Na sequência do artigo que Mário Crespo publicou no Jornal de Notícias da passada segunda-feira, sobre um edifíco de “luxo” situado na Quinta do Lambert, atribuído por Nuno Abecassis (CDS), em 1986, a funcionários superiores da Câmara de Lisboa, profissionais liberais, jornalistas e desportistas, o Público levanta hoje um pouco o véu. Embora o referido edifício, de sete pisos, tenha catorze apartamentos, o artigo de José Manuel Cerejo apenas identifica quatro locatários: José Manuel de Sousa — que saiu de lá em 1990, quando Jorge Sampaio o convidou para presidente da EPUL, cargo que já não exerce, pois é actualmente quadro superior do grupo Espírito Santo —; o jornalista José Cândido de Sousa (da RTP), o seleccionador nacional de futebol Ruy Seabra, e Veríssimo Pires, assessor de imprensa de Abecassis. Pela especial atenção dada ao percurso profissional e à renda paga (o equivalente a cerca de 100 euros; mas cerca de 20 contos, em 1986, não era uma pechincha) por José Manuel de Sousa, está-se mesmo a ver que o visado será, senão militante, pelo menos alguém muito próximo do PS. Embora omita os restantes dez locatários do edifício em causa, Cerejo deu um salto do Lumiar para a Rua da Madalena, lembrando que João Soares «entregou [sic] uma loja e um andar ao pintor Inácio Matsinhe, os quais se encontram hoje em dia desocupados e sem préstimo». É o chamado link de oportunidade. Como diz o Filipe, vinda de gente capaz de desenterrar «uma cópia de um ponto de inglês dos anos 80», parece-me que a investigação de Cerejo sofre com o défice de socialistas.Etiquetas: Casas da CML, Lisboa, Sociedade
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Na sequência do artigo que Mário Crespo publicou no Jornal de Notícias da passada segunda-feira, sobre um edifíco de “luxo” situado na Quinta do Lambert, atribuído por Nuno Abecassis (CDS), em 1986, a funcionários superiores da Câmara de Lisboa, profissionais liberais, jornalistas e desportistas, o Público levanta hoje um pouco o véu. Embora o referido edifício, de sete pisos, tenha catorze apartamentos, o artigo de José Manuel Cerejo apenas identifica quatro locatários: José Manuel de Sousa — que saiu de lá em 1990, quando Jorge Sampaio o convidou para presidente da EPUL, cargo que já não exerce, pois é actualmente quadro superior do grupo Espírito Santo —; o jornalista José Cândido de Sousa (da RTP), o seleccionador nacional de futebol Ruy Seabra, e Veríssimo Pires, assessor de imprensa de Abecassis. Pela especial atenção dada ao percurso profissional e à renda paga (o equivalente a cerca de 100 euros; mas cerca de 20 contos, em 1986, não era uma pechincha) por José Manuel de Sousa, está-se mesmo a ver que o visado será, senão militante, pelo menos alguém muito próximo do PS. Embora omita os restantes dez locatários do edifício em causa, Cerejo deu um salto do Lumiar para a Rua da Madalena, lembrando que João Soares «entregou [sic] uma loja e um andar ao pintor Inácio Matsinhe, os quais se encontram hoje em dia desocupados e sem préstimo». É o chamado link de oportunidade. Como diz o Filipe, vinda de gente capaz de desenterrar «uma cópia de um ponto de inglês dos anos 80», parece-me que a investigação de Cerejo sofre com o défice de socialistas.Etiquetas: Casas da CML, Lisboa, Sociedade