BE questiona renda a pagar por uso do Heliporto de Massarelos

29-10-2010
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O deputado João Semedo, em nome do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, enviou ontem quatro perguntas ao Ministério da Saúde, nas quais questiona, entre outros aspectos, o pagamento de uma renda mensal de cinco mil euros pela utilização da plataforma de Massarelos pelo helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). De acordo com notícias recentes, o Centro Hospitalar do Porto/Hospital Geral de Santo António irá pagar cinco mil euros por mês à empresa proprietária do heliporto do Douro, para que o helicóptero do INEM tenha acesso à plataforma de Massarelos, cujas obras de adaptação foram custeadas pelo referido centro hospitalar.

João Semedo admite tratar-se, "sem dúvida, de uma mais-valia para o sistema de socorro em situações de urgência/emergência". No entanto - continua -, "se é natural que seja o hospital a pagar as obras de adaptação do heliporto, não pode deixar de questionar-se o elevado valor da mensalidade a pagar pela sua utilização: cinco mil euros mensais é um valor excessivo", considera. "A não ser que se trate de uma solução provisória até encontrar uma outra menos dispendiosa", ressalva.

O bloquista ironiza ainda sobre as declarações do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, que retirou da imprensa. Segundo João Semedo, o governante felicitou "a nova direcção do INEM e até o proprietário do heliporto, o primeiro pela rapidez e o segundo pela ajuda que tornaram possível a utilização pelo INEM daquela plataforma". Numa época de austeridade, o parlamentar lamenta que Manuel Pizarro "ignore que cinco mil euros apressam qualquer contrato e convencem qualquer empresário e que, ainda por cima, confunda uma renda de cinco mil euros por mês com uma ajuda, certamente desinteressada, do referido empresário"

João Semedo questiona, assim, o ministério se "o recurso ao Heliporto de Massarelos é uma solução provisória ou definitiva?; que outras alternativas foram estudadas e por que razão não foram escolhidas?; como foi calculado o custo de utilização do heliporto e a renda de cinco mil euros?" e ainda se está a ser estudada "a possibilidade de instalar um heliporto nas futuras instalações do CMIN, a construir nos terrenos da Maternidade de Júlio Dinis?" O PÚBLICO tentou ouvir Manuel Pizarro sobre estas questões. A.R.

O deputado João Semedo, em nome do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, enviou ontem quatro perguntas ao Ministério da Saúde, nas quais questiona, entre outros aspectos, o pagamento de uma renda mensal de cinco mil euros pela utilização da plataforma de Massarelos pelo helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). De acordo com notícias recentes, o Centro Hospitalar do Porto/Hospital Geral de Santo António irá pagar cinco mil euros por mês à empresa proprietária do heliporto do Douro, para que o helicóptero do INEM tenha acesso à plataforma de Massarelos, cujas obras de adaptação foram custeadas pelo referido centro hospitalar.

João Semedo admite tratar-se, "sem dúvida, de uma mais-valia para o sistema de socorro em situações de urgência/emergência". No entanto - continua -, "se é natural que seja o hospital a pagar as obras de adaptação do heliporto, não pode deixar de questionar-se o elevado valor da mensalidade a pagar pela sua utilização: cinco mil euros mensais é um valor excessivo", considera. "A não ser que se trate de uma solução provisória até encontrar uma outra menos dispendiosa", ressalva.

O bloquista ironiza ainda sobre as declarações do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, que retirou da imprensa. Segundo João Semedo, o governante felicitou "a nova direcção do INEM e até o proprietário do heliporto, o primeiro pela rapidez e o segundo pela ajuda que tornaram possível a utilização pelo INEM daquela plataforma". Numa época de austeridade, o parlamentar lamenta que Manuel Pizarro "ignore que cinco mil euros apressam qualquer contrato e convencem qualquer empresário e que, ainda por cima, confunda uma renda de cinco mil euros por mês com uma ajuda, certamente desinteressada, do referido empresário"

João Semedo questiona, assim, o ministério se "o recurso ao Heliporto de Massarelos é uma solução provisória ou definitiva?; que outras alternativas foram estudadas e por que razão não foram escolhidas?; como foi calculado o custo de utilização do heliporto e a renda de cinco mil euros?" e ainda se está a ser estudada "a possibilidade de instalar um heliporto nas futuras instalações do CMIN, a construir nos terrenos da Maternidade de Júlio Dinis?" O PÚBLICO tentou ouvir Manuel Pizarro sobre estas questões. A.R.

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