Parecer sobre valor patrimonial de palheiros da Costa da Caparica concluído em Abril

15-03-2011
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Em causa estão mais de 40 casas de madeira que se situam no cordão de dunas entre a praia da Saúde e a praia da Mata, na Costa da Caparica, e que o programa Polis planeava demolir para executar um dos seus planos de pormenor. Os proprietários opõem-se e admitem “apenas, e por uma questão de salvaguarda, ponderar o recuamento e reagrupamento conjunto das casas”.

A CostaPolis notificou os proprietários das casas no final de 2010, pedindo-lhes que removessem as construções. Depois, confrontada com “o eventual interesse patrimonial de algumas dessas casas”, encomendou dois estudos independentes, um à FCT/UNL, outro à associação Arquitectos Sem Fronteiras. É com base nas conclusões desses trabalhos que vai decidir o futuro das construções.

Lia Vasconcelos, membro da equipa multidisciplinar de mais de dez investigadores da FCT/UNL que está a trabalhar no estudo, disse que o parecer técnico deverá ser entregue à CostaPolis até ao final do mês de Abril.

Esta tarde, no segundo fórum de discussão organizado pela equipa da Universidade com todos interessados nos também chamados palheiros da Costa da Caparica, onde estiveram cerca de 70 pessoas, a investigadora explicou que “o estudo está em curso há cerca de três semanas e está a ser elaborado por investigadores da área da arquitectura, antropologia, engenharia do ambiente, geografia e outras” .

A equipa disse à audiência que “o valor cultural das construções está reconhecido, já não é uma questão em discussão”.

Os investigadores alertaram, contudo, para os riscos que podem estar associados à construção em zonas próximas do mar e sublinharam a importância de se cumprir o estipulado no Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que impede a construção naquela zona.

Recorde-se que na perspectiva do responsável do gabinete coordenador da candidatura da cultura Avieira a património nacional, João Serrano, estas casas “são um património histórico invulgar”, porque “a tipologia da sua construção é em tudo semelhante à tipologia da construção das casas dos pescadores Avieiros do Tejo”.

Estes pescadores, explicou, “eram oriundos da Vieira de Leiria e da Ria de Aveiro e, entre o início do século XX e os anos 60, subiram, com as suas famílias, as margens do Tejo, à procura de melhores condições de pesca e de mais oportunidades, trazendo consigo uma identidade de traços fortes”.

Em causa estão mais de 40 casas de madeira que se situam no cordão de dunas entre a praia da Saúde e a praia da Mata, na Costa da Caparica, e que o programa Polis planeava demolir para executar um dos seus planos de pormenor. Os proprietários opõem-se e admitem “apenas, e por uma questão de salvaguarda, ponderar o recuamento e reagrupamento conjunto das casas”.

A CostaPolis notificou os proprietários das casas no final de 2010, pedindo-lhes que removessem as construções. Depois, confrontada com “o eventual interesse patrimonial de algumas dessas casas”, encomendou dois estudos independentes, um à FCT/UNL, outro à associação Arquitectos Sem Fronteiras. É com base nas conclusões desses trabalhos que vai decidir o futuro das construções.

Lia Vasconcelos, membro da equipa multidisciplinar de mais de dez investigadores da FCT/UNL que está a trabalhar no estudo, disse que o parecer técnico deverá ser entregue à CostaPolis até ao final do mês de Abril.

Esta tarde, no segundo fórum de discussão organizado pela equipa da Universidade com todos interessados nos também chamados palheiros da Costa da Caparica, onde estiveram cerca de 70 pessoas, a investigadora explicou que “o estudo está em curso há cerca de três semanas e está a ser elaborado por investigadores da área da arquitectura, antropologia, engenharia do ambiente, geografia e outras” .

A equipa disse à audiência que “o valor cultural das construções está reconhecido, já não é uma questão em discussão”.

Os investigadores alertaram, contudo, para os riscos que podem estar associados à construção em zonas próximas do mar e sublinharam a importância de se cumprir o estipulado no Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que impede a construção naquela zona.

Recorde-se que na perspectiva do responsável do gabinete coordenador da candidatura da cultura Avieira a património nacional, João Serrano, estas casas “são um património histórico invulgar”, porque “a tipologia da sua construção é em tudo semelhante à tipologia da construção das casas dos pescadores Avieiros do Tejo”.

Estes pescadores, explicou, “eram oriundos da Vieira de Leiria e da Ria de Aveiro e, entre o início do século XX e os anos 60, subiram, com as suas famílias, as margens do Tejo, à procura de melhores condições de pesca e de mais oportunidades, trazendo consigo uma identidade de traços fortes”.

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