Alemanha acredita em reestruturação da dívida grega este Verão

19-04-2011
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Estas declarações foram feitas à agência Reuters, que cita “várias fontes do Governo de Angela Merkel” não identificadas, as quais disseram também que o facto de acreditar que isso vai acontecer não significa que deseje que haja uma reestruturação – que significa alguma forma de incumprimento das condições de reembolso acordadas com os credores, que podem ir de um pagamento atrasado ao não pagamento de parte da dívida.

A ideia desta inevitabilidade surgem depois de, hoje, a ministra das Finanças de França, Christine Lagarde, ter dito a uma televisão francesa que seria “catastrófico” reestruturar as dívidas públicas da Grécia, Irlanda e Portugal, porque faria com que tivessem depois mais dificuldades em regressar aos mercados financeiros.

No mesmo sentido, o ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, tinha dito já na sexta-feira, numa entrevista em Washington, que “reestruturar não é um assunto em discussão” no Governo grego. “A dor e o custo” de fazer uma coisa desses seria maior do que pagar aos credores, disse no mesmo dia, citado pela agência Bloomberg.

E hoje o governador do banco central grego veio dizer que “não é necessária nem desejável” uma reestruturação da dívida pública do país, apesar de as reformas estruturais no país “continuarem atrasadas em relação à evolução da dívida”.

Em Portugal têm-se no entanto feito ouvir algumas vozes a defender uma reestruturação da dívida pública, nomeadamente o sociólogo Boaventura de Sousa Santos. Num depoimento ao Jornal de Negócios de hoje, defende “já e não em 2013”, uma “auditoria e reestruturação da dívida, em conjunto com a Grécia e a Irlanda, de preferência no quadro da zona euro”.

Os rumores, especulações e tomadas de posição sobre uma reestruturação da dívida grega ganharam intensidade depois de na semana passada o ministro das Finanças da Alemanha ter admitido que ela poderia ser necessária ainda durante a vigência do actual mecanismo de estabilização do euro em vigor, que não prevê que os credores privados sejam obrigados a assumir perdas.

Em declarações ao jornal alemão Die Welt, na quinta-feira, Schaeuble reconheceu que podem ser necessárias novas medidas para lidar com a dívida grega, o que foi interpretado como uma alusão a uma possível “reestruturação” dessa dívida.

Deixou no entanto claro que uma reestruturação terá de acontecer numa base voluntária caso aconteça antes de 2013, quando entrará em vigor o novo Mecanismo Europeu de Estabilidade (que será permanente, em substituição do actualmente em vigor, provisório), cujas regras prevêem a possibilidade de os credores privados terem de assumir perdas no caso de ser necessário resgatar Estados da zona euro em dificuldades.

O vice-ministro alemão dos Negócios Estrangeiros disse por seu lado na sexta-feira que reestruturar dívida “não seria uma catástrofe”.

A possibilidade de uma reestruturação da dívida grega tem sido vista como provável por vários economistas, mas os responsáveis europeus sempre a tinham recusado veementemente.

Mas para o economista Nouriel Roubini, que ficou conhecido da opinião pública por ter previsto a crise financeira global, a reestruturação da dívida soberana grega é só uma questão de tempo. “A questão na Grécia não é se vai haver uma reestruturação da dívida, mas quando é que vai acontecer”, disse na sexta-feira, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

Estas declarações foram feitas à agência Reuters, que cita “várias fontes do Governo de Angela Merkel” não identificadas, as quais disseram também que o facto de acreditar que isso vai acontecer não significa que deseje que haja uma reestruturação – que significa alguma forma de incumprimento das condições de reembolso acordadas com os credores, que podem ir de um pagamento atrasado ao não pagamento de parte da dívida.

A ideia desta inevitabilidade surgem depois de, hoje, a ministra das Finanças de França, Christine Lagarde, ter dito a uma televisão francesa que seria “catastrófico” reestruturar as dívidas públicas da Grécia, Irlanda e Portugal, porque faria com que tivessem depois mais dificuldades em regressar aos mercados financeiros.

No mesmo sentido, o ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, tinha dito já na sexta-feira, numa entrevista em Washington, que “reestruturar não é um assunto em discussão” no Governo grego. “A dor e o custo” de fazer uma coisa desses seria maior do que pagar aos credores, disse no mesmo dia, citado pela agência Bloomberg.

E hoje o governador do banco central grego veio dizer que “não é necessária nem desejável” uma reestruturação da dívida pública do país, apesar de as reformas estruturais no país “continuarem atrasadas em relação à evolução da dívida”.

Em Portugal têm-se no entanto feito ouvir algumas vozes a defender uma reestruturação da dívida pública, nomeadamente o sociólogo Boaventura de Sousa Santos. Num depoimento ao Jornal de Negócios de hoje, defende “já e não em 2013”, uma “auditoria e reestruturação da dívida, em conjunto com a Grécia e a Irlanda, de preferência no quadro da zona euro”.

Os rumores, especulações e tomadas de posição sobre uma reestruturação da dívida grega ganharam intensidade depois de na semana passada o ministro das Finanças da Alemanha ter admitido que ela poderia ser necessária ainda durante a vigência do actual mecanismo de estabilização do euro em vigor, que não prevê que os credores privados sejam obrigados a assumir perdas.

Em declarações ao jornal alemão Die Welt, na quinta-feira, Schaeuble reconheceu que podem ser necessárias novas medidas para lidar com a dívida grega, o que foi interpretado como uma alusão a uma possível “reestruturação” dessa dívida.

Deixou no entanto claro que uma reestruturação terá de acontecer numa base voluntária caso aconteça antes de 2013, quando entrará em vigor o novo Mecanismo Europeu de Estabilidade (que será permanente, em substituição do actualmente em vigor, provisório), cujas regras prevêem a possibilidade de os credores privados terem de assumir perdas no caso de ser necessário resgatar Estados da zona euro em dificuldades.

O vice-ministro alemão dos Negócios Estrangeiros disse por seu lado na sexta-feira que reestruturar dívida “não seria uma catástrofe”.

A possibilidade de uma reestruturação da dívida grega tem sido vista como provável por vários economistas, mas os responsáveis europeus sempre a tinham recusado veementemente.

Mas para o economista Nouriel Roubini, que ficou conhecido da opinião pública por ter previsto a crise financeira global, a reestruturação da dívida soberana grega é só uma questão de tempo. “A questão na Grécia não é se vai haver uma reestruturação da dívida, mas quando é que vai acontecer”, disse na sexta-feira, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

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