Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: Visto como o "próximo alvo", Portugal sofre nos mercados

23-05-2011
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“Não houve qualquer notícia de uma derrapagem orçamental ou a descoberta de erros na contabilidade apresentada pelo Governo, mas a verdade é que diversos jornais e economistas têm estado, nos últimos dias, a colocar Portugal como o cenário da próxima grande crise da zona euro, a seguir à Grécia. O resultado destes comentários está a ser a continuação da penalização feita pelos mercados, com taxas de juro mais altas, da dívida pública portuguesa.Durante o dia de ontem, o diferencial nas taxas de juro exigidas por uma obrigação a 10 anos do Estado português e a média europeia subiu de 1,26 para 1,36 pontos, reaproximando-se dos máximos que tinham sido atingidos antes da divulgação do plano de ajuda europeu à Grécia.A esta tendência não será alheia a colagem, em muitos meios internacionais, da imagem de Portugal a um país com problemas orçamentais extremamente graves.Portugal: o próximo alvo, lia-se ontem na edição do jornal norte-americano “The New York Times”. O artigo - com o título Preocupações com a dívida mudam para Portugal, motivadas pela subida das taxas das obrigações - dizia que os especuladores dos mercados estavam, depois da Grécia, a avançar em direcção "a mais um pequeno membro da perturbada zona monetária europeia".No dia anterior, Simon Jonhson, ex-economista chefe do FMI, num artigo feito em parceria com o economista Peter Boone, dizia também que "o próximo grande problema global" seria Portugal, dizendo que até agora o país tinha conseguido estar fora do centro das atenções apenas graças à Grécia e defendendo que estes dois países estão piores que a Argentina em 2001. Ontem, outro economista de nomeada, Nouriel Roubini, dizia também que Portugal e a Grécia poderiam ter de abandonar a zona euro. […]”Noticia completa aqui: fonte Jornal Público Comentário:P’ra pior já basta assim…Portugal tem solução, mas não é a preconizada pelo FMI nem pelas empresas de “rating”.Que Portugal tem sido (e continua) mal governado, parece-me uma evidência, mas não são os senhores do FMI nem os “servos do capitalismo selvagem” que nos vêm dar lições de economia e muito menos como deve ser governado o nosso Portugal.Não concordo com a valorização da opinião de um, dois ou mesmo de todos os economista do FMI, que à semelhança das 3 grandes empresas de “rating” apenas servem interesses emanados de Washington “Os donos do império que organizam conscientemente a escassez. E esta obedece à lógica da maximização do lucro”. Mas, estes não são os interesses que os portugueses ambicionam para o seu país.O FMI não foi criado para promover a redistribuição da riqueza nacional nem internacional. Ele foi criado para apertar o cinto e garantir o pagamento regular dos juros da dívida dos diversos países.Para o FMI os cortes orçamentais são uma prioridade. Cortar onde?No orçamento das forças armadas, dos serviços secretos ou na policia, nem pensar. Estas instituições são essenciais para garantir o investimento estrangeiro.Para o FMI a fiscalidade também é sagrada. Impostos indirectos, e antes de mais sobre o consumo, aprovam: esses penalizam em primeiro lugar os pobres. Mas um imposto progressivo sobre o rendimento, ou mesmo sobre o património, acham que é uma heresia!Disse Blustein sobre o FMI: esse pessoal arruína um país com a calma de quem joga fora um jornal lido.Aconselho vivamente:-A consultarem o site da CADTM – Comité para anulação da divida do Terceiro Mundo .-A lerem o livro "Vexame" de Blustein, que denucia malfeitorias do FMI nas crises de 1998 e 1999 no Brasil, na Coréia e na Indonésia.


“Não houve qualquer notícia de uma derrapagem orçamental ou a descoberta de erros na contabilidade apresentada pelo Governo, mas a verdade é que diversos jornais e economistas têm estado, nos últimos dias, a colocar Portugal como o cenário da próxima grande crise da zona euro, a seguir à Grécia. O resultado destes comentários está a ser a continuação da penalização feita pelos mercados, com taxas de juro mais altas, da dívida pública portuguesa.Durante o dia de ontem, o diferencial nas taxas de juro exigidas por uma obrigação a 10 anos do Estado português e a média europeia subiu de 1,26 para 1,36 pontos, reaproximando-se dos máximos que tinham sido atingidos antes da divulgação do plano de ajuda europeu à Grécia.A esta tendência não será alheia a colagem, em muitos meios internacionais, da imagem de Portugal a um país com problemas orçamentais extremamente graves.Portugal: o próximo alvo, lia-se ontem na edição do jornal norte-americano “The New York Times”. O artigo - com o título Preocupações com a dívida mudam para Portugal, motivadas pela subida das taxas das obrigações - dizia que os especuladores dos mercados estavam, depois da Grécia, a avançar em direcção "a mais um pequeno membro da perturbada zona monetária europeia".No dia anterior, Simon Jonhson, ex-economista chefe do FMI, num artigo feito em parceria com o economista Peter Boone, dizia também que "o próximo grande problema global" seria Portugal, dizendo que até agora o país tinha conseguido estar fora do centro das atenções apenas graças à Grécia e defendendo que estes dois países estão piores que a Argentina em 2001. Ontem, outro economista de nomeada, Nouriel Roubini, dizia também que Portugal e a Grécia poderiam ter de abandonar a zona euro. […]”Noticia completa aqui: fonte Jornal Público Comentário:P’ra pior já basta assim…Portugal tem solução, mas não é a preconizada pelo FMI nem pelas empresas de “rating”.Que Portugal tem sido (e continua) mal governado, parece-me uma evidência, mas não são os senhores do FMI nem os “servos do capitalismo selvagem” que nos vêm dar lições de economia e muito menos como deve ser governado o nosso Portugal.Não concordo com a valorização da opinião de um, dois ou mesmo de todos os economista do FMI, que à semelhança das 3 grandes empresas de “rating” apenas servem interesses emanados de Washington “Os donos do império que organizam conscientemente a escassez. E esta obedece à lógica da maximização do lucro”. Mas, estes não são os interesses que os portugueses ambicionam para o seu país.O FMI não foi criado para promover a redistribuição da riqueza nacional nem internacional. Ele foi criado para apertar o cinto e garantir o pagamento regular dos juros da dívida dos diversos países.Para o FMI os cortes orçamentais são uma prioridade. Cortar onde?No orçamento das forças armadas, dos serviços secretos ou na policia, nem pensar. Estas instituições são essenciais para garantir o investimento estrangeiro.Para o FMI a fiscalidade também é sagrada. Impostos indirectos, e antes de mais sobre o consumo, aprovam: esses penalizam em primeiro lugar os pobres. Mas um imposto progressivo sobre o rendimento, ou mesmo sobre o património, acham que é uma heresia!Disse Blustein sobre o FMI: esse pessoal arruína um país com a calma de quem joga fora um jornal lido.Aconselho vivamente:-A consultarem o site da CADTM – Comité para anulação da divida do Terceiro Mundo .-A lerem o livro "Vexame" de Blustein, que denucia malfeitorias do FMI nas crises de 1998 e 1999 no Brasil, na Coréia e na Indonésia.

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