Geopedrados: Semana da Ciência e Tecnologia 2007

24-05-2011
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Tertúlia On-Line de Comemoração da Semana da Ciência e Tecnologia e do Aniversário do Nascimento de Rómulo de CarvalhoNa semana em que se comemoram os 101 anos do nascimento de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, nome do cientista e pedagogo também conhecido pelo pseudónimo literário de António Gedeão, o Blog associa-se às comemorações da Semana da Ciência e Tecnologia e do Dia Nacional da Cultura Científica, promovidas pela Ciência Viva, através da divulgação de alguma poesia deste autor.Pedra filosofalEles não sabem que o sonhoé uma constante da vidatão concreta e definidacomo outra coisa qualquer,como esta pedra cinzentaem que me sento e descanso,como este ribeiro mansoem serenos sobressaltos,como estes pinheiros altosque em verde e oiro se agitam,como estas aves que gritamem bebedeiras de azul.Eles não sabem que o sonhoé vinho, é espuma, é fermento,bichinho álacre e sedento,de focinho pontiagudo,que fossa através de tudonum perpétuo movimento.Eles não sabem que o sonhoÉ tela, é cor, é pincel,base, fuste, capitel,arco em ogiva, vitralpináculo de catedralcontraponto, sinfonia,máscara grega, magia,que é retorta de alquimista,mapa do mundo distante,rosa-dos-ventos, Infante,caravela quinhentista,que é Cabo de Boa Esperança,ouro, canela, marfim,florete de espadachim,bastidor, passo de dança,Columbina e Arlequim,passarola voadora,pára-raios, locomotiva,barco de proa festiva,alto-forno, geradora,cisão do átomo, radar,ultra-som, televisão,desembarque em foguetãona superfície lunar.Eles não sabem nem sonham,que o sonho comanda a vida.Que sempre que um homem sonhao mundo pula e avançacomo bola coloridaentre as mãos de uma criança.in Movimento Perpétuo, 1956


Tertúlia On-Line de Comemoração da Semana da Ciência e Tecnologia e do Aniversário do Nascimento de Rómulo de CarvalhoNa semana em que se comemoram os 101 anos do nascimento de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, nome do cientista e pedagogo também conhecido pelo pseudónimo literário de António Gedeão, o Blog associa-se às comemorações da Semana da Ciência e Tecnologia e do Dia Nacional da Cultura Científica, promovidas pela Ciência Viva, através da divulgação de alguma poesia deste autor.Pedra filosofalEles não sabem que o sonhoé uma constante da vidatão concreta e definidacomo outra coisa qualquer,como esta pedra cinzentaem que me sento e descanso,como este ribeiro mansoem serenos sobressaltos,como estes pinheiros altosque em verde e oiro se agitam,como estas aves que gritamem bebedeiras de azul.Eles não sabem que o sonhoé vinho, é espuma, é fermento,bichinho álacre e sedento,de focinho pontiagudo,que fossa através de tudonum perpétuo movimento.Eles não sabem que o sonhoÉ tela, é cor, é pincel,base, fuste, capitel,arco em ogiva, vitralpináculo de catedralcontraponto, sinfonia,máscara grega, magia,que é retorta de alquimista,mapa do mundo distante,rosa-dos-ventos, Infante,caravela quinhentista,que é Cabo de Boa Esperança,ouro, canela, marfim,florete de espadachim,bastidor, passo de dança,Columbina e Arlequim,passarola voadora,pára-raios, locomotiva,barco de proa festiva,alto-forno, geradora,cisão do átomo, radar,ultra-som, televisão,desembarque em foguetãona superfície lunar.Eles não sabem nem sonham,que o sonho comanda a vida.Que sempre que um homem sonhao mundo pula e avançacomo bola coloridaentre as mãos de uma criança.in Movimento Perpétuo, 1956

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