O país do Burro: A tal Comissão Parlamentar que era inútil

18-12-2009
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O país esteve ontem suspenso a ouvir as histórias de Oliveira e Costa sobre o caso BPN. As mentiras do Conselheiro de Estado àquela Comissão Parlamentar, os negócios turvos do mesmo Dias Loureiro, de Joaquim Coimbra e outras personalidades do PSD, o perdão fiscal sempre negado até agora concedido por um Governo do passado a gente da sua órbita de influência, os 60 livros que já leu na prisão e o sacrifício da saúde que estóica e abnegadamente se disponibilizou a fazer para salvar uma sociedade e um Banco que não se teriam afundado caso não se tivesse concretizado apenas um negócio ruinoso e caso o tivessem deixado vender o Banco. Ameaços de desmaio, salpicos de filosofia, pinceladas pimba, punhaladas e golpes de bastidores, a longa dramatização teve de tudo menos a admissão dos ilícitos da responsabilidade do próprio e os enriquecimentos que lhe proporcionaram a si e aos seus ex-amigos. E, hoje, ficamos a saber que as revelações e o mediatismo que as envolveu precipitaram um pedido de levantamento da imunidade parlamentar do Conselheiro de Estado mais conhecido da nossa História.Quando foi constituída, a Comissão Parlamentar de inquérito ao caso BPN recolheu criticas de várias personalidades da nossa Justiça, nomeadamente quanto à sua inutilidade e quanto à intromissão nos seus terrenos que acarretaria. Hoje vemos a mesma Justiça que se queria livre de pressões a ter que agir como consequência do trabalho daquela Comissão (a PR desmentiu ter recebido qualquer pedido de levantamento da imunidade de Dias Loureiro). Obrigado aos deputados João Semedo (Bloco de Esquerda), Honório Novo (PCP) e Nuno Melo (CDS-PP) pelo excelente trabalho que têm realizado. Afinal, a Comissão não era nenhuma inutilidade. Actualização (16h00): Dias Loureiro terá já pedido a sua demissão do cargo de conselheiro de Estado. De acordo com a SIC Notícias, o antigo dirigente do PSD já terá também solicitado uma audiência ao procurador-geral da República.


O país esteve ontem suspenso a ouvir as histórias de Oliveira e Costa sobre o caso BPN. As mentiras do Conselheiro de Estado àquela Comissão Parlamentar, os negócios turvos do mesmo Dias Loureiro, de Joaquim Coimbra e outras personalidades do PSD, o perdão fiscal sempre negado até agora concedido por um Governo do passado a gente da sua órbita de influência, os 60 livros que já leu na prisão e o sacrifício da saúde que estóica e abnegadamente se disponibilizou a fazer para salvar uma sociedade e um Banco que não se teriam afundado caso não se tivesse concretizado apenas um negócio ruinoso e caso o tivessem deixado vender o Banco. Ameaços de desmaio, salpicos de filosofia, pinceladas pimba, punhaladas e golpes de bastidores, a longa dramatização teve de tudo menos a admissão dos ilícitos da responsabilidade do próprio e os enriquecimentos que lhe proporcionaram a si e aos seus ex-amigos. E, hoje, ficamos a saber que as revelações e o mediatismo que as envolveu precipitaram um pedido de levantamento da imunidade parlamentar do Conselheiro de Estado mais conhecido da nossa História.Quando foi constituída, a Comissão Parlamentar de inquérito ao caso BPN recolheu criticas de várias personalidades da nossa Justiça, nomeadamente quanto à sua inutilidade e quanto à intromissão nos seus terrenos que acarretaria. Hoje vemos a mesma Justiça que se queria livre de pressões a ter que agir como consequência do trabalho daquela Comissão (a PR desmentiu ter recebido qualquer pedido de levantamento da imunidade de Dias Loureiro). Obrigado aos deputados João Semedo (Bloco de Esquerda), Honório Novo (PCP) e Nuno Melo (CDS-PP) pelo excelente trabalho que têm realizado. Afinal, a Comissão não era nenhuma inutilidade. Actualização (16h00): Dias Loureiro terá já pedido a sua demissão do cargo de conselheiro de Estado. De acordo com a SIC Notícias, o antigo dirigente do PSD já terá também solicitado uma audiência ao procurador-geral da República.

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