Palavra Aberta: É preciso topete

18-12-2009
marcar artigo


Ouvi, há pouco, na SIC/Notícias, o ex-edil alfacinha e actual líder da bancada parlamentar do PPD referir que no seu tempo havia obra na Câmara Municipal de Lisboa e, agora, com o PS, nada se faz e nada acontece. Não há obra, referia amiúde.Em termos de buraco orçamental, Santana Lopes sacudiu a água do seu capote, referindo que o buraco não era do seu mandato, dando a entender que era obra dos socialistas.E, qual cereja no topo do bolo, Santana Lopes disse, se fosse o actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Parque Mayer renascido estaria à beira de abrir.De duas uma, ou Santana Lopes estava a brincar com os telespectadores ou esquece-se de parte da história recente de Lisboa.No tempo de Santana, obra, a única que houve, foram duas: o buraco orçamental, que duplicou sem qualquer obra visível; e, a obra de fachada, anunciando mundos e fundos. Quem é que não se lembra de percorrer Lisboa e deparar-se, sobretudo junto à frente ribeirinha, dos Olivais praticamente até Belém, nuns anúncios, enormes, prometendo obras arquitectónicas desde Foster a Piano – com a célebre frase “aqui vai nascer”?Quanto ao Parque Mayer, então, nem devia falar. Prometeu, em 2001, se ganhasse a eleição, que ao fim de oito meses, oito!, o Parque Mayer abriria como novo. Anos depois, o Parque Mayer apenas recebeu intenções da dupla Santana/Carmona, que, nesses mesmos anos de liderança municipal esbanjaram dois milhões de euros em estudos encomendados a Frank Gehry... para nada.O Parque Mayer, entretanto, continuava a degradar-se.E o Túnel do Marquês, tal como o Parque Mayer, nem devia ser referido por Santana. Uma obra que gosta de fazer ostentar, como a sua marca na cidade. Mas, veja-se, então, a marca: além de todas as trapalhadas do projecto, ainda está um troço por abrir e, mais grave, o túnel está todo por pagar. Um factura que este Executivo municipal, liderado por António Costa, terá de pagar.Já se percebeu que há uma nítida vontade de Santana se fazer chegar à frente e querer assumir, em 2009, a candidatura laranja à Câmara de Lisboa. O que é legítimo. Porém, falta legitimidade em falar do estado da cidade, quando a sua (des)governação contribuiu tanto para que Lisboa, em vez de progredir, regredisse nos últimos anos.


Ouvi, há pouco, na SIC/Notícias, o ex-edil alfacinha e actual líder da bancada parlamentar do PPD referir que no seu tempo havia obra na Câmara Municipal de Lisboa e, agora, com o PS, nada se faz e nada acontece. Não há obra, referia amiúde.Em termos de buraco orçamental, Santana Lopes sacudiu a água do seu capote, referindo que o buraco não era do seu mandato, dando a entender que era obra dos socialistas.E, qual cereja no topo do bolo, Santana Lopes disse, se fosse o actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Parque Mayer renascido estaria à beira de abrir.De duas uma, ou Santana Lopes estava a brincar com os telespectadores ou esquece-se de parte da história recente de Lisboa.No tempo de Santana, obra, a única que houve, foram duas: o buraco orçamental, que duplicou sem qualquer obra visível; e, a obra de fachada, anunciando mundos e fundos. Quem é que não se lembra de percorrer Lisboa e deparar-se, sobretudo junto à frente ribeirinha, dos Olivais praticamente até Belém, nuns anúncios, enormes, prometendo obras arquitectónicas desde Foster a Piano – com a célebre frase “aqui vai nascer”?Quanto ao Parque Mayer, então, nem devia falar. Prometeu, em 2001, se ganhasse a eleição, que ao fim de oito meses, oito!, o Parque Mayer abriria como novo. Anos depois, o Parque Mayer apenas recebeu intenções da dupla Santana/Carmona, que, nesses mesmos anos de liderança municipal esbanjaram dois milhões de euros em estudos encomendados a Frank Gehry... para nada.O Parque Mayer, entretanto, continuava a degradar-se.E o Túnel do Marquês, tal como o Parque Mayer, nem devia ser referido por Santana. Uma obra que gosta de fazer ostentar, como a sua marca na cidade. Mas, veja-se, então, a marca: além de todas as trapalhadas do projecto, ainda está um troço por abrir e, mais grave, o túnel está todo por pagar. Um factura que este Executivo municipal, liderado por António Costa, terá de pagar.Já se percebeu que há uma nítida vontade de Santana se fazer chegar à frente e querer assumir, em 2009, a candidatura laranja à Câmara de Lisboa. O que é legítimo. Porém, falta legitimidade em falar do estado da cidade, quando a sua (des)governação contribuiu tanto para que Lisboa, em vez de progredir, regredisse nos últimos anos.

marcar artigo