LISBOA S.O.S.: Casa Daupiás. Chalet Mon Plaisir.

28-05-2010
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.Os Daupiás.Em 1755, o Marquês de Pombal, «o Bismark português, depois de torcido o pescoço à Companhia de Jesus, entendeu reformar a sociedade por meio da mais profunda revolução que homem algum ousou jamais impor a um país. (...) Para uma tal construção faltavam na sociedade portuguesa todos os materiais. Pombal preocupou-se pouco com a resolução desta pequena dificuldade (...) importou do estrangeiro o que não tínhamos em casa. (...) Precisávamos primeiro que tudo, de ideias. Mandou-as vir. E chegaram, para resolver as questões coloniais do Brasil, Vellasco e Brunelli, e para fundar o ensino chegaram Cecchi, Vandelli Birmingham, Tallier e vários outros. Não tínhamos comércio criaram-se as Companhias dos Vinhos, do Grão-Pará, do Maranhão, etc. Não tínhamos pão: arrancaram-se as vinhas e plantaram-se cearas nos mateiros do Tejo e do Mondego.Não tínhamos industria: mandaram-se vir de fora industriais: os Vanzeller, os Bon, os Polyart, os Georges, os Crammer, os Lecussen Verdier, os Mathevon de Curnieu, os Roland, os Simion, os Borel, os Bertrands, e, finalmente, o mais ilustre de todos, Jacome Ratton, de cuja família, aliada aos Daupias, o visconde Daupias é hoje o descendente e o representante na sociedade de Lisboa. (...)A maior parte das famílias (...) que o ministro e D. José atraiu ao nosso conflito industrial vingaram, constituíram verdadeiras dinastias burguesas e fundaram consideráveis exemplos de iniciativa, de trabalho inteligente, de probidade inexcedível, de dignidade perfeita e absoluta. (algumas destas famílias ainda hoje perduram) Deve-se-lhes inteiramente a criação da nossa industria fabril, e pela comunicação das ideias da Revolução Francesa, de que alguns deles foram os portadores e protagonistas, como Ratton, Verdier e Curnieu deve-se-lhes também em grande parte o fermento democrático de 1820. O visconde Daupias é como dissemos o descendente e o representante de Jacome Ratton. Poderíamos acrescentar que é o continuador da sua obra». Isto escrevia Ramalho Ortigão sobre o Visconde de Daupiás, em 1881, no Comércio e Industria. ..Pedro Eugénio Daupias, 1.º visconde e 1.º conde de Daupias.n. 28 de Maio de 1818. f. 25 de Janeiro de 1900...Chalet Mon Plaisir


.Os Daupiás.Em 1755, o Marquês de Pombal, «o Bismark português, depois de torcido o pescoço à Companhia de Jesus, entendeu reformar a sociedade por meio da mais profunda revolução que homem algum ousou jamais impor a um país. (...) Para uma tal construção faltavam na sociedade portuguesa todos os materiais. Pombal preocupou-se pouco com a resolução desta pequena dificuldade (...) importou do estrangeiro o que não tínhamos em casa. (...) Precisávamos primeiro que tudo, de ideias. Mandou-as vir. E chegaram, para resolver as questões coloniais do Brasil, Vellasco e Brunelli, e para fundar o ensino chegaram Cecchi, Vandelli Birmingham, Tallier e vários outros. Não tínhamos comércio criaram-se as Companhias dos Vinhos, do Grão-Pará, do Maranhão, etc. Não tínhamos pão: arrancaram-se as vinhas e plantaram-se cearas nos mateiros do Tejo e do Mondego.Não tínhamos industria: mandaram-se vir de fora industriais: os Vanzeller, os Bon, os Polyart, os Georges, os Crammer, os Lecussen Verdier, os Mathevon de Curnieu, os Roland, os Simion, os Borel, os Bertrands, e, finalmente, o mais ilustre de todos, Jacome Ratton, de cuja família, aliada aos Daupias, o visconde Daupias é hoje o descendente e o representante na sociedade de Lisboa. (...)A maior parte das famílias (...) que o ministro e D. José atraiu ao nosso conflito industrial vingaram, constituíram verdadeiras dinastias burguesas e fundaram consideráveis exemplos de iniciativa, de trabalho inteligente, de probidade inexcedível, de dignidade perfeita e absoluta. (algumas destas famílias ainda hoje perduram) Deve-se-lhes inteiramente a criação da nossa industria fabril, e pela comunicação das ideias da Revolução Francesa, de que alguns deles foram os portadores e protagonistas, como Ratton, Verdier e Curnieu deve-se-lhes também em grande parte o fermento democrático de 1820. O visconde Daupias é como dissemos o descendente e o representante de Jacome Ratton. Poderíamos acrescentar que é o continuador da sua obra». Isto escrevia Ramalho Ortigão sobre o Visconde de Daupiás, em 1881, no Comércio e Industria. ..Pedro Eugénio Daupias, 1.º visconde e 1.º conde de Daupias.n. 28 de Maio de 1818. f. 25 de Janeiro de 1900...Chalet Mon Plaisir

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