CDS-PP: Concelhia de Lisboa

22-01-2011
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O CDS-PP criticou hoje o "silêncio" do primeiro-ministro, José Sócrates, relativamente à posição do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a publicação de caricaturas de Maomé, considerando que "há silêncios que têm um preço irreparável"."O primeiro-ministro mantém-se calado, provavelmente orgulhoso do elogio dirigido ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros, e reflexamente, a todo o Governo", afirmou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Melo, numa referência aos " elogios públicos" do embaixador do Irão em Lisboa à posição assumida por Freitas do Amaral sobre as caricaturas de Maomé."Há silêncios que têm um preço irreparável", acrescentou Nuno Melo, numa alusão ao "silêncio" do primeiro-ministro sobre a questão.A 7 de Fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, em comunicado, que lamenta e discorda da publicação de caricaturas de Maomé que "ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos" e incitam a uma "inaceitável guerra de religiões".Na opinião de Freitas do Amaral, "a liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade".A declaração de Freitas do Amaral foi elogiada pelo embaixador do Irão em Lisboa, Mohammed Taheri, segunda-feira à noite, em entrevista à Antena 1."Ficámos muito satisfeitos e queria aproveitar a ocasião para agradecer a posição do Governo português e do ministro Freitas do Amaral", afirmou Mohammed Taheri."O senhor Amaral disse coisas muito boas e muito lógicas", acrescentou à Antena 1 o embaixador iraniano em Lisboa.Numa declaração política hoje na Assembleia da República, Nuno Melo voltou a lançar duras críticas."No domingo, em Évora, o ministro dos Negócios Estrangeiros voltou à carga. Desta vez, para afirmar que o maior agressor nos conflitos com o mundo islâmico, ao longo dos tempos, fomos nós", disse Nuno Melo."Lembrou as cruzadas, a colonização em África, a política canhoeira da Inglaterra e, mais recentemente, a posição dos Estados Unidos na intervenção no Iraque", referiu ainda o líder da bancada democrata-cristã, lançando de seguida uma pergunta."Que ministro dos Negócios Estrangeiros é este que, com uma memória tão selectiva, se transforma, e ao seu país, em vilão e perante a agressão externa, depois dos atentados em Nova Iorque, em Madrid ou em Londres, a justifica nestes termos?", questionou.Afirmando que Freitas do Amaral é, cada vez mais, no quadro europeu e da NATO, "uma voz dissonante", Nuno Melo desafiou José Sócrates a "afirmar se concorda ou não concorda" com o que considerou ser uma "nova deriva na política externa portuguesa".Notícia Lusa

O CDS-PP criticou hoje o "silêncio" do primeiro-ministro, José Sócrates, relativamente à posição do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a publicação de caricaturas de Maomé, considerando que "há silêncios que têm um preço irreparável"."O primeiro-ministro mantém-se calado, provavelmente orgulhoso do elogio dirigido ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros, e reflexamente, a todo o Governo", afirmou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Melo, numa referência aos " elogios públicos" do embaixador do Irão em Lisboa à posição assumida por Freitas do Amaral sobre as caricaturas de Maomé."Há silêncios que têm um preço irreparável", acrescentou Nuno Melo, numa alusão ao "silêncio" do primeiro-ministro sobre a questão.A 7 de Fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, em comunicado, que lamenta e discorda da publicação de caricaturas de Maomé que "ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos" e incitam a uma "inaceitável guerra de religiões".Na opinião de Freitas do Amaral, "a liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade".A declaração de Freitas do Amaral foi elogiada pelo embaixador do Irão em Lisboa, Mohammed Taheri, segunda-feira à noite, em entrevista à Antena 1."Ficámos muito satisfeitos e queria aproveitar a ocasião para agradecer a posição do Governo português e do ministro Freitas do Amaral", afirmou Mohammed Taheri."O senhor Amaral disse coisas muito boas e muito lógicas", acrescentou à Antena 1 o embaixador iraniano em Lisboa.Numa declaração política hoje na Assembleia da República, Nuno Melo voltou a lançar duras críticas."No domingo, em Évora, o ministro dos Negócios Estrangeiros voltou à carga. Desta vez, para afirmar que o maior agressor nos conflitos com o mundo islâmico, ao longo dos tempos, fomos nós", disse Nuno Melo."Lembrou as cruzadas, a colonização em África, a política canhoeira da Inglaterra e, mais recentemente, a posição dos Estados Unidos na intervenção no Iraque", referiu ainda o líder da bancada democrata-cristã, lançando de seguida uma pergunta."Que ministro dos Negócios Estrangeiros é este que, com uma memória tão selectiva, se transforma, e ao seu país, em vilão e perante a agressão externa, depois dos atentados em Nova Iorque, em Madrid ou em Londres, a justifica nestes termos?", questionou.Afirmando que Freitas do Amaral é, cada vez mais, no quadro europeu e da NATO, "uma voz dissonante", Nuno Melo desafiou José Sócrates a "afirmar se concorda ou não concorda" com o que considerou ser uma "nova deriva na política externa portuguesa".Notícia Lusa

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