Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: Companhias de navegação suspeitas de concertação

22-05-2011
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"A rápida subida dos fretes e a escassez de capacidade para o transporte marítimo de contentores desesperam os carregadores e levantam suspeitas junto das autoridades europeias e norte-americanas.As maiores companhias mundais de navegação estão a ser investigadas pelos reguladores europeus e norte-americanos, que procuram evidências de concertação de preços e de oferta de capacidade, avança o “The Wall Street Journal”.A Comissão Federal Marítima (FMC) dos Estados Unidos, país onde os operadores usufruem de imunidade antitrust, abriu um inquérito às taxas praticadas. Espera-se que a Comissão apresente um relatório intercalar a 15 de Junho e um relatório final a 31 de Julho.A missão da agência é garantir que a colaboração entre as companhias marítimas "não resulte em aumentos excessivos nos custos do transporte ou em diminuições injustificadas na oferta de serviços", disse o comissário da FMC Michael Khouri.Na Europa, os reguladores estão a "monitorizar activamente" a situação, afirmou a porta-voz da União Europeia Amelia Torres, também citada pelo jornal norte-americano.A investigação das autoridades europeias e norte-americanas decorre da constatação dos preços cobrados pelos armadores continuarem a subir, e de haver falta de capacidade de transporte, apesar da entrada em operação de muitos navios novos.Os operadores de transporte marítimo de contentores tiveram o pior ano de sempre em 2009, perdendo cerca de 20 mil milhões de dólares, de acordo com a Drewry Shipping Consultants.Como o comércio global diminuiu cerca de 10%, e as transportadoras receberam dezenas de navios que tinham encomendado durante o “boom” económico, abriu-se um abismo entre a oferta e a procura. Tal levou a que durante um período de tempo os fretes tenham sofrido um colapso.Em resposta, as companhias trataram de impôr sobretaxas para compensar a quebra dos fretes. Além disso imobilizaram navios, para poupar combustível e reduzir a oferta de capacidade, e aderiram ao slow-steaming - com o mesmo objectivo.Entretanto, com a retoma da actividade económica, a procura de transporte aumentou, e com ela os preços dispararam, e a falta de espaço para envio de contentores tornou-se crítica, a ponto de várias linhas estarem a criar taxas “premium” para garantir as reservas de espaço.A indústria diz que não está a fazer nada de errado. As empresas têm agido separadamente e precisam de aumentos nos fretes para sobreviver, disse ao “The Wall Street Journal” Jean-Philippe Thenoz, da CMA-CGM. Que sublinhou estar-se ainda longe da rendibilidade das operações.Mas as suspeitas existem do lado dos carregadores, cada vez mais pressionados pelos preços e pela dificuldade em expedirem as suas mercadorias.A investigação agora empreendida pelas autoridades dos EUA e da União Europeia visa precisamente avaliar se as companhias marítimas estão a agir de forma concertada, ou se se está perante tomadas de decisão independentes mas que apontam no mesmo sentido uma vez que partem de premissas iguais ou semelhantes para todos os operadores."Fonte: T&N


"A rápida subida dos fretes e a escassez de capacidade para o transporte marítimo de contentores desesperam os carregadores e levantam suspeitas junto das autoridades europeias e norte-americanas.As maiores companhias mundais de navegação estão a ser investigadas pelos reguladores europeus e norte-americanos, que procuram evidências de concertação de preços e de oferta de capacidade, avança o “The Wall Street Journal”.A Comissão Federal Marítima (FMC) dos Estados Unidos, país onde os operadores usufruem de imunidade antitrust, abriu um inquérito às taxas praticadas. Espera-se que a Comissão apresente um relatório intercalar a 15 de Junho e um relatório final a 31 de Julho.A missão da agência é garantir que a colaboração entre as companhias marítimas "não resulte em aumentos excessivos nos custos do transporte ou em diminuições injustificadas na oferta de serviços", disse o comissário da FMC Michael Khouri.Na Europa, os reguladores estão a "monitorizar activamente" a situação, afirmou a porta-voz da União Europeia Amelia Torres, também citada pelo jornal norte-americano.A investigação das autoridades europeias e norte-americanas decorre da constatação dos preços cobrados pelos armadores continuarem a subir, e de haver falta de capacidade de transporte, apesar da entrada em operação de muitos navios novos.Os operadores de transporte marítimo de contentores tiveram o pior ano de sempre em 2009, perdendo cerca de 20 mil milhões de dólares, de acordo com a Drewry Shipping Consultants.Como o comércio global diminuiu cerca de 10%, e as transportadoras receberam dezenas de navios que tinham encomendado durante o “boom” económico, abriu-se um abismo entre a oferta e a procura. Tal levou a que durante um período de tempo os fretes tenham sofrido um colapso.Em resposta, as companhias trataram de impôr sobretaxas para compensar a quebra dos fretes. Além disso imobilizaram navios, para poupar combustível e reduzir a oferta de capacidade, e aderiram ao slow-steaming - com o mesmo objectivo.Entretanto, com a retoma da actividade económica, a procura de transporte aumentou, e com ela os preços dispararam, e a falta de espaço para envio de contentores tornou-se crítica, a ponto de várias linhas estarem a criar taxas “premium” para garantir as reservas de espaço.A indústria diz que não está a fazer nada de errado. As empresas têm agido separadamente e precisam de aumentos nos fretes para sobreviver, disse ao “The Wall Street Journal” Jean-Philippe Thenoz, da CMA-CGM. Que sublinhou estar-se ainda longe da rendibilidade das operações.Mas as suspeitas existem do lado dos carregadores, cada vez mais pressionados pelos preços e pela dificuldade em expedirem as suas mercadorias.A investigação agora empreendida pelas autoridades dos EUA e da União Europeia visa precisamente avaliar se as companhias marítimas estão a agir de forma concertada, ou se se está perante tomadas de decisão independentes mas que apontam no mesmo sentido uma vez que partem de premissas iguais ou semelhantes para todos os operadores."Fonte: T&N

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