Serpente Emplumada: um poema de António Manuel Couto Viana

21-05-2011
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António Manuel Couto Viana é natural de Viana do Castelo, onde nasceu em 1923. É poeta, dramaturgo, ensaísta, memorialista, gastrólogo e autor de livros para crianças. A sua estreia literária fez-se em 1948 com o livro de poemas O Avestruz Lírico. Dirigiu com David Mourão-Ferreira e Luís de Macedo as folhas de poesia Távola Redonda. Publicou, até hoje, mais de uma centena de obras, sobretudo de poesia.Desde cedo interessou-se pelo teatro, tendo colaborado como actor, cenógrafo, encenador e empresário em várias companhias, uma das quais o Teatro do Gerifalto. Para além da poesia e do teatro dedicou-se também à literatura infantil, através de ensaios, escrita e tradução de livros, e dirigiu, entre outras edições infanto-juvenis, a publicação Camarada (1949-1951).Em 2004, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda editou-lhe a obra quase completa 60 Anos de Poesia, em dois volumes, de cerca de quinhentas páginas cada um. No mesmo ano, saía O Velho de Novo, com a chancela da editora portuense Caixotim. Recentemente, A. M. Couto Viana editou o livro de poemas Digo e Repito (Averno, 2008) e Restos de Quase Nada e Outras Poesias (Averno, 2008), donde se tira este poema:Lá para o fimJá não frequento o caféNem de subúrbio, nem de cidade:A minha vida, agora, éUma bengala e a saudade.Perdi interesse pela evasão.O rodear-me de nova gente.Ganhei o gosto por outro pãoMais indicado para o meu dente.Nenhuma escrita já é memória.Já não me perco por qualquer lado.Deixei o nome na sua glória.Deixei o corpo no seu pecado.Fluía o verso. Mas, hoje, estancaAnte uma alma de austero porte.Foi rosa rubra. É rosa branca.Que imaculada lhe seja a morte.http://www.editora-averno.blogspot.com/http://www.harmoniadomundo.net/Poesia/Couto_Viana.htm


António Manuel Couto Viana é natural de Viana do Castelo, onde nasceu em 1923. É poeta, dramaturgo, ensaísta, memorialista, gastrólogo e autor de livros para crianças. A sua estreia literária fez-se em 1948 com o livro de poemas O Avestruz Lírico. Dirigiu com David Mourão-Ferreira e Luís de Macedo as folhas de poesia Távola Redonda. Publicou, até hoje, mais de uma centena de obras, sobretudo de poesia.Desde cedo interessou-se pelo teatro, tendo colaborado como actor, cenógrafo, encenador e empresário em várias companhias, uma das quais o Teatro do Gerifalto. Para além da poesia e do teatro dedicou-se também à literatura infantil, através de ensaios, escrita e tradução de livros, e dirigiu, entre outras edições infanto-juvenis, a publicação Camarada (1949-1951).Em 2004, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda editou-lhe a obra quase completa 60 Anos de Poesia, em dois volumes, de cerca de quinhentas páginas cada um. No mesmo ano, saía O Velho de Novo, com a chancela da editora portuense Caixotim. Recentemente, A. M. Couto Viana editou o livro de poemas Digo e Repito (Averno, 2008) e Restos de Quase Nada e Outras Poesias (Averno, 2008), donde se tira este poema:Lá para o fimJá não frequento o caféNem de subúrbio, nem de cidade:A minha vida, agora, éUma bengala e a saudade.Perdi interesse pela evasão.O rodear-me de nova gente.Ganhei o gosto por outro pãoMais indicado para o meu dente.Nenhuma escrita já é memória.Já não me perco por qualquer lado.Deixei o nome na sua glória.Deixei o corpo no seu pecado.Fluía o verso. Mas, hoje, estancaAnte uma alma de austero porte.Foi rosa rubra. É rosa branca.Que imaculada lhe seja a morte.http://www.editora-averno.blogspot.com/http://www.harmoniadomundo.net/Poesia/Couto_Viana.htm

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