"Deus e o Diabo estão nos detalhes" do relatório

08-05-2010
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O relatório não deverá ter título e se o tiver o PS quererá um ligado ao objecto da comissão de inquérito, mas o relator João Semedo fez o contrário do que mandam as regras: já o escolheu antes mesmo de escrever uma linha que seja do documento.

"Se fosse preciso dar um nome ao relatório eu proporia "Deus e o Diabo estão nos detalhes"", disse ontem o deputado do BE na reunião da comissão para analisar a estrutura do seu relatório. E exemplificou com a mais recente contradição: o ex-ministro Mário Lino disse na sua audição que combinara com o primeiro-ministro, no final da manhã ou no início da tarde de 25 de Junho, convocar o presidente da PT a 26 "para lhe dizer que o Governo estava contra aquilo". Porém, na quarta-feira, o ministro da Presidência, à saída da comissão, disse aos jornalistas que foi a entrevista de Zeinal Bava à RTP (na noite de dia 25 de Junho) que "tornou necessário, justificável e bastante compreensível" a comunicação do veto do Governo ao negócio.

"Há detalhes muito importantes na realização do relatório", frisou Semedo, cuja proposta de estrutura do documento teve a oposição do PS. O relator propõe organizar o relatório em capítulos: sobre a TVI (descrição sobre a sua posição no mercado de media, caracterização da sua informação e do caso Jornal de Sexta), o processo de aquisição da TVI pela Taguspark, o negócio entre a PT e a Prisa para compra da Media Capital (identificando a cronologia, protagonistas e procedimentos), as conclusões e fundamentos, as votações e as declarações de voto, e os anexos (com as transcrições das audições, os documentos recebidos, e os questionários para os inquiridos e para o chefe do Governo).

João Semedo aceitou boa parte dos ajustes feitos pelos partidos que começaram já a delinear conteúdos, incluindo o PS, que quer incluir uma apresentação sobre a proposta de inquérito e respectivos objectos desta comissão. A socialista Ana Catarina Mendes criticou a proposta de Semedo por "não reflectir o objecto da comissão" - o caso Jornal de Sexta "extravasa" esse âmbito - e defendeu que devem ser descritos os factos que ficaram provados. O BE e o PSD defenderam o alargamento do prazo de apresentação do relatório, cuja primeira reunião foi marcada para dia 12, antes do fim do prazo das respostas de José Sócrates e da audição, a 14, do presidente da Prisa, Manuel Polanco.

O relatório não deverá ter título e se o tiver o PS quererá um ligado ao objecto da comissão de inquérito, mas o relator João Semedo fez o contrário do que mandam as regras: já o escolheu antes mesmo de escrever uma linha que seja do documento.

"Se fosse preciso dar um nome ao relatório eu proporia "Deus e o Diabo estão nos detalhes"", disse ontem o deputado do BE na reunião da comissão para analisar a estrutura do seu relatório. E exemplificou com a mais recente contradição: o ex-ministro Mário Lino disse na sua audição que combinara com o primeiro-ministro, no final da manhã ou no início da tarde de 25 de Junho, convocar o presidente da PT a 26 "para lhe dizer que o Governo estava contra aquilo". Porém, na quarta-feira, o ministro da Presidência, à saída da comissão, disse aos jornalistas que foi a entrevista de Zeinal Bava à RTP (na noite de dia 25 de Junho) que "tornou necessário, justificável e bastante compreensível" a comunicação do veto do Governo ao negócio.

"Há detalhes muito importantes na realização do relatório", frisou Semedo, cuja proposta de estrutura do documento teve a oposição do PS. O relator propõe organizar o relatório em capítulos: sobre a TVI (descrição sobre a sua posição no mercado de media, caracterização da sua informação e do caso Jornal de Sexta), o processo de aquisição da TVI pela Taguspark, o negócio entre a PT e a Prisa para compra da Media Capital (identificando a cronologia, protagonistas e procedimentos), as conclusões e fundamentos, as votações e as declarações de voto, e os anexos (com as transcrições das audições, os documentos recebidos, e os questionários para os inquiridos e para o chefe do Governo).

João Semedo aceitou boa parte dos ajustes feitos pelos partidos que começaram já a delinear conteúdos, incluindo o PS, que quer incluir uma apresentação sobre a proposta de inquérito e respectivos objectos desta comissão. A socialista Ana Catarina Mendes criticou a proposta de Semedo por "não reflectir o objecto da comissão" - o caso Jornal de Sexta "extravasa" esse âmbito - e defendeu que devem ser descritos os factos que ficaram provados. O BE e o PSD defenderam o alargamento do prazo de apresentação do relatório, cuja primeira reunião foi marcada para dia 12, antes do fim do prazo das respostas de José Sócrates e da audição, a 14, do presidente da Prisa, Manuel Polanco.

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