O Misantropo Enjaulado: Andar a Dias

26-12-2009
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Nunca liguei meia ao "Dia Disto" e ao "Dia Daquilo". Desde muito cedo, em casa, os meus Pais combateram a palhaçada do Dia do Pai e do Dia da Mãe, dizendo que esses esperavam Eles que fossem todos. O resto comeu por tabela, insensibilizado que estava para a calendarização suplementar. Porém, o facto de não prestar grande atenção aos Dias, salvo como possível pretexto para blogar, não quer dizer que eles me incomodem. E desde que incidam sobre coisas estimáveis, até podem fazer mais bem do que mal. Por isso não entendo a indignação do Sr. Hugo Velosa, deputado do PSD, por o seu leader parlamentar e outros colegas quererem instituir o Dia do Cão. Gatófilo que sou, tal não me impede de prezar também muito os nossos amigos caninos. E mais do que umas 24 horitas consagradas a aliviar a consciência e não pensar mais no assunto, desejaria que para alguém pudesse a instituição celebrativa provocar um rebate de consciência que levasse a tratar melhor os animais. É tema dos mais humanos, pelo que não fazem sentido as críticas do Deputado do PP João Rebelo, quando diz que os dias nacionais deveriam ser reservados para temas que o fossem mais. Este é que me parece entendimento terrivelmente desumano. E se os ilustres parlamentares se viram, de repente, tão preocupados com a urgência de outras prioridades e para a escassez de tempo para abordá-las, deveriam deixar que o projecto fosse aprovado sem mais delongas e contratempos. Ná, o que me parece é que eles querem protagonismo que dificilmente teriam de outro modo. Mais um exemplo da exploração dos outros animais pelo homem. Não digo que não criem o dia do burro, porque, desde que quadrúpede, também o merece. Como se vê, nada me move contra os Srs. Velosa e Rebelo.

Nunca liguei meia ao "Dia Disto" e ao "Dia Daquilo". Desde muito cedo, em casa, os meus Pais combateram a palhaçada do Dia do Pai e do Dia da Mãe, dizendo que esses esperavam Eles que fossem todos. O resto comeu por tabela, insensibilizado que estava para a calendarização suplementar. Porém, o facto de não prestar grande atenção aos Dias, salvo como possível pretexto para blogar, não quer dizer que eles me incomodem. E desde que incidam sobre coisas estimáveis, até podem fazer mais bem do que mal. Por isso não entendo a indignação do Sr. Hugo Velosa, deputado do PSD, por o seu leader parlamentar e outros colegas quererem instituir o Dia do Cão. Gatófilo que sou, tal não me impede de prezar também muito os nossos amigos caninos. E mais do que umas 24 horitas consagradas a aliviar a consciência e não pensar mais no assunto, desejaria que para alguém pudesse a instituição celebrativa provocar um rebate de consciência que levasse a tratar melhor os animais. É tema dos mais humanos, pelo que não fazem sentido as críticas do Deputado do PP João Rebelo, quando diz que os dias nacionais deveriam ser reservados para temas que o fossem mais. Este é que me parece entendimento terrivelmente desumano. E se os ilustres parlamentares se viram, de repente, tão preocupados com a urgência de outras prioridades e para a escassez de tempo para abordá-las, deveriam deixar que o projecto fosse aprovado sem mais delongas e contratempos. Ná, o que me parece é que eles querem protagonismo que dificilmente teriam de outro modo. Mais um exemplo da exploração dos outros animais pelo homem. Não digo que não criem o dia do burro, porque, desde que quadrúpede, também o merece. Como se vê, nada me move contra os Srs. Velosa e Rebelo.

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