A Varinha Mágica de Valentim Loureiro: Presidenciais Americanas vs Autárquicas Portuguesas

20-05-2011
marcar artigo


"Sempre pensei que os partidos políticos, perante as vitórias de Valentim, Isaltino e Felgueiras, em 2005, procurassem saber mais acerca dos motivos do eleitorado. Em vez disso, têm apenas tentado encontrar formas para evitar que voltem a ser candidatos."Esta frase está contida no livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO. E o que é que isto tem a ver com as eleições americanas? É que - parece-me a mim - são despropositadas a importância e a esperança que estão a ser depositadas nesta eleição. Em particular, parece-me exagerada a esperança que Obama desperta. Há mais de dois meses que as nossas notícias são monopolizadas por esta "guerra" que não é a nossa. Sim, não é a nossa, por mais que me digam que o que se passa nos Estados Unidos se reflecte no resto do Mundo. De facto, são os americanos que escolhem o seu líder e, neste caso, parece-me que até já escolheram. Então, porquê tanto frenesim? Tanta informação? Será que informamos tanto os portugueses acerca de eleições em que eles próprios terão que escolher e, logo, estar informados?Se por um lado me apetece dizer "até que enfim, amanhã é terça-feira e o circo vai acabar", por outro, fica-me a tristeza por saber que o batalhão de jornalistas portugueses que, a esta hora, já está nos Estados Unidos regressará para mais do mesmo em Portugal.As nossas eleições, as causas das nossas vitórias e derrotas, as legítimas idiossincrasias do nosso povo, ou o desinteresse pelo seu próprio futuro mais directo e pela sua própria política representativa continuarão sem um décimo da análise profunda que fazemos em relação ao que se passa do outro lado do mar...Culpa dos nosso políticos e, também, da nossa fraca imprensa.


"Sempre pensei que os partidos políticos, perante as vitórias de Valentim, Isaltino e Felgueiras, em 2005, procurassem saber mais acerca dos motivos do eleitorado. Em vez disso, têm apenas tentado encontrar formas para evitar que voltem a ser candidatos."Esta frase está contida no livro A VARINHA MÁGICA DE VALENTIM LOUREIRO. E o que é que isto tem a ver com as eleições americanas? É que - parece-me a mim - são despropositadas a importância e a esperança que estão a ser depositadas nesta eleição. Em particular, parece-me exagerada a esperança que Obama desperta. Há mais de dois meses que as nossas notícias são monopolizadas por esta "guerra" que não é a nossa. Sim, não é a nossa, por mais que me digam que o que se passa nos Estados Unidos se reflecte no resto do Mundo. De facto, são os americanos que escolhem o seu líder e, neste caso, parece-me que até já escolheram. Então, porquê tanto frenesim? Tanta informação? Será que informamos tanto os portugueses acerca de eleições em que eles próprios terão que escolher e, logo, estar informados?Se por um lado me apetece dizer "até que enfim, amanhã é terça-feira e o circo vai acabar", por outro, fica-me a tristeza por saber que o batalhão de jornalistas portugueses que, a esta hora, já está nos Estados Unidos regressará para mais do mesmo em Portugal.As nossas eleições, as causas das nossas vitórias e derrotas, as legítimas idiossincrasias do nosso povo, ou o desinteresse pelo seu próprio futuro mais directo e pela sua própria política representativa continuarão sem um décimo da análise profunda que fazemos em relação ao que se passa do outro lado do mar...Culpa dos nosso políticos e, também, da nossa fraca imprensa.

marcar artigo