Ana Jorge questionada sobre saída de trabalhadores do Instituto da Droga

31-10-2010
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Ana Jorge é o primeiro membro do Governo a ir ao Parlamento após a aprovação do Orçamento do Estado (OE) na generalidade, marcada para quarta-feira, e o BE pretende confrontá-la com as consequências da decisão de afastar aqueles colaboradores, já a partir de Dezembro.

João Semedo mostra-se preocupado com o que vai acontecer na área do tratamento e da prevenção da toxicodependência e avisa que “o que se está a passar no IDT vai verificar-se em todos os organismos do Serviço Nacional de Saúde”. Revela também que, “na proposta do OE, o Governo permite a avaliação de frequência de utilização dos serviços de saúde por parte dos doentes, o que indicia que se prepara para impor limites na utilização dos serviços, impondo ‘x’ primeiras consultas, ‘y’ consultas de especialidade e por aí fora”.

“Por que é que o Governo abre a porta à avaliação da frequência de utilização dos serviços de saúde? Obviamente para os limitar”, afirma, sublinhando que “esta é a única forma de diminuir a assistência do Estado, que é o que vai acontecer ao IDT”.

O PSD mostra-se igualmente preocupado com o que se está a passar naquele organismo e já fez chegar ao Parlamento uma pergunta dirigida à ministra da Saúde, onde são solicitadas informações sobre as razões de encerramento de serviços em 2009 e 2010, bem como as alternativas existentes para cada caso.

Considerando que o que se está a passar retrata “uma verdadeira crise” na estrutura, os deputados social-democratas querem ainda saber quais são as empresas de trabalho temporário, recrutamento e selecção de pessoal que mantêm “relação comercial” com o instituto, bem como o número de trabalhadores do IDT que estão neste momento nesse regime laboral.

A saída daqueles trabalhadores pode comprometer a chamada “resposta de proximidade” que é uma das imagens de marca da estratégia de dissuasão da toxicodependência do IDT e o presidente do organismo, João Goulão, não esconde que existe mesmo a possibilidade de alguns toxicodependentes abandonarem os tratamentos. Goulão confirma que a decisão de dispensar os trabalhadores faz parte das novas regras de gestão na administração pública, “de limitação à existência destas contratações”.

Ontem, horas depois de ser conhecida a decisão, o Ministério da Saúde reagiu através de uma nota, na qual considera que o IDT pode apostar nas parcerias com os cuidados primários e o sector social para evitar que “uma eventual redução de efectivos” diminua a sua “capacidade de resposta”. Ao PÚBLICO, João Goulão diz que é precisamente isso que o IDT tem vindo a fazer, mas reconhece que pode não chegar: “Esperemos que esta seja uma situação temporária e que em breve possamos voltar a ter condições para que as equipas se reforcem e seja possível o alargamento do quadro do IDT”.

Ana Jorge é o primeiro membro do Governo a ir ao Parlamento após a aprovação do Orçamento do Estado (OE) na generalidade, marcada para quarta-feira, e o BE pretende confrontá-la com as consequências da decisão de afastar aqueles colaboradores, já a partir de Dezembro.

João Semedo mostra-se preocupado com o que vai acontecer na área do tratamento e da prevenção da toxicodependência e avisa que “o que se está a passar no IDT vai verificar-se em todos os organismos do Serviço Nacional de Saúde”. Revela também que, “na proposta do OE, o Governo permite a avaliação de frequência de utilização dos serviços de saúde por parte dos doentes, o que indicia que se prepara para impor limites na utilização dos serviços, impondo ‘x’ primeiras consultas, ‘y’ consultas de especialidade e por aí fora”.

“Por que é que o Governo abre a porta à avaliação da frequência de utilização dos serviços de saúde? Obviamente para os limitar”, afirma, sublinhando que “esta é a única forma de diminuir a assistência do Estado, que é o que vai acontecer ao IDT”.

O PSD mostra-se igualmente preocupado com o que se está a passar naquele organismo e já fez chegar ao Parlamento uma pergunta dirigida à ministra da Saúde, onde são solicitadas informações sobre as razões de encerramento de serviços em 2009 e 2010, bem como as alternativas existentes para cada caso.

Considerando que o que se está a passar retrata “uma verdadeira crise” na estrutura, os deputados social-democratas querem ainda saber quais são as empresas de trabalho temporário, recrutamento e selecção de pessoal que mantêm “relação comercial” com o instituto, bem como o número de trabalhadores do IDT que estão neste momento nesse regime laboral.

A saída daqueles trabalhadores pode comprometer a chamada “resposta de proximidade” que é uma das imagens de marca da estratégia de dissuasão da toxicodependência do IDT e o presidente do organismo, João Goulão, não esconde que existe mesmo a possibilidade de alguns toxicodependentes abandonarem os tratamentos. Goulão confirma que a decisão de dispensar os trabalhadores faz parte das novas regras de gestão na administração pública, “de limitação à existência destas contratações”.

Ontem, horas depois de ser conhecida a decisão, o Ministério da Saúde reagiu através de uma nota, na qual considera que o IDT pode apostar nas parcerias com os cuidados primários e o sector social para evitar que “uma eventual redução de efectivos” diminua a sua “capacidade de resposta”. Ao PÚBLICO, João Goulão diz que é precisamente isso que o IDT tem vindo a fazer, mas reconhece que pode não chegar: “Esperemos que esta seja uma situação temporária e que em breve possamos voltar a ter condições para que as equipas se reforcem e seja possível o alargamento do quadro do IDT”.

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