ambio: desperdício energético a escala micro

03-08-2010
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Leitor do meu reservatório de AQS ao meio dia algures em maio.Quando se trilho o percurso da melhoria, ao progredir percebe-se mais da parte que falta do que da parte já percorrida.A parte percorrida do trilho mostrou que foi possível usar somente energia solar para as águas quentes sanitárias (AQS) da minha casa desde início de março, quando o sol resolveu voltar (para ser completamente honesto, houve uns dias de chuva seguida em abril que tive de reforçar um pouquinho com a bomba de calor).Com o aumento gradual da potência da insolação na primavera, assisto já há um mês e tal a um fenómeno que me mostrou que a capacidade do meu equipamento é desaproveitada: quando a água no depósito chega a 80º C, ela é recolhida dos painéis solares térmicos e armazenada no depósito por motivos de segurança contra sobre-aquecimento. Desde maio, isto acontece por volta da hora do almoço. Quer isto dizer que grande parte de tarde, a minha capacidade de armazenamento de energia solar térmica é desaproveitada (os painéis estão a trabalhar, literalmente, em seco). Isto é desperdício energético passivo.Esta situação resulta naturalmente do dimensionamento do equipamento para os momentos em que o consumo (AQS + aquecimento central) é maior e a insolação menor: o inverno. Não há muito a fazer, a não ser encontrar formas de armazenar energia térmica no verão para consumo no inverno. Essa forma podia ser através do armazenamento no subsolo e se calhar um dia o investimento nessas soluções terá um rendimento que o justifique, atualmente o preço de energia elétrica continua de tal forma baixo que não é o caso. O resultado é que algum consumo energia elétrica no inverno que podia ser evitado, usando a água aquecida verão.Outra solução seria, sobretudo em sítios de maior densidade urbanística, uma partilha de capacidade de equipamentos instalada em momentos de excesso. Mas isto já obrigava a soluções ao nível da comunidade em vez de cada um por si (não é nada de extraordinário: o district heating é comum em muitos paises nórdicos), e isso já obriga a intervenção política.Ainda há uma boa parte do trilho por percorrer.Henk Feith


Leitor do meu reservatório de AQS ao meio dia algures em maio.Quando se trilho o percurso da melhoria, ao progredir percebe-se mais da parte que falta do que da parte já percorrida.A parte percorrida do trilho mostrou que foi possível usar somente energia solar para as águas quentes sanitárias (AQS) da minha casa desde início de março, quando o sol resolveu voltar (para ser completamente honesto, houve uns dias de chuva seguida em abril que tive de reforçar um pouquinho com a bomba de calor).Com o aumento gradual da potência da insolação na primavera, assisto já há um mês e tal a um fenómeno que me mostrou que a capacidade do meu equipamento é desaproveitada: quando a água no depósito chega a 80º C, ela é recolhida dos painéis solares térmicos e armazenada no depósito por motivos de segurança contra sobre-aquecimento. Desde maio, isto acontece por volta da hora do almoço. Quer isto dizer que grande parte de tarde, a minha capacidade de armazenamento de energia solar térmica é desaproveitada (os painéis estão a trabalhar, literalmente, em seco). Isto é desperdício energético passivo.Esta situação resulta naturalmente do dimensionamento do equipamento para os momentos em que o consumo (AQS + aquecimento central) é maior e a insolação menor: o inverno. Não há muito a fazer, a não ser encontrar formas de armazenar energia térmica no verão para consumo no inverno. Essa forma podia ser através do armazenamento no subsolo e se calhar um dia o investimento nessas soluções terá um rendimento que o justifique, atualmente o preço de energia elétrica continua de tal forma baixo que não é o caso. O resultado é que algum consumo energia elétrica no inverno que podia ser evitado, usando a água aquecida verão.Outra solução seria, sobretudo em sítios de maior densidade urbanística, uma partilha de capacidade de equipamentos instalada em momentos de excesso. Mas isto já obrigava a soluções ao nível da comunidade em vez de cada um por si (não é nada de extraordinário: o district heating é comum em muitos paises nórdicos), e isso já obriga a intervenção política.Ainda há uma boa parte do trilho por percorrer.Henk Feith

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