Serpente Emplumada: Psycheia

23-05-2011
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Jacek Yerka, "Pearl Harbor"Psycheia | borboleta de siA Isabel Santiago Qual corola em flor viva de si, abrindo-se em carne nas pétalas de seu marfir, pelos lábiosda origem deste à luz em ler, como quem a desseà treva que te quase deste ainda, agora que ausente.Meus olhos, sem sequer pálpebras há tanto, da saudade tanta, de não saudir, nem já os visitaa dor de doer, que em mim já não cabe – ao olhar, tão-só aflora a fonte doce do lacrimescer saudoso.Na lonjura, que de ti vai até ao imo, há uma lâminade um só gume (cortou-me de mim):de longe tomou-te, Isabel, o que para longe te voara.No vazio de sufoco que é tua não visita, borboleta de si, a presença que te me furta te me dá mais do que te dei –dar-te-ei (hei-de aprendê-lo) o que deixei que levasses.Donis de Frol Guilhade


Jacek Yerka, "Pearl Harbor"Psycheia | borboleta de siA Isabel Santiago Qual corola em flor viva de si, abrindo-se em carne nas pétalas de seu marfir, pelos lábiosda origem deste à luz em ler, como quem a desseà treva que te quase deste ainda, agora que ausente.Meus olhos, sem sequer pálpebras há tanto, da saudade tanta, de não saudir, nem já os visitaa dor de doer, que em mim já não cabe – ao olhar, tão-só aflora a fonte doce do lacrimescer saudoso.Na lonjura, que de ti vai até ao imo, há uma lâminade um só gume (cortou-me de mim):de longe tomou-te, Isabel, o que para longe te voara.No vazio de sufoco que é tua não visita, borboleta de si, a presença que te me furta te me dá mais do que te dei –dar-te-ei (hei-de aprendê-lo) o que deixei que levasses.Donis de Frol Guilhade

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