NOVA FRENTE

22-12-2009
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A menos de um mês das eleições autárquicas, vale a pena recordar certas histórias. Em 2001, na corrida para a Câmara de Lisboa, Santana Lopes derrota João Soares por margem mínima. Alguns observadores independentes estranham os números da votação. A revista Grande Reportagem , dirigida na altura pelo blogger Francisco José Viegas, publica uma peça sobre irregularidades no apuramento dos resultados. Não houve desmentidos. Alberto Silva Lopes investiga a fraude eleitoral durante dois anos — e entrega as provas na Procuradoria Geral da República. Esta, aceitando embora os indícios de fraude, decide arquivar o processo. Seria talvez demasiado para a nossa mimosa democracia...

Alberto Silva Lopes morreu em Julho de 2005, com 49 anos de idade, quando estava a terminar um livro sobre o caso. A editora Dom Quixote, porém, anunciou que vai lançar a obra até ao final do ano. Espero que o faça — e na íntegra. Sem ceder a pressões. Sem eliminar capítulos. O livro, para além de um acervo notável de provas de fraude nesse plebiscito para a Câmara de Lisboa, enuncia os meios e as técnicas correntes de fraude eleitoral. Será seguramente uma das edições do ano.

A menos de um mês das eleições autárquicas, vale a pena recordar certas histórias. Em 2001, na corrida para a Câmara de Lisboa, Santana Lopes derrota João Soares por margem mínima. Alguns observadores independentes estranham os números da votação. A revista Grande Reportagem , dirigida na altura pelo blogger Francisco José Viegas, publica uma peça sobre irregularidades no apuramento dos resultados. Não houve desmentidos. Alberto Silva Lopes investiga a fraude eleitoral durante dois anos — e entrega as provas na Procuradoria Geral da República. Esta, aceitando embora os indícios de fraude, decide arquivar o processo. Seria talvez demasiado para a nossa mimosa democracia...

Alberto Silva Lopes morreu em Julho de 2005, com 49 anos de idade, quando estava a terminar um livro sobre o caso. A editora Dom Quixote, porém, anunciou que vai lançar a obra até ao final do ano. Espero que o faça — e na íntegra. Sem ceder a pressões. Sem eliminar capítulos. O livro, para além de um acervo notável de provas de fraude nesse plebiscito para a Câmara de Lisboa, enuncia os meios e as técnicas correntes de fraude eleitoral. Será seguramente uma das edições do ano.

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