No ano 2004, Henrique Arraiolos, honra lhe seja feita, como único vereador da oposição enfrentava destemidamente a maioria do executivo PS, cujas "ratadas" e atropelos haviam sido postos a descoberto pela investigação da IGAT.Começava aqui a desenhar-se o desmoronamento do Castelo de Areia do executivo liderado por Rosa do Céu na Câmara Municipal de Alpiarça.Porque muitas destas informações e tramas não eram ainda do conhecimento público e, portanto, da maioria dos munícipes eleitores, o PS consegue nova vitória nas Eleições de 2005, para espanto de quem estava por dentro das jogadas da gestão Rosa do Céu. Jogadas essas, postas a nu neste último e derradeiro mandato que abandona a um ano do seu término, deixando como substituta natural Vanda Nunes vice-presidente da edilidade.Vanda Nunes seria preterida pela concelhia do PS às eleições Autárquicas de 11 de Outubro de 2009 em favor da deputada Sónia Sanfona, um trunfo forte tirado da manga pelo PS como alternativa perante as dificuldades calculadas que se avizinhavam.Nem mesmo essa aposta livrou o Partido Socialista de uma derrota inequívoca que começaria em finais do segundo mandato atingindo o apogeu das trapalhices e a desconfiança do eleitorado ao longo do terceiro e último mandato.Mas, para percebermos um pouco mais da história, respiguemos um excerto do que era apenso à Acta da Reunião de Câmara de 16 de Abril de 2004, numa declaração de voto escrita pelo vereador da oposição Henrique Arraiolos:“O Vereador Henrique Arraiolos apresentou declaração de voto escrita, com o seguinte teor: “ A gestão do actual executivo no Município de Alpiarça relativo ao ano em apreciação, deixa-me apreensivo quanto ao futuro, devido por um lado aos resultados apurados pela prestação de contas e por outro lado pelas questões levantadas pela IGAT e que ainda estão por justificar.Se não vejamos:A acção inspectiva da IGAT ao Município, no ano de dois mil e três, veio levantar uma série de dúvidas e identificar várias irregularidades processuais e administrativas, algumas das quais sujeitas a apreciação dos Tribunais de Coimbra e Almeirim, do Ministério Público, da Inspecção-Geral de Finanças e do Centro de Emprego de Santarém, conforme pude constatar no relatório enviado pela IGAT à Câmara e que consultei nos Paços do Concelho.”ESTE FOI O PRINCÍPIO DO FIM.Por: F. Soares
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No ano 2004, Henrique Arraiolos, honra lhe seja feita, como único vereador da oposição enfrentava destemidamente a maioria do executivo PS, cujas "ratadas" e atropelos haviam sido postos a descoberto pela investigação da IGAT.Começava aqui a desenhar-se o desmoronamento do Castelo de Areia do executivo liderado por Rosa do Céu na Câmara Municipal de Alpiarça.Porque muitas destas informações e tramas não eram ainda do conhecimento público e, portanto, da maioria dos munícipes eleitores, o PS consegue nova vitória nas Eleições de 2005, para espanto de quem estava por dentro das jogadas da gestão Rosa do Céu. Jogadas essas, postas a nu neste último e derradeiro mandato que abandona a um ano do seu término, deixando como substituta natural Vanda Nunes vice-presidente da edilidade.Vanda Nunes seria preterida pela concelhia do PS às eleições Autárquicas de 11 de Outubro de 2009 em favor da deputada Sónia Sanfona, um trunfo forte tirado da manga pelo PS como alternativa perante as dificuldades calculadas que se avizinhavam.Nem mesmo essa aposta livrou o Partido Socialista de uma derrota inequívoca que começaria em finais do segundo mandato atingindo o apogeu das trapalhices e a desconfiança do eleitorado ao longo do terceiro e último mandato.Mas, para percebermos um pouco mais da história, respiguemos um excerto do que era apenso à Acta da Reunião de Câmara de 16 de Abril de 2004, numa declaração de voto escrita pelo vereador da oposição Henrique Arraiolos:“O Vereador Henrique Arraiolos apresentou declaração de voto escrita, com o seguinte teor: “ A gestão do actual executivo no Município de Alpiarça relativo ao ano em apreciação, deixa-me apreensivo quanto ao futuro, devido por um lado aos resultados apurados pela prestação de contas e por outro lado pelas questões levantadas pela IGAT e que ainda estão por justificar.Se não vejamos:A acção inspectiva da IGAT ao Município, no ano de dois mil e três, veio levantar uma série de dúvidas e identificar várias irregularidades processuais e administrativas, algumas das quais sujeitas a apreciação dos Tribunais de Coimbra e Almeirim, do Ministério Público, da Inspecção-Geral de Finanças e do Centro de Emprego de Santarém, conforme pude constatar no relatório enviado pela IGAT à Câmara e que consultei nos Paços do Concelho.”ESTE FOI O PRINCÍPIO DO FIM.Por: F. Soares