BioTerra: Racismo Ambiental

20-01-2011
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Acham que é só em relação a África, Páises das Américas, etc...Não, temos que fazer o melhor e muito para dotar as nossas cidades de habitação, recursos, empregos e distribuição de riqueza sem discriminações nem preconceitos nem xenofobia....potenciadores do racismo ambiental.Manuel Freire : Lágrima de pretaMúsica: José NizaLetra: António Gedeão--------------------------------------------------------------------------------Encontrei uma pretaque estava a chorarpedi-lhe uma lágrimapara a analisarRecolhi a lágrimacom todo o cuidadonum tubo de ensaiobem esterilizadoOlhei-a de um ladodo outro e de frentetinha um ar de gotamuito transparenteMandei vir os ácidosas bases e os saisas drogas usadasem casos que taisEnsaiei a frioexperimentei ao lumede todas as vezesdeu-me o qu'é costumeNem sinais de negronem vestígios de ódioágua (quase tudo)e cloreto de sódio Na sequência da contribuição dos meus amigos do Terra Viva que muito têm feito para que se fale desta problemática do racismo ambiental, resolvi reproduzir aqui o seu texto.O racismo ambiental é uma forma de discriminação e de prejuízo direccionado em que se torna evidente o resultado catastrófico da hierarquização que os seres humanos estabeleceram entre si e em relação ao meio natural. A hierarquia resulta da percepção de superioridade dos mais poderosos politica, económica e socialmente em relação aos mais fracos, superioridade essa que os faz pensar que podem dispor do que julgam inferior a seu bel-prazer.Assim sendo, o racismo ambiental pode-se definir como sendo a colocação intencional de lixeiras perigosas, aterros sanitários, incineradoras, indústrias poluidoras, etc., em comunidades habitadas por minorias étnicas ou pelas camadas mais desfavorecidas economicamente da população. Estas comunidades são particularmente vulneráveis porque são vistas como não reivindicativas, sem poder de negociação e fracas politicamente devido à sua enorme dependência dos empregos e ao medo pela própria sobrevivência económica.Estas são as razões profundas que estão na génese do racismo ambiental:. Racismo - antes de mais o próprio racismo enraizado nas mentalidades que gera um padrão duplo a respeito das práticas ambientais que são aceitáveis para cada comunidade.. Poder transnacional e mobilidade das multinacionais - as grandes corporações tornaram-se mais poderosas que os estados nacionais e, com a conivência destes, exercem o seu poder sem dar contas a ninguém a não ser aos seus accionistas. A sua grande mobilidade permite-lhes exercer chantagem sobre as comunidades que vêm a mudança de localização da empresa como uma possibilidade que as leva a aceitar riscos ambientais e perca de direitos laborais.. O lucro antes das pessoas - O impacto que as industrias de extracção e de processamento têm na saúde humana não importa quando se procura aumentar os lucros.. Padrões ambientais menos exigentes no estrangeiro - os países em que há regras ambientais menos rígidas são os mais apetecíveis para as multinacionais. As populações são, por sua vez, menos reivindicativas e exigentes.. Falta de poder - as minorias étnicas na Nigéria, as pequenas comunidades rurais dos EUA, os povos indígenas por todo o mundo, etc. têm algo em comum: não têm poder sobre o seu destino, seja ele político ou de outra natureza.Sítios/ONG/Portais/ArtigosSolid Waste and Environmental Racism- indicando outros recursos on-line sobre esta matériaEnvironmental Justice/Environmental Racism annotated linksUNPO-Unrepresent Nations PeoplesNative Americans and the Environment Racismo ambiental: Obras com impacto ambiental atingem mais negros e índios (pdf)Environmental Justice Resource Center at Clark Atlanta UniversityJustiça Global Terra de Direitos Diálogos contra o Racismo Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip)


Acham que é só em relação a África, Páises das Américas, etc...Não, temos que fazer o melhor e muito para dotar as nossas cidades de habitação, recursos, empregos e distribuição de riqueza sem discriminações nem preconceitos nem xenofobia....potenciadores do racismo ambiental.Manuel Freire : Lágrima de pretaMúsica: José NizaLetra: António Gedeão--------------------------------------------------------------------------------Encontrei uma pretaque estava a chorarpedi-lhe uma lágrimapara a analisarRecolhi a lágrimacom todo o cuidadonum tubo de ensaiobem esterilizadoOlhei-a de um ladodo outro e de frentetinha um ar de gotamuito transparenteMandei vir os ácidosas bases e os saisas drogas usadasem casos que taisEnsaiei a frioexperimentei ao lumede todas as vezesdeu-me o qu'é costumeNem sinais de negronem vestígios de ódioágua (quase tudo)e cloreto de sódio Na sequência da contribuição dos meus amigos do Terra Viva que muito têm feito para que se fale desta problemática do racismo ambiental, resolvi reproduzir aqui o seu texto.O racismo ambiental é uma forma de discriminação e de prejuízo direccionado em que se torna evidente o resultado catastrófico da hierarquização que os seres humanos estabeleceram entre si e em relação ao meio natural. A hierarquia resulta da percepção de superioridade dos mais poderosos politica, económica e socialmente em relação aos mais fracos, superioridade essa que os faz pensar que podem dispor do que julgam inferior a seu bel-prazer.Assim sendo, o racismo ambiental pode-se definir como sendo a colocação intencional de lixeiras perigosas, aterros sanitários, incineradoras, indústrias poluidoras, etc., em comunidades habitadas por minorias étnicas ou pelas camadas mais desfavorecidas economicamente da população. Estas comunidades são particularmente vulneráveis porque são vistas como não reivindicativas, sem poder de negociação e fracas politicamente devido à sua enorme dependência dos empregos e ao medo pela própria sobrevivência económica.Estas são as razões profundas que estão na génese do racismo ambiental:. Racismo - antes de mais o próprio racismo enraizado nas mentalidades que gera um padrão duplo a respeito das práticas ambientais que são aceitáveis para cada comunidade.. Poder transnacional e mobilidade das multinacionais - as grandes corporações tornaram-se mais poderosas que os estados nacionais e, com a conivência destes, exercem o seu poder sem dar contas a ninguém a não ser aos seus accionistas. A sua grande mobilidade permite-lhes exercer chantagem sobre as comunidades que vêm a mudança de localização da empresa como uma possibilidade que as leva a aceitar riscos ambientais e perca de direitos laborais.. O lucro antes das pessoas - O impacto que as industrias de extracção e de processamento têm na saúde humana não importa quando se procura aumentar os lucros.. Padrões ambientais menos exigentes no estrangeiro - os países em que há regras ambientais menos rígidas são os mais apetecíveis para as multinacionais. As populações são, por sua vez, menos reivindicativas e exigentes.. Falta de poder - as minorias étnicas na Nigéria, as pequenas comunidades rurais dos EUA, os povos indígenas por todo o mundo, etc. têm algo em comum: não têm poder sobre o seu destino, seja ele político ou de outra natureza.Sítios/ONG/Portais/ArtigosSolid Waste and Environmental Racism- indicando outros recursos on-line sobre esta matériaEnvironmental Justice/Environmental Racism annotated linksUNPO-Unrepresent Nations PeoplesNative Americans and the Environment Racismo ambiental: Obras com impacto ambiental atingem mais negros e índios (pdf)Environmental Justice Resource Center at Clark Atlanta UniversityJustiça Global Terra de Direitos Diálogos contra o Racismo Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip)

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