UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO ALPIARCENSE: "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos"

06-08-2010
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À boa maneira de alguns dos nossos clássicos do século XIX, cujo estilo acutilante e mordaz retratava a época, repórter Y (O grito do Ipiranga) traça-nos aqui algumas situações reais e caricatas da nossa sociedade que pouco mudou em mentalidade, apesar de já estarmos no século XXI.Não sei se as situações relatadas pertencem a esta alma lusitana de que tanto se fala mas, que são curiosas sob o ponto de vista histórico e cultural, lá isso são. Os culpados de determinada situação económica caótica e, portanto, digna de apuramento de responsabilidades, ao invés de serem chamados a responder pelos seus actos de uma gestão comprovadamente duvidosa, foram premiados com lugares de destaque social e político como se tudo tivesse a correr sobre rodas e o seu desempenho tivesse sido um sucesso. Esta política: “quem vem atrás que feche a porta”, “hoje há conquilhas, amanhã não sabemos” etc., não nos parece a mais séria e desejada numa sociedade que queremos mais justa e fraterna possível. O respeito que todos devemos uns aos outros parece estar, neste e noutros casos, comprometido e ferido de legitimidade moral e democrática que, em nada abona a honestidade e verticalidade de quem alinha nestas bandeiras de compadrios e desenrascanços políticos.Por: Fernando Soares


À boa maneira de alguns dos nossos clássicos do século XIX, cujo estilo acutilante e mordaz retratava a época, repórter Y (O grito do Ipiranga) traça-nos aqui algumas situações reais e caricatas da nossa sociedade que pouco mudou em mentalidade, apesar de já estarmos no século XXI.Não sei se as situações relatadas pertencem a esta alma lusitana de que tanto se fala mas, que são curiosas sob o ponto de vista histórico e cultural, lá isso são. Os culpados de determinada situação económica caótica e, portanto, digna de apuramento de responsabilidades, ao invés de serem chamados a responder pelos seus actos de uma gestão comprovadamente duvidosa, foram premiados com lugares de destaque social e político como se tudo tivesse a correr sobre rodas e o seu desempenho tivesse sido um sucesso. Esta política: “quem vem atrás que feche a porta”, “hoje há conquilhas, amanhã não sabemos” etc., não nos parece a mais séria e desejada numa sociedade que queremos mais justa e fraterna possível. O respeito que todos devemos uns aos outros parece estar, neste e noutros casos, comprometido e ferido de legitimidade moral e democrática que, em nada abona a honestidade e verticalidade de quem alinha nestas bandeiras de compadrios e desenrascanços políticos.Por: Fernando Soares

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