Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: U.E. e Coreia do Sul acordam criação de Zona de Comércio Livre

23-05-2011
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Os governos europeus aprovaram na passada sexta-feira aquele que é o segundo maior acordo comercial da história, celebrado entre a Europa dos 27 e a Coreia do Sul, com entrada em vigor prevista para 1 de Julho de 2011.O acordo foi concluído pelos ministros dos negócios estrangeiros e dará lugar à uma Zona de Comércio Livre capaz de gerar um aumento significativo dos fluxos comerciais entre os países integrantes da Zona, gerando valor para as economias mais competitivas e propiciando a criação de postos de trabalho.A referida aprovação surge após sucessivas reuniões europeias, que foram pautadas pelos protestos da Itália quanto à data de entrada em vigor do referido acordo, alegando receios relacionados com a quota de mercado que a indústria automóvel coreana tiraria à indústria italiana. O consenso foi possível, assim que a Itália conseguiu adiar a data de entrada em vigor do acordo e assegurar que a remoção das barreiras alfandegárias ao sector automóvel apenas ocorreria a partir do terceiro ano de aplicação do acordo. A tarifa cobrada actualmente é de 10% na Europa sobre automóveis coreanos e de 8% na Coreia do Sul sobre automóveis europeus.Ficou assim acordado que dentro de cinco anos, 99% das trocas comerciais sejam realizadas sem barreiras aduaneiras, sendo o sector automóvel aquele em que a remoção destas barreiras ocorreriam de forma mais lenta, justificando-se o facto pela vantagem competitiva que as construtoras coreanas teriam sobre as construtoras europeias associada a uma política de preços agressiva e a uma quota de mercado na Europa superior a das marcas europeias na Coreia do Sul.Dados de 2008 apontam que a União Europeia importou 450 mil viaturas coreanas, num total de 15 milhões vendidas, e a Coreia do Sul, por seu turno, importou 33 mil viaturas europeias num total de 1 milhão de viaturas comercializadas. Estes números representam um quota de mercado recíproca de 3%, sendo que, para a Europa dos 27, esta quota diz respeito ao conjunto de todas as marcas, com destaque para as italianas Fiat e Alfa Romeu, para as francesas Renault e Citroen e para as alemãs BMW e Mercedes.A Coreia do Sul é actualmente o quarto principal parceiro económico da União Europeia fora da Europa e as trocas comerciais entre eles rondam os 70 mil milhões de euros por ano. É expectativa da U.E. que os benefícios na criação desta Zona de Comércio Livre sejam sentidos de forma mais significativa no sector financeiro, no sector farmacêutico e na industrial naval. As autoridades sul coreanas, por seu turno, pretendem ir mais longe e celebrar um acordo semelhante com o Brasil, devido às vantagens que o mesmo traria para ambos países.Pretendem igualmente participar na construção do comboio de alta velocidade que ligará São Paulo e Rio Janeiro, e no esforço de construção de infraestruturas para o Mundial de Futebol e para as Olimpíadas.27 de Setembro de 2010Fonte: O PAÍS online


Os governos europeus aprovaram na passada sexta-feira aquele que é o segundo maior acordo comercial da história, celebrado entre a Europa dos 27 e a Coreia do Sul, com entrada em vigor prevista para 1 de Julho de 2011.O acordo foi concluído pelos ministros dos negócios estrangeiros e dará lugar à uma Zona de Comércio Livre capaz de gerar um aumento significativo dos fluxos comerciais entre os países integrantes da Zona, gerando valor para as economias mais competitivas e propiciando a criação de postos de trabalho.A referida aprovação surge após sucessivas reuniões europeias, que foram pautadas pelos protestos da Itália quanto à data de entrada em vigor do referido acordo, alegando receios relacionados com a quota de mercado que a indústria automóvel coreana tiraria à indústria italiana. O consenso foi possível, assim que a Itália conseguiu adiar a data de entrada em vigor do acordo e assegurar que a remoção das barreiras alfandegárias ao sector automóvel apenas ocorreria a partir do terceiro ano de aplicação do acordo. A tarifa cobrada actualmente é de 10% na Europa sobre automóveis coreanos e de 8% na Coreia do Sul sobre automóveis europeus.Ficou assim acordado que dentro de cinco anos, 99% das trocas comerciais sejam realizadas sem barreiras aduaneiras, sendo o sector automóvel aquele em que a remoção destas barreiras ocorreriam de forma mais lenta, justificando-se o facto pela vantagem competitiva que as construtoras coreanas teriam sobre as construtoras europeias associada a uma política de preços agressiva e a uma quota de mercado na Europa superior a das marcas europeias na Coreia do Sul.Dados de 2008 apontam que a União Europeia importou 450 mil viaturas coreanas, num total de 15 milhões vendidas, e a Coreia do Sul, por seu turno, importou 33 mil viaturas europeias num total de 1 milhão de viaturas comercializadas. Estes números representam um quota de mercado recíproca de 3%, sendo que, para a Europa dos 27, esta quota diz respeito ao conjunto de todas as marcas, com destaque para as italianas Fiat e Alfa Romeu, para as francesas Renault e Citroen e para as alemãs BMW e Mercedes.A Coreia do Sul é actualmente o quarto principal parceiro económico da União Europeia fora da Europa e as trocas comerciais entre eles rondam os 70 mil milhões de euros por ano. É expectativa da U.E. que os benefícios na criação desta Zona de Comércio Livre sejam sentidos de forma mais significativa no sector financeiro, no sector farmacêutico e na industrial naval. As autoridades sul coreanas, por seu turno, pretendem ir mais longe e celebrar um acordo semelhante com o Brasil, devido às vantagens que o mesmo traria para ambos países.Pretendem igualmente participar na construção do comboio de alta velocidade que ligará São Paulo e Rio Janeiro, e no esforço de construção de infraestruturas para o Mundial de Futebol e para as Olimpíadas.27 de Setembro de 2010Fonte: O PAÍS online

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