O Monárquico

03-08-2010
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Rambo IVRealização do próprio Sylvester Stallone, quase a fazer 62 anos, num argumento que ele próprio também escreve. Relembrando o que se passou até aqui: no primeiro episódio, Rambo luta contra a crueldade policial e o esquecimento numa pequena cidade americana; no segundo, volta ao Vietname para resgatar compatriotas; e no terceiro, ajuda os talibans (irónicamente) na luta contra os soviéticos.Sempre pensei que para que o John Rambo regressasse, tivesse que haver uma enorme razão. Para haver um filme agora, imaginei que fosse sobre a Guerra no Iraque ou o combate ao terrorismo. Mas não, o paralelismo com o Vietname continua e escolheu voltar às guerras regionais asiáticas como foco. A acção passa-se na Tailândia e logo nos vinte minutos de filme somos presenteados com um massacre numa aldeia, com um elevado e desnecessário nível de violência explícita.O Rambo está velho, deformado e com demasiada maquilhagem. É agora um sentimentalão, um avôzinho que devia estar em frente a uma lareira com uma manta nas pernas. Mas os traumas continuam os mesmos.Este Rambo IV é muito parecido com os seus antecessores. A produção assenta nos mesmos patamares e podia apostar que o orçamento é muito equivalente. A única diferença é a qualidade muito superior dos efeitos especiais: agora em vez de um tiro para quatro inimigos, vemos para cada tiro várias cabeças a saltarem e carne a sair dos ossos. O que passou pela cabeça de Stallone para fazer este filme pode ter sido uma de várias hipóteses: provar que ainda é capaz, simples divertimento ou dificuldades financeiras. O certo é que o filme vá ser criticado por muitos, mas visto e apreciado por muitos mais. Sem querer estragar o prazer de quem estiver a pensar ir vê-lo, posso dizer que a cena final tem muitas semelhanças à primeira do primeiro episódio. Uma forma de dar a saga por terminada, demasiado tarde.


Rambo IVRealização do próprio Sylvester Stallone, quase a fazer 62 anos, num argumento que ele próprio também escreve. Relembrando o que se passou até aqui: no primeiro episódio, Rambo luta contra a crueldade policial e o esquecimento numa pequena cidade americana; no segundo, volta ao Vietname para resgatar compatriotas; e no terceiro, ajuda os talibans (irónicamente) na luta contra os soviéticos.Sempre pensei que para que o John Rambo regressasse, tivesse que haver uma enorme razão. Para haver um filme agora, imaginei que fosse sobre a Guerra no Iraque ou o combate ao terrorismo. Mas não, o paralelismo com o Vietname continua e escolheu voltar às guerras regionais asiáticas como foco. A acção passa-se na Tailândia e logo nos vinte minutos de filme somos presenteados com um massacre numa aldeia, com um elevado e desnecessário nível de violência explícita.O Rambo está velho, deformado e com demasiada maquilhagem. É agora um sentimentalão, um avôzinho que devia estar em frente a uma lareira com uma manta nas pernas. Mas os traumas continuam os mesmos.Este Rambo IV é muito parecido com os seus antecessores. A produção assenta nos mesmos patamares e podia apostar que o orçamento é muito equivalente. A única diferença é a qualidade muito superior dos efeitos especiais: agora em vez de um tiro para quatro inimigos, vemos para cada tiro várias cabeças a saltarem e carne a sair dos ossos. O que passou pela cabeça de Stallone para fazer este filme pode ter sido uma de várias hipóteses: provar que ainda é capaz, simples divertimento ou dificuldades financeiras. O certo é que o filme vá ser criticado por muitos, mas visto e apreciado por muitos mais. Sem querer estragar o prazer de quem estiver a pensar ir vê-lo, posso dizer que a cena final tem muitas semelhanças à primeira do primeiro episódio. Uma forma de dar a saga por terminada, demasiado tarde.

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