BE: João Semedo diz que “recrutamento” de Agostinho Branquinho coloca “problema político”

23-10-2010
marcar artigo

“A contratação directa de um deputado por uma empresa de comunicação social introduz novamente o problema das transparências das relações entre o mundo da política e o mundo dos negócios e da comunicação social”, declarou João Semedo.

O deputado, que foi relator da comissão de inquérito à actuação do Governo na tentativa de compra da TVI pela PT -- na qual foram ouvidos administradores da Ongoing, grupo que falhou a compra de uma participação minoritária na Media Capital -- disse que “todos se lembram do deputado Agostinho Branquinho dizendo que as publicações da Ongoing tinham uma natureza editorial que sustentava posições próximas do Governo”.

“Isto é o Bloco central de interesses no seu melhor, em que as grandes proclamações políticas se esquecem facilmente sempre que um negócio ou um interesse se aproximam”, acusou João Semedo.

O deputado bloquista defendeu que “mais que um problema ético, coloca-se um problema político de transparência e legitimidade de uma empresa de comunicação social contratar diretamente deputados na Assembleia da República”.

Para João Semedo, os vários grupos parlamentares “têm que refletir sobre a forma de encontrar defesas e salvaguardas necessárias” para estabelecer “fronteiras claras e transparentes que não permitam a promiscuidade” entre a política, os negócios e a comunicação social.

O deputado do PSD Agostinho Branquinho confirmou hoje o pedido de cessação da actividade na Assembleia da República e o convite para integrar a Ongoing Brasil, desafio que “será ponderado” a partir do momento em que deixar de ser parlamentar.

Questionado pelos jornalistas no Parlamento sobre se considera existir algum problema ético, uma vez que a Ongoing foi uma das empresas visadas na comissão de inquérito sobre o negócio da TVI, o deputado recusou a ideia de existir qualquer conflito e sublinhou existir total “lisura e transparência” neste processo.

“A contratação directa de um deputado por uma empresa de comunicação social introduz novamente o problema das transparências das relações entre o mundo da política e o mundo dos negócios e da comunicação social”, declarou João Semedo.

O deputado, que foi relator da comissão de inquérito à actuação do Governo na tentativa de compra da TVI pela PT -- na qual foram ouvidos administradores da Ongoing, grupo que falhou a compra de uma participação minoritária na Media Capital -- disse que “todos se lembram do deputado Agostinho Branquinho dizendo que as publicações da Ongoing tinham uma natureza editorial que sustentava posições próximas do Governo”.

“Isto é o Bloco central de interesses no seu melhor, em que as grandes proclamações políticas se esquecem facilmente sempre que um negócio ou um interesse se aproximam”, acusou João Semedo.

O deputado bloquista defendeu que “mais que um problema ético, coloca-se um problema político de transparência e legitimidade de uma empresa de comunicação social contratar diretamente deputados na Assembleia da República”.

Para João Semedo, os vários grupos parlamentares “têm que refletir sobre a forma de encontrar defesas e salvaguardas necessárias” para estabelecer “fronteiras claras e transparentes que não permitam a promiscuidade” entre a política, os negócios e a comunicação social.

O deputado do PSD Agostinho Branquinho confirmou hoje o pedido de cessação da actividade na Assembleia da República e o convite para integrar a Ongoing Brasil, desafio que “será ponderado” a partir do momento em que deixar de ser parlamentar.

Questionado pelos jornalistas no Parlamento sobre se considera existir algum problema ético, uma vez que a Ongoing foi uma das empresas visadas na comissão de inquérito sobre o negócio da TVI, o deputado recusou a ideia de existir qualquer conflito e sublinhou existir total “lisura e transparência” neste processo.

marcar artigo