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A Comissão Parlamentar de Saúde vai propor ao Governo a realização de um estudo sobre a inclusão da vacina contra a gripe sazonal no Programa Nacional de Vacinação (PNV), nomeadamente para idosos e doentes crónicos.
A proposta, que partiu do Bloco que Esquerda e foi debatida esta quarta-feira na Comissão, propunha inicialmente a inclusão da vacina no PNV, mas, depois de ouvir os argumentos de outros deputados, o bloquista João Semedo decidiu recomendar a realização de um estudo antes de uma decisão final.
João Semedo argumentou que uma das razões para que a taxa de cobertura vacinal «não seja mais próxima dos valores recomendados é porque a vacina é paga».
A Organização Mundial de Saúde fixou como objectivo para 2010 atingir uma taxa de vacinação em idosos de pelo menos 75 por cento, mas de acordo com os últimos dados disponíveis (2008/2009) a cobertura vacinal de idosos é de 53 por cento em Portugal.
Segundo o BE, a inclusão da vacina no PNV iria evitar internamentos desnecessários devido a complicações da gripe (pneumonia), o que se traduziria numa poupança de 10,5 milhões de euros por ano na população com mais de 65 anos.
«O custo adicional desta medida é de apenas 3,4 milhões de euros do que os encargos actuais com a vacina da gripe, o que é claramente compensado pela poupança em internamentos», defende.
A deputada social-democrata Clara Carneiro defendeu que era «muito bom que houvesse uma cobertura gratuita de todas as vacinas», mas defendeu que são necessários estudos epidemiológicos para a introdução das vacinas no PNV.
«O PSD está de acordo [com o projecto do BE] se for para recomendar um estudo ao Governo», sustentou.
Para Luísa Salgueiro (PS), «não faz sentido os deputados sobreporem-se à comissão especializada» que estuda a vacinação.
Esta opinião foi partilhada por João Serpa Oliva (CDS-PP): «Não devemos substituir a comissão técnica de vacinação. Podemos é pedir que haja um maior cuidado dessa comissão» para analisar estas situações e «chamar a atenção do Governo para certas questões».
Já Paula Santos (PCP) afirmou: «Não se deve ter nesta matéria legislação avulsa: esta medida deve ser integrada, mas merece o nosso apoio.»
Depois de ouvir os argumentos dos deputados, João Semedo alterou a resolução e recomendou ao Governo a realização de um estudo sobre a inclusão da vacina no PNV. «Se for aprovado, será bom para a saúde das contas públicas e dos portugueses», concluiu.
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A Comissão Parlamentar de Saúde vai propor ao Governo a realização de um estudo sobre a inclusão da vacina contra a gripe sazonal no Programa Nacional de Vacinação (PNV), nomeadamente para idosos e doentes crónicos.
A proposta, que partiu do Bloco que Esquerda e foi debatida esta quarta-feira na Comissão, propunha inicialmente a inclusão da vacina no PNV, mas, depois de ouvir os argumentos de outros deputados, o bloquista João Semedo decidiu recomendar a realização de um estudo antes de uma decisão final.
João Semedo argumentou que uma das razões para que a taxa de cobertura vacinal «não seja mais próxima dos valores recomendados é porque a vacina é paga».
A Organização Mundial de Saúde fixou como objectivo para 2010 atingir uma taxa de vacinação em idosos de pelo menos 75 por cento, mas de acordo com os últimos dados disponíveis (2008/2009) a cobertura vacinal de idosos é de 53 por cento em Portugal.
Segundo o BE, a inclusão da vacina no PNV iria evitar internamentos desnecessários devido a complicações da gripe (pneumonia), o que se traduziria numa poupança de 10,5 milhões de euros por ano na população com mais de 65 anos.
«O custo adicional desta medida é de apenas 3,4 milhões de euros do que os encargos actuais com a vacina da gripe, o que é claramente compensado pela poupança em internamentos», defende.
A deputada social-democrata Clara Carneiro defendeu que era «muito bom que houvesse uma cobertura gratuita de todas as vacinas», mas defendeu que são necessários estudos epidemiológicos para a introdução das vacinas no PNV.
«O PSD está de acordo [com o projecto do BE] se for para recomendar um estudo ao Governo», sustentou.
Para Luísa Salgueiro (PS), «não faz sentido os deputados sobreporem-se à comissão especializada» que estuda a vacinação.
Esta opinião foi partilhada por João Serpa Oliva (CDS-PP): «Não devemos substituir a comissão técnica de vacinação. Podemos é pedir que haja um maior cuidado dessa comissão» para analisar estas situações e «chamar a atenção do Governo para certas questões».
Já Paula Santos (PCP) afirmou: «Não se deve ter nesta matéria legislação avulsa: esta medida deve ser integrada, mas merece o nosso apoio.»
Depois de ouvir os argumentos dos deputados, João Semedo alterou a resolução e recomendou ao Governo a realização de um estudo sobre a inclusão da vacina no PNV. «Se for aprovado, será bom para a saúde das contas públicas e dos portugueses», concluiu.
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