Serpente Emplumada: campos de trigo

23-05-2011
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"Os campos de trigo continuam azuis a florescer pássaros e acalentar o pão que aquece a almade quem ama e de quem não ama.Os campos de trigo seguem embalando a luacom uma sonata ao futuro sem fome.Os campos de trigo esqueceram Van Gogh,pois não há mais dor no homem.É tudo realidade consentida.Ninguém mais ergue sua obra para que o mundofloresça em primaverasque o artista não pode viver.Nem mil girassóis de Van Gogh vão calar a dor que assolaNínive, Candahar, Bagdad,o sertão, o chão desumano da Pátria,Nigéria, Haiti, Etiópia…Os campos de trigo não necessitam mais espantalhos.O homem não necessita mais proteger o coraçãopara que o amor não o devore.Pois o amor foi sepultado na última primavera.Espantalho coloridoalardeando um campo-minado-coração,varrido pelas máquinas da indiferença que regemo sarcástico-mundo-cão. Os campos de trigo, indiferentes,seguem solares,seguem em chama,espalhando grãos,dançando ao vento das almas ignaras."Bárbara Lia


"Os campos de trigo continuam azuis a florescer pássaros e acalentar o pão que aquece a almade quem ama e de quem não ama.Os campos de trigo seguem embalando a luacom uma sonata ao futuro sem fome.Os campos de trigo esqueceram Van Gogh,pois não há mais dor no homem.É tudo realidade consentida.Ninguém mais ergue sua obra para que o mundofloresça em primaverasque o artista não pode viver.Nem mil girassóis de Van Gogh vão calar a dor que assolaNínive, Candahar, Bagdad,o sertão, o chão desumano da Pátria,Nigéria, Haiti, Etiópia…Os campos de trigo não necessitam mais espantalhos.O homem não necessita mais proteger o coraçãopara que o amor não o devore.Pois o amor foi sepultado na última primavera.Espantalho coloridoalardeando um campo-minado-coração,varrido pelas máquinas da indiferença que regemo sarcástico-mundo-cão. Os campos de trigo, indiferentes,seguem solares,seguem em chama,espalhando grãos,dançando ao vento das almas ignaras."Bárbara Lia

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