Médicos pedem à ministra a reapreciação "serena e responsável" do projecto do CMIN

12-09-2010
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Cinco clínicos alegam que o CMIN não se justifica, dada a quebra da natalidade e os projectos de outros hospitais

O médico que afirma ter preconizado, há um quarto de século, a criação do Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN) defende agora, em carta à ministra da Saúde, uma reapreciação "serena e responsável" da actual versão do projecto. Esta posição de José Manuel Pavão, antigo director do hospital de crianças Maria Pia e ex-deputado do PSD, é também subscrita por Álvaro Aguiar (catedrático na Faculdade de Medicina do Porto), Rui Carrapato (neonatologista), Bianchi de Aguiar e António Vilarinho (ambos pediatras).

"Despidos de paixões e movidos tão-só por impulsos de natureza cívica e interesse público", os autores da missiva pedem a Ana Jorge que "mande efectuar uma reapreciação serena e responsável sobre a real importância de implementação do referido projecto nos exactos moldes que tem vindo a ser anunciado". Para estes médicos, importa "tomar em devida conta algumas alterações das circunstâncias" que suportaram a ideia do CMIN, "em particular a acentuada quebra de natalidade, alterações de natureza urbanística e finalmente a significativa evolução na oferta de novos equipamentos de saúde" na região.

A reapreciação do projecto deve ter em conta nomeadamente "a próxima concretização do programa materno infantil em desenvolvimento no Hospital de S. João e o mais que certo correspondente projecto no futuro Centro Hospitalar de Gaia, para lá dos serviços de que, já hoje, dispõe o Hospital Pedro Hispano", argumentam os subscritores.

José Manuel Pavão, Álvaro Aguiar, Rui Carrapato, Bianchi de Aguiar e António Vilarinho assinalam ainda que "a torrente de notícias" sobre o CMIN, na comunicação social do Porto, "veio demonstrar que este projecto de assistência à saúde da mãe e da criança continua enredado numa enorme teia de contradições, não sendo inclusive despiciendo o seu peso financeiro".

Sexta feira, o deputado do BE João Semedo revelou que o presidente do Centro Hospitalar do Porto (CHP) lhe assegurou que as obras do CMIN começariam em Novembro, independentemente da posição da autarquia. A Câmara do Porto emitiu, em Julho, pareceres desfavoráveis ao licenciamento do CMIN e, na semana seguinte, o vereador do Urbanismo disse-se disponível para encontrar outra localização para o equipamento. A 13 de Agosto, o CHP desistiu do licenciamento, considerando que a construção do CMIN carece apenas de um parecer prévio, não vinculativo, da autarquia, que deverá ser emitido depois de amanhã.

Cinco clínicos alegam que o CMIN não se justifica, dada a quebra da natalidade e os projectos de outros hospitais

O médico que afirma ter preconizado, há um quarto de século, a criação do Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN) defende agora, em carta à ministra da Saúde, uma reapreciação "serena e responsável" da actual versão do projecto. Esta posição de José Manuel Pavão, antigo director do hospital de crianças Maria Pia e ex-deputado do PSD, é também subscrita por Álvaro Aguiar (catedrático na Faculdade de Medicina do Porto), Rui Carrapato (neonatologista), Bianchi de Aguiar e António Vilarinho (ambos pediatras).

"Despidos de paixões e movidos tão-só por impulsos de natureza cívica e interesse público", os autores da missiva pedem a Ana Jorge que "mande efectuar uma reapreciação serena e responsável sobre a real importância de implementação do referido projecto nos exactos moldes que tem vindo a ser anunciado". Para estes médicos, importa "tomar em devida conta algumas alterações das circunstâncias" que suportaram a ideia do CMIN, "em particular a acentuada quebra de natalidade, alterações de natureza urbanística e finalmente a significativa evolução na oferta de novos equipamentos de saúde" na região.

A reapreciação do projecto deve ter em conta nomeadamente "a próxima concretização do programa materno infantil em desenvolvimento no Hospital de S. João e o mais que certo correspondente projecto no futuro Centro Hospitalar de Gaia, para lá dos serviços de que, já hoje, dispõe o Hospital Pedro Hispano", argumentam os subscritores.

José Manuel Pavão, Álvaro Aguiar, Rui Carrapato, Bianchi de Aguiar e António Vilarinho assinalam ainda que "a torrente de notícias" sobre o CMIN, na comunicação social do Porto, "veio demonstrar que este projecto de assistência à saúde da mãe e da criança continua enredado numa enorme teia de contradições, não sendo inclusive despiciendo o seu peso financeiro".

Sexta feira, o deputado do BE João Semedo revelou que o presidente do Centro Hospitalar do Porto (CHP) lhe assegurou que as obras do CMIN começariam em Novembro, independentemente da posição da autarquia. A Câmara do Porto emitiu, em Julho, pareceres desfavoráveis ao licenciamento do CMIN e, na semana seguinte, o vereador do Urbanismo disse-se disponível para encontrar outra localização para o equipamento. A 13 de Agosto, o CHP desistiu do licenciamento, considerando que a construção do CMIN carece apenas de um parecer prévio, não vinculativo, da autarquia, que deverá ser emitido depois de amanhã.

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