Cortes cegos, dívidas recorde e reformas que ficaram a meio na Saúde

25-04-2011
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O ministério chegou também a anunciar a reforma do funcionamento interno dos hospitais e um processo de avaliação dos gestores hospitalares, mas ambos os dossiers ficaram na gaveta. Na prática, limitou-se a transformar mais alguns hospitais em EPE. "Mais do que novas reformas, é relevante acabar as que já foram iniciadas [nomeadamente as unidades de saúde familiar e os cuidados continuados]", sustenta, pelo seu lado, o professor da School Business and Economics da Universidade Nova de Lisboa, Pedro Pita Barros. "Reformas a meio são fonte de problemas", avisa o especialista em Economia da Saúde, para quem a médio prazo é preciso avançar para a reorganização das unidades, criando mecanismos para que as que funcionam mal sejam substituídas - "pode ser encerramento ou "substituição da gestão", alvitra."Após seis anos a governar", o PS "deixou o SNS nos mínimos", remata o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo. "O PS só obteve resultados onde seria desejável e socialmente mais justo que não os tivesse obtido: na diminuição da despesa pública com medicamentos. Os números não enganam: em Janeiro de 2011, o SNS apenas comparticipava, em média, 60,2 por cento do custo dos medicamentos, menos 8,1 por cento que em 2005", diz o médico. Em 2010, o Governo foi mesmo obrigado a recuar numa medida que foi apelidada de eleitoralista: acabou com a gratuitidade dos genéricos para os pensionistas com rendimentos mais baixos. Já não há remédios grátis.

O ministério chegou também a anunciar a reforma do funcionamento interno dos hospitais e um processo de avaliação dos gestores hospitalares, mas ambos os dossiers ficaram na gaveta. Na prática, limitou-se a transformar mais alguns hospitais em EPE. "Mais do que novas reformas, é relevante acabar as que já foram iniciadas [nomeadamente as unidades de saúde familiar e os cuidados continuados]", sustenta, pelo seu lado, o professor da School Business and Economics da Universidade Nova de Lisboa, Pedro Pita Barros. "Reformas a meio são fonte de problemas", avisa o especialista em Economia da Saúde, para quem a médio prazo é preciso avançar para a reorganização das unidades, criando mecanismos para que as que funcionam mal sejam substituídas - "pode ser encerramento ou "substituição da gestão", alvitra."Após seis anos a governar", o PS "deixou o SNS nos mínimos", remata o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo. "O PS só obteve resultados onde seria desejável e socialmente mais justo que não os tivesse obtido: na diminuição da despesa pública com medicamentos. Os números não enganam: em Janeiro de 2011, o SNS apenas comparticipava, em média, 60,2 por cento do custo dos medicamentos, menos 8,1 por cento que em 2005", diz o médico. Em 2010, o Governo foi mesmo obrigado a recuar numa medida que foi apelidada de eleitoralista: acabou com a gratuitidade dos genéricos para os pensionistas com rendimentos mais baixos. Já não há remédios grátis.

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