Caro Ministro,A fim de considerarmos a possibilidade de aceitação de alguma proposta sua, mas não querendo precipitar-nos na mera colocação da hipótese de essa possibilidade ter algum sentido, gostaríamos de saber se está a ponderar o cenário de vir a fazer-nos alguma proposta propriamente dita. Não está em causa, de momento, o conteúdo de qualquer avanço: o procedimento para uma eventual aproximação dessa fase superior da batalha não está sequer ainda à vista no nosso horizonte. Tão-só desejamos saber se fará sentido da nossa parte declarar uma disposição de princípio favorável a ouvir o que tem para nos dizer, já que não podemos, sem perder a face, declarar uma disposição para ouvir quem não tenha explicitado uma intenção de falar. Imagino que, da sua parte, Senhor Ministro, também existirá alguma relutância em se dispor a falar para quem de todo não admita querer ouvir. Para que isto não caia num impasse, sugerimos que o Senhor Ministro declare que, ao nível de um pensamento estratégico ainda apenas informal (que não informe), concebe a possibilidade de vir a falar com quer queira ouvir, desde que quem quer ouvir admita, ainda que num estado inicial de apreciação da questão, que não é de todo surdo. Isto seria, e digo isto apenas como ilustração, assim como aquela cena do "Vexa sabe que eu sei que Vexa sabe que eu sei". (A vantagem desta ilustração é que há já vários partidos que dispõem dos recursos humanos capazes de a interpretar, uma vez que os pertinentes "recursos humanos" viajam assiduamente de candidatura para candidatura.)Em alternativa, Senhor Ministro, se isto lhe parecer muito complicado, poderia simplesmente cada um dizer ao que vem e depois falarmos.(assinatura ilegível)
Caro Ministro,A fim de considerarmos a possibilidade de aceitação de alguma proposta sua, mas não querendo precipitar-nos na mera colocação da hipótese de essa possibilidade ter algum sentido, gostaríamos de saber se está a ponderar o cenário de vir a fazer-nos alguma proposta propriamente dita. Não está em causa, de momento, o conteúdo de qualquer avanço: o procedimento para uma eventual aproximação dessa fase superior da batalha não está sequer ainda à vista no nosso horizonte. Tão-só desejamos saber se fará sentido da nossa parte declarar uma disposição de princípio favorável a ouvir o que tem para nos dizer, já que não podemos, sem perder a face, declarar uma disposição para ouvir quem não tenha explicitado uma intenção de falar. Imagino que, da sua parte, Senhor Ministro, também existirá alguma relutância em se dispor a falar para quem de todo não admita querer ouvir. Para que isto não caia num impasse, sugerimos que o Senhor Ministro declare que, ao nível de um pensamento estratégico ainda apenas informal (que não informe), concebe a possibilidade de vir a falar com quer queira ouvir, desde que quem quer ouvir admita, ainda que num estado inicial de apreciação da questão, que não é de todo surdo. Isto seria, e digo isto apenas como ilustração, assim como aquela cena do "Vexa sabe que eu sei que Vexa sabe que eu sei". (A vantagem desta ilustração é que há já vários partidos que dispõem dos recursos humanos capazes de a interpretar, uma vez que os pertinentes "recursos humanos" viajam assiduamente de candidatura para candidatura.)Em alternativa, Senhor Ministro, se isto lhe parecer muito complicado, poderia simplesmente cada um dizer ao que vem e depois falarmos.(assinatura ilegível)