Ô abre alas, que eu quero passar!

16-10-2009
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Ai, as marchinhas! Já as odiei, só queria saber de samba enredo, pra me acabar nos salões de carnaval, mas hoje, entendendo a sua importância histórica na música popular brasileira e com um gosto musical um pouco mais apurado, eu aprendi a adorá-las.Tenho cá pra mim que a marchinha é a mãe do samba. Se não é mãe, teve grande e importante influência sobre ele.Antes de Chiquinha Gonzaga, em 1899, compôr Ô Abre Alas, para o cordão do Rosas de Ouro, não havia ainda, no Brasil, uma música especialmente feita para o carnaval. Chiquinha, portanto, foi a primeira compositora de música para carnaval no Brasil, e sua marcha-rancho é uma das mais conhecidas, ainda hoje, 109 anos depois.Ô abre alas que eu quero passar, ô abre alas que eu quero passar. Eu sou da Lira não posso negar, Rosas de Ouro é que vai ganhar...De 1899 até 1920, não apareceram mais compositores de marchinhas, obrigando os cariocas a importarem-nas de Portugal. As mais conhecidas dentre elas são: Vassourinha (1912), e Baratinha (1917), do compositor lusitano Mário São João Rebelo.As marchinhas brasileiras só foram ganhar força na década de 30 (aquela época que eu não vivi mas da qual eu morro de saudade). Segundo o site CliqueMusic, da UOL, "a marchinha reinou na música brasileira a partir da década de 30, nas vozes de Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out. Entre confete, lança-perfume e serpentina, eram eles quem entoavam as composições de João de Barro, o Braguinha (autor, junto com Alberto Ribeiro, de algumas das mais célebres marchinhas, como Chiquita Bacana, Yes! Nós Temos Bananas e Touradas em Madri), Noel Rosa (o poeta da Vila é co-autor de Pierrô Apaixonado), Ary Barroso (Eu Dei) e Lamartine Babo (Linda Morena). Na entrada dos anos 60, a popularização dos desfiles de carnaval marcou o início da ascensão do samba-enredo e o declínio da marchinha e dos blocos. José Roberto Kelly foi um dos últimos compositores que brilharam no gênero, com Cabeleira do Zezé e Mulata Iê-Iê-Iê. Após o AI-5, quando a censura se instalou de vez (nada contente com a malícia das letras), a marchinha passou a ser objeto de iniciativas isoladas, como as de Caetano Veloso (Samba, Suor e Cerveja) e Chico Buarque (O Boi Voador). Composição da dupla João de Barro-Alberto Ribeiro, lançada sem sucesso em 1937, Balancê tornou-se, em 1980, uma das músicas mais tocadas do ano, na voz de Gal Costa – e foi este o último suspiro da marchinha".Em 2008 tivemos, pelo terceiro ano consecutivo, o Concurso de Marchinhas de Carnaval, da Fundição Progresso, e a marchinha vencedora foi Volante e Cachaça não Combinam, dos compositores Mauro Diniz e Cláudio Jorge. O evento é uma grande festa, o que demonstra que, mesmo muitos anos depois, a marchinha é uma grande paixão carioca, e é trilha sonora dos melhores e mais disputados blocos de rua da Cidade Maravilhosa (e bota maravilhosa nisso!!!), como o tradicionalíssimo Cordão da Bola Preta, Bafo da Onça, Cacique de Ramos, Cordão o Boitatá, Banda de Ipanema, dentre outros.Euzinha, muito bacaninha, coloquei algumas das mais conhecidas marchinhas de carnaval à disposição de vossos ouvidinhos. Depois de ouví-las, que tal me dizer qual é a sua preferida? Powered by eSnips.com

Ai, as marchinhas! Já as odiei, só queria saber de samba enredo, pra me acabar nos salões de carnaval, mas hoje, entendendo a sua importância histórica na música popular brasileira e com um gosto musical um pouco mais apurado, eu aprendi a adorá-las.Tenho cá pra mim que a marchinha é a mãe do samba. Se não é mãe, teve grande e importante influência sobre ele.Antes de Chiquinha Gonzaga, em 1899, compôr Ô Abre Alas, para o cordão do Rosas de Ouro, não havia ainda, no Brasil, uma música especialmente feita para o carnaval. Chiquinha, portanto, foi a primeira compositora de música para carnaval no Brasil, e sua marcha-rancho é uma das mais conhecidas, ainda hoje, 109 anos depois.Ô abre alas que eu quero passar, ô abre alas que eu quero passar. Eu sou da Lira não posso negar, Rosas de Ouro é que vai ganhar...De 1899 até 1920, não apareceram mais compositores de marchinhas, obrigando os cariocas a importarem-nas de Portugal. As mais conhecidas dentre elas são: Vassourinha (1912), e Baratinha (1917), do compositor lusitano Mário São João Rebelo.As marchinhas brasileiras só foram ganhar força na década de 30 (aquela época que eu não vivi mas da qual eu morro de saudade). Segundo o site CliqueMusic, da UOL, "a marchinha reinou na música brasileira a partir da década de 30, nas vozes de Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out. Entre confete, lança-perfume e serpentina, eram eles quem entoavam as composições de João de Barro, o Braguinha (autor, junto com Alberto Ribeiro, de algumas das mais célebres marchinhas, como Chiquita Bacana, Yes! Nós Temos Bananas e Touradas em Madri), Noel Rosa (o poeta da Vila é co-autor de Pierrô Apaixonado), Ary Barroso (Eu Dei) e Lamartine Babo (Linda Morena). Na entrada dos anos 60, a popularização dos desfiles de carnaval marcou o início da ascensão do samba-enredo e o declínio da marchinha e dos blocos. José Roberto Kelly foi um dos últimos compositores que brilharam no gênero, com Cabeleira do Zezé e Mulata Iê-Iê-Iê. Após o AI-5, quando a censura se instalou de vez (nada contente com a malícia das letras), a marchinha passou a ser objeto de iniciativas isoladas, como as de Caetano Veloso (Samba, Suor e Cerveja) e Chico Buarque (O Boi Voador). Composição da dupla João de Barro-Alberto Ribeiro, lançada sem sucesso em 1937, Balancê tornou-se, em 1980, uma das músicas mais tocadas do ano, na voz de Gal Costa – e foi este o último suspiro da marchinha".Em 2008 tivemos, pelo terceiro ano consecutivo, o Concurso de Marchinhas de Carnaval, da Fundição Progresso, e a marchinha vencedora foi Volante e Cachaça não Combinam, dos compositores Mauro Diniz e Cláudio Jorge. O evento é uma grande festa, o que demonstra que, mesmo muitos anos depois, a marchinha é uma grande paixão carioca, e é trilha sonora dos melhores e mais disputados blocos de rua da Cidade Maravilhosa (e bota maravilhosa nisso!!!), como o tradicionalíssimo Cordão da Bola Preta, Bafo da Onça, Cacique de Ramos, Cordão o Boitatá, Banda de Ipanema, dentre outros.Euzinha, muito bacaninha, coloquei algumas das mais conhecidas marchinhas de carnaval à disposição de vossos ouvidinhos. Depois de ouví-las, que tal me dizer qual é a sua preferida? Powered by eSnips.com

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