Leio hoje no Público uma reportagem sobre a reprodução em cativeiro de francelhos.Leio mas não percebo.Por que razão existe dinheiro público a pagar a reprodução em cativeiro do francelho? Por que razão se só há consistência se se mantiver a reprodução pelo menos quatro anos há aprovação e execução de projectos só durante dois anos (depois logo se vê nos dois anos seguintes, mas vai com certeza ser feita a chantagem de que é uma estupidez não paroveitar o investimento já feito)? O que se pretende é reestabelecer uma população na cidade de Évora, porque há outra, em forte expansão, mas está a oito quilómetros.250 mil euros? 125 mil euros por ano para reproduzir uns quantos francelhos para refazer uma população irrelevante do ponto de vista de conservação da espécie (aliás em forte expansão)?Não tenho nada contra quem quer fazer reproduções em cativeiro com os seus próprios recursos, mas com o meu dinheiro? Ou melhor dizendo, com o dinheiro que entreguei ao Estado para se fazer conservação?Francamente as máquinas de captação de projectos e criação de emprego artificial em que se estão a tornar algumas ONGs, com as mais piedosas intenções e justificações, começa a tornar-se demasiado pesada para o contribuinte.Se a LPN quer brincar aos centros de reprodução e recuperação de espécies que peça dinheiro aos seus sócios (como é o meu caso) e aos seus mecenas, justifique por que razão devem os seus sócios e mecenas dar prioridade a essa afectação de recursos e contrate as pessoas envolvidas por concurso público.Desviar o dinheiro dos contribuintes (sejam eles portugueses ou alemães) para questões marginais de conservação apenas por deleite de meia dúzia de pessoas pode ser muito gratificante no curto prazo, mas vai implicar muito anos de recuperação para o movimento ambientalista quando a insustentabilidade de tudo isto se impuser.henrique pereira dos santos
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Leio hoje no Público uma reportagem sobre a reprodução em cativeiro de francelhos.Leio mas não percebo.Por que razão existe dinheiro público a pagar a reprodução em cativeiro do francelho? Por que razão se só há consistência se se mantiver a reprodução pelo menos quatro anos há aprovação e execução de projectos só durante dois anos (depois logo se vê nos dois anos seguintes, mas vai com certeza ser feita a chantagem de que é uma estupidez não paroveitar o investimento já feito)? O que se pretende é reestabelecer uma população na cidade de Évora, porque há outra, em forte expansão, mas está a oito quilómetros.250 mil euros? 125 mil euros por ano para reproduzir uns quantos francelhos para refazer uma população irrelevante do ponto de vista de conservação da espécie (aliás em forte expansão)?Não tenho nada contra quem quer fazer reproduções em cativeiro com os seus próprios recursos, mas com o meu dinheiro? Ou melhor dizendo, com o dinheiro que entreguei ao Estado para se fazer conservação?Francamente as máquinas de captação de projectos e criação de emprego artificial em que se estão a tornar algumas ONGs, com as mais piedosas intenções e justificações, começa a tornar-se demasiado pesada para o contribuinte.Se a LPN quer brincar aos centros de reprodução e recuperação de espécies que peça dinheiro aos seus sócios (como é o meu caso) e aos seus mecenas, justifique por que razão devem os seus sócios e mecenas dar prioridade a essa afectação de recursos e contrate as pessoas envolvidas por concurso público.Desviar o dinheiro dos contribuintes (sejam eles portugueses ou alemães) para questões marginais de conservação apenas por deleite de meia dúzia de pessoas pode ser muito gratificante no curto prazo, mas vai implicar muito anos de recuperação para o movimento ambientalista quando a insustentabilidade de tudo isto se impuser.henrique pereira dos santos