estivesse eu assoberbado e nem sequer me dignaria a escrever um texto sobre os seus erros! Limitar-me-ia ao escárnio a que generalizadamente o votaram. Tentei fazê-lo ver os seus erros… Talvez seja esse o meu erro! Erro de quem considera que o velho método dialéctico ainda serve para alguma coisa que não a exaltação de vaidades. Já vi que não é esse o caso, tal foi a forma como tomou a crítica como ofensa (relegando a Verdade ao papel de apêndice), quer pela forma como apenas repetiu os erros anteriormente proferidos.Em primeiro plano ressalta à vista a concepção anti-cristã de Justiça.A confusão do Prof. Cardoso da Silva é, por demais, evidente.Defende que a propriedade não é um bem absoluto… E logo me coloca a perfilhar tal ideologia liberal! De onde tirou tal ideia? Não saberá que os conservadores como eu defendem a propriedade como um meio? Sendo um meio está subordinada ao Bem Comum… logo não é um valor absoluto, como é na visão liberal! Penso que também tenho o benefício de não ser liberal…A razão parece ser uma visão curta do problema… Uns, socialistas, defendem que a propriedade está subordinada ao Povo, outros, liberais, defendem-na como ideal absoluto. Esta visão não nada mais contempla que esta dicotomia! Nada que uns óculos não resolvam… É que faz parte da doutrina de Burke, Donoso Cortés, Russell Kirk, Chesterton, ou mesmo Salazar e Sardinha, que a propriedade esteja subordinada ao Bem Comum! Penso que estes amigos serão insuspeitos de serem marxistas…E se estes amigos são insuspeitos de serem marxistas (algo que hoje não se pode dizer de NCS), também tiveram o cuidado de observar as deficiências e incompatibilidades do marxismo na permissão da vida e virtudes cristãs.Desde logo estes pensadores observaram os erros do marxismo (algo que não se pode também dizer de NCS).O marxismo possui dois erros fundamentais (de entre muitos).O materialismo marxista é uma clara objecção à vida cristã. O Prof. NCS demonstra bem o seu anti-cristianismo ao afirmar que a dignidade humana reside na posse!“Todos temos direito à dignidade, a qual passa também pelo acesso a um mínimo de bens materiais. Tentar substituir um direito por uma esmola é indigno e perverso.”É uma concepção errada e anti-cristã afirmar isto. A dignidade existe mesmo no Homem que nada tem… O homem que nada tem e, mesmo assim, não renega aquilo pelo que lutou e em que acredita é o homem digno! É esse o exemplo e é isso que dignifica a pobreza…O argumento utilizado por NCS é exactamente o mesmo utilizado pelos defensores da prostituição…Mas vê-se logo onde foi o ilustre Prof. beber essa concepção de que o Homem tem direitos materiais de propriedade antes de ter nascido. Foi buscar à concepção jacobina da Revolução Francesa, aos assassinos de cristãos da Vendeia…Essa colagem aos jacobinos é óbvia! E torna-se mais evidente quando implica que a política deve ser a defesa dos desfavorecidos…É obviamente falsa essa asserção. A política é a vantagem de todos! É outra das ideias marxistas que o parecem ter contagiado…O marxismo é amoral! É amoral porque tem na sua génese uma ideia anti-cristã…O objectivo marxista é dar a cada um os meios para que este faça o que quiser da sua vida. É a erradicação do pecado (como dizia Chesterton), mas através da destruição dos critérios de avaliação do certo e do errado (como disse Dostoyevski, não é o Homem alcançar o céu, mas arrancar o céu para a Terra). No marxismo o certo e errado é ditado pelo critério histórico-materialista… Será que o Homem, e o cristão em particular, pode aferir a justiça das suas acções ao compará-la com esse critério que implica que o Homem se move apenas por motivos económicos?O Prof. NCS parece concordar com isso ao aliar-se com os defensores desta ideia…“O Corcunda acha que os pobres devem ter paciência e deixar-se de reivindicações de inspiração marxista...”Sim, acho! Porque, como vimos, estas reivindicações de cariz material e universal atacam o Cristianismo e o equilíbrio social (os marxistas defendem os direitos apenas dos pobres e a história demonstra bem o que acontece aos outros que não o são).Isto não implica que os pobres não peçam ajuda e não a obtenham. Sou um fervoroso defensor de uma faceta social do Estado, mas uma que não considera, como NCS e Garcia Pereira, que a marginalidade é uma mera questão de escolha individual e que tem direito a ser patrocinada pelo Estado (o PCTP-MRPP apoia um aumento dos rendimentos mínimos). Apoio que Estado deve defender (actuando ou garantindo) os órfãos, os que não têm ninguém, os abandonados… Não defendo a ideia marxista de "exclusão social" que implica que o Estado force a sociedade a inserir!Mas tudo o que eu penso é irrelevante…NCS já se decidiu a considerar-me um neo-liberal! Um divinizador da propriedade, um hayekiano detractor da justiça social!Fá-lo-á porque não leu ou porque não sabe?Tendo em conta o que disse, gostaria de saber como pode o Professor Cardoso da Silva achar que o Cristianismo se adequa a este materialismo? E como pode ele colar a opção pelos mais pobres da Igreja ao jacobinismo socialista?Haverá maior soberba que pensar que se pode conciliar o que é irreconciliável?Digna de deuses tal tarefa… O Corcunda

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