made in viseu: Soíma em situação difícil

27-01-2011
marcar artigo


NELAS - Empresa propõe plano de recuperaçãoA empresa de metalomecânica, especializada no fabrico de gruas, entregou recentemente um plano de recuperação no tribunal local.Uma dívida acumulada de cerca de 10 milhões de euros levou a Soíma, empresa sediada actualmente no concelho de Nelas, a pedir ao tribunal um plano de recuperação. A empresa, especializada no fabrico de gruas para a construção civil, começou por ter sede em Viseu, mas há alguns anos que mudou as suas instalações para Canas de Senhorim, no concelho de Nelas.As crises na construção civil e mundial são as justificações que os líderes da empresa dão para a situação económica difícil. Em 2007, a facturação da Soíma foi de mais de 20 milhões de euros, enquanto no ano seguinte os valores do exercício passaram para 17 milhões. Nos primeiros seis meses deste ano, a facturação da empresa não ultrapassou em muito os seis milhões de euros.O acordo judicial que a Soíma conseguiu para a recuperação prevê o pagamento da dívida de 10 milhões de euros em 10 anos. O Tribunal de Nelas chegou mesmo a nomear um gestor judicial para a empresa, que determinou o encerramento de pagamentos a credores para que os ordenados dos trabalhadores sejam garantidos.Em finais de 2008, a empresa tinha mais de uma centena de postos de trabalho. A situação económica difícil levou à redução dos quadros da Soíma para 70 trabalhadores, tendo os restantes negociado e sido lançados no desemprego.Temido processode insolvênciaO principal cliente da Soíma era o mercado espanhol da construção civil, que representava 50 por cento da sua produção. Mas com a situação de crise no sector, o mercado espanhol passou a estar “parado”, dizem os gestores da empresa. Nos últimos meses foram apenas vendidas três gruas para Espanha e, no sentido inverso, foi devolvido equipamento à empresa de Nelas.A Soíma não tem ainda qualquer acção judicial com credores. De acordo com Manuel Morais, administrador do grupo Soíma, em declarações à rádio Noar, de Viseu, o plano de recuperação foi pedido ao tribunal pelo facto de os bancos terem “fechado os empréstimos” à empresa, mesmo com a apresentação de garantias.Os trabalhadores da Soíma temem que, nos próximos meses, esteja iminente um processo de insolvência da empresa, o que os seus gestores não confirmam e pretendem evitar, com o plano apresentado na justiça.Um dos símbolos mais recentes da empresa é uma torre metálica panorâmica, nos arredores de Viseu. Tratou-se de um empreendimento de cerca de 40 metros de altura, com um bar panorâmico e vista sobre Viseu, que a empresa construiu nos terrenos onde iniciou actividade no período após o 25 de Abril de 1974.A fiscalização da ASAE encerrou recentemente a torre da Soíma devido à não apresentação de documentos oficiais exigidos pela autarquia de Viseu para o funcionamento da estrutura, que, entretanto, chegou a funcionar ao público. in "diário as Beiras"


NELAS - Empresa propõe plano de recuperaçãoA empresa de metalomecânica, especializada no fabrico de gruas, entregou recentemente um plano de recuperação no tribunal local.Uma dívida acumulada de cerca de 10 milhões de euros levou a Soíma, empresa sediada actualmente no concelho de Nelas, a pedir ao tribunal um plano de recuperação. A empresa, especializada no fabrico de gruas para a construção civil, começou por ter sede em Viseu, mas há alguns anos que mudou as suas instalações para Canas de Senhorim, no concelho de Nelas.As crises na construção civil e mundial são as justificações que os líderes da empresa dão para a situação económica difícil. Em 2007, a facturação da Soíma foi de mais de 20 milhões de euros, enquanto no ano seguinte os valores do exercício passaram para 17 milhões. Nos primeiros seis meses deste ano, a facturação da empresa não ultrapassou em muito os seis milhões de euros.O acordo judicial que a Soíma conseguiu para a recuperação prevê o pagamento da dívida de 10 milhões de euros em 10 anos. O Tribunal de Nelas chegou mesmo a nomear um gestor judicial para a empresa, que determinou o encerramento de pagamentos a credores para que os ordenados dos trabalhadores sejam garantidos.Em finais de 2008, a empresa tinha mais de uma centena de postos de trabalho. A situação económica difícil levou à redução dos quadros da Soíma para 70 trabalhadores, tendo os restantes negociado e sido lançados no desemprego.Temido processode insolvênciaO principal cliente da Soíma era o mercado espanhol da construção civil, que representava 50 por cento da sua produção. Mas com a situação de crise no sector, o mercado espanhol passou a estar “parado”, dizem os gestores da empresa. Nos últimos meses foram apenas vendidas três gruas para Espanha e, no sentido inverso, foi devolvido equipamento à empresa de Nelas.A Soíma não tem ainda qualquer acção judicial com credores. De acordo com Manuel Morais, administrador do grupo Soíma, em declarações à rádio Noar, de Viseu, o plano de recuperação foi pedido ao tribunal pelo facto de os bancos terem “fechado os empréstimos” à empresa, mesmo com a apresentação de garantias.Os trabalhadores da Soíma temem que, nos próximos meses, esteja iminente um processo de insolvência da empresa, o que os seus gestores não confirmam e pretendem evitar, com o plano apresentado na justiça.Um dos símbolos mais recentes da empresa é uma torre metálica panorâmica, nos arredores de Viseu. Tratou-se de um empreendimento de cerca de 40 metros de altura, com um bar panorâmico e vista sobre Viseu, que a empresa construiu nos terrenos onde iniciou actividade no período após o 25 de Abril de 1974.A fiscalização da ASAE encerrou recentemente a torre da Soíma devido à não apresentação de documentos oficiais exigidos pela autarquia de Viseu para o funcionamento da estrutura, que, entretanto, chegou a funcionar ao público. in "diário as Beiras"

marcar artigo