UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO ALPIARCENSE: Comissão de Utentes defende contratação de médicos reformados e estrangeiros

29-05-2010
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Para fazer face à carência de setenta mil utentes no acesso à assistência médica, o distrito de Santarém precisa de cinquenta médicos de família, vinte deles para o Médio Tejo. O Ministério da Saúde vai recrutar mais médicos estrangeiros para trabalhar nos centros de saúde do País. O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que vai "contratar mais algumas dezenas de médicos de outros países", que deverão ser angariados na América Latina. Desta vez, deverão ser as Administrações Regionais de saúde de Lisboa e do Porto a beneficiar destes reforços de profissionais.Apesar de as Unidades de Saúde Familiares (USF) já terem garantido o acesso a médico de família a mais 400 mil utentes desde 2006, segundo dados do Ministério da Saúde, Manuel Pizarro admitiu que há muito a fazer: "Ainda há 300 a 400 mil utentes sem médico".Para resolver a falta de clínicos-gerais, que deverão ainda sentir-se nos próximos anos, "temos optado por medidas temporárias, enquanto as estruturais [como o aumento de vagas nas faculdades e a criação de novos cursos de medicina ] não se fazem sentir". Uma dessas soluções tem sido a negociação de protocolos com países que têm médicos em excesso, como aconteceu com o Uruguai e Cuba.Nas regiões do Algarve e do Alentejo estão a trabalhar desde o ano passado 40 médicos estrangeiros. Manuel Pizarro garante por isso que já "não há utentes sem médico no Alentejo. Está completamente servido", garante.Embora ainda haja população sem clínico de família na região do Algarve, o próprio presidente da ARS do Algarve, Rui Lourenço, reconhece que não tem havido praticamente necessidade de se recorrer a médicos de empresas desde que se optou por esta solução.Sobre a aposta em novos reforços, Manuel Pizarro é claro: "Estamos muito abertos a esta possibilidade, mas não há muitos países com excesso de profissionais. Por isso, temos de fazer contratações de acordo com princípios éticos e mediante acordos com os países".Até agora, os clínicos têm sido contratados - e deverão continuar a se-lo - por um período de três anos.Há muitos estrangeiros a exercer no País, número que aliás tende a crescer. A Ordem dos Médicos tem 4400 estrangeiros inscritos, grande parte vindos da UE (2631), do Brasil (698) e da América do Sul (325). Mais de 11% do total de clínicos a trabalhar no País: 39. 473, de acordo com os dados de Agosto do ano passado.O atraso na contratação de recém-formados pelo Ministério da Saúde é um das principais críticas dos sindicatos. Os concursos tiveram atrasos de oito meses, mas Manuel Pizarro garantiu ao DN que o problema está já corrigido: "Agilizámos o processo. O concurso para os médicos formados em Janeiro/Fevereiro será lançado em Março".«DN» Uma boa altura para que o Presidente da Câmara aproveite esta onda da vinda de mais médicos para poder aumentar o quadro de médicos no Centro de Saúde de Alpiarça, como fez Sónia Sanfona.* JA, agradece ao leitor que nos enviou estas notícias


Para fazer face à carência de setenta mil utentes no acesso à assistência médica, o distrito de Santarém precisa de cinquenta médicos de família, vinte deles para o Médio Tejo. O Ministério da Saúde vai recrutar mais médicos estrangeiros para trabalhar nos centros de saúde do País. O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que vai "contratar mais algumas dezenas de médicos de outros países", que deverão ser angariados na América Latina. Desta vez, deverão ser as Administrações Regionais de saúde de Lisboa e do Porto a beneficiar destes reforços de profissionais.Apesar de as Unidades de Saúde Familiares (USF) já terem garantido o acesso a médico de família a mais 400 mil utentes desde 2006, segundo dados do Ministério da Saúde, Manuel Pizarro admitiu que há muito a fazer: "Ainda há 300 a 400 mil utentes sem médico".Para resolver a falta de clínicos-gerais, que deverão ainda sentir-se nos próximos anos, "temos optado por medidas temporárias, enquanto as estruturais [como o aumento de vagas nas faculdades e a criação de novos cursos de medicina ] não se fazem sentir". Uma dessas soluções tem sido a negociação de protocolos com países que têm médicos em excesso, como aconteceu com o Uruguai e Cuba.Nas regiões do Algarve e do Alentejo estão a trabalhar desde o ano passado 40 médicos estrangeiros. Manuel Pizarro garante por isso que já "não há utentes sem médico no Alentejo. Está completamente servido", garante.Embora ainda haja população sem clínico de família na região do Algarve, o próprio presidente da ARS do Algarve, Rui Lourenço, reconhece que não tem havido praticamente necessidade de se recorrer a médicos de empresas desde que se optou por esta solução.Sobre a aposta em novos reforços, Manuel Pizarro é claro: "Estamos muito abertos a esta possibilidade, mas não há muitos países com excesso de profissionais. Por isso, temos de fazer contratações de acordo com princípios éticos e mediante acordos com os países".Até agora, os clínicos têm sido contratados - e deverão continuar a se-lo - por um período de três anos.Há muitos estrangeiros a exercer no País, número que aliás tende a crescer. A Ordem dos Médicos tem 4400 estrangeiros inscritos, grande parte vindos da UE (2631), do Brasil (698) e da América do Sul (325). Mais de 11% do total de clínicos a trabalhar no País: 39. 473, de acordo com os dados de Agosto do ano passado.O atraso na contratação de recém-formados pelo Ministério da Saúde é um das principais críticas dos sindicatos. Os concursos tiveram atrasos de oito meses, mas Manuel Pizarro garantiu ao DN que o problema está já corrigido: "Agilizámos o processo. O concurso para os médicos formados em Janeiro/Fevereiro será lançado em Março".«DN» Uma boa altura para que o Presidente da Câmara aproveite esta onda da vinda de mais médicos para poder aumentar o quadro de médicos no Centro de Saúde de Alpiarça, como fez Sónia Sanfona.* JA, agradece ao leitor que nos enviou estas notícias

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