Carlos Encarnação diz nunca ter ponderado licenciar pisos a mais dos Jardins do Mondego

03-06-2010
marcar artigo

Presidente da Câmara de Coimbra foi ouvido no julgamento de José Eduardo Simões, presidente da Académica e ex-director municipal da Administração do Território

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Carlos Encarnação, afirmou ontem no julgamento do presidente da Académica-OAF que nunca ponderou licenciar os andares construídos ilegalmente no empreendimento Jardins do Mondego. Acrescentou que só teve conhecimento das ilegalidades pouco antes de a autarquia embargar a obra, em Março de 2005.

Carlos Encarnação e o ex-vice-presidente da autarquia, João Rebelo, marcaram ontem presença no julgamento de José Eduardo Simões na qualidade de testemunhas: foi entre 2003 e finais de 2005, quando Encarnação e Rebelo eram presidente e vice-presidente da autarquia, que o presidente da Académica acumulou a direcção do clube com o cargo de director municipal da Administração do Território (DMAT) .

José Eduardo Simões está a acusado de nove crimes de corrupção por, alegadamente, ter utilizado o cargo municipal para angariar financiamentos de empreiteiros para a Académica. O empreendimento Jardins do Mondego, onde foram construídos mais andares do que o permitido, é um dos que estão no centro do processo.

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

No depoimento que prestou, Carlos Encarnação justificou que os andares construídos acima do previsto não podiam ser legalizados, porque o empreendimento tinha a capacidade construtiva esgotada, estando já majorada em 20 por cento.

João Rebelo acrescentou, por seu turno, que o entendimento geral dos serviços da câmara era o de que a obra devia ser embargada, contudo, não conseguiu precisar qual era na altura a opinião de José Eduardo Simões sobre a situação. Rebelo disse também não ter conhecimento de entraves colocados por Simões à intervenção dos fiscais naquela obra.

Em sessões anteriores, Emídio Mendes declarou em tribunal que construíra mais andares na expectativa de que a câmara os aprovasse, mas os seus depoimentos suscitaram dúvidas ao Ministério Público, que lhe instaurou um processo por falsas declarações. Emídio Mendes é um dos construtores suspeitos de terem recebido favores do ex-director municipal, a troco de apoio à Académica em dinheiro e até em jogadores. PÚBLICO/Lusa

Presidente da Câmara de Coimbra foi ouvido no julgamento de José Eduardo Simões, presidente da Académica e ex-director municipal da Administração do Território

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Carlos Encarnação, afirmou ontem no julgamento do presidente da Académica-OAF que nunca ponderou licenciar os andares construídos ilegalmente no empreendimento Jardins do Mondego. Acrescentou que só teve conhecimento das ilegalidades pouco antes de a autarquia embargar a obra, em Março de 2005.

Carlos Encarnação e o ex-vice-presidente da autarquia, João Rebelo, marcaram ontem presença no julgamento de José Eduardo Simões na qualidade de testemunhas: foi entre 2003 e finais de 2005, quando Encarnação e Rebelo eram presidente e vice-presidente da autarquia, que o presidente da Académica acumulou a direcção do clube com o cargo de director municipal da Administração do Território (DMAT) .

José Eduardo Simões está a acusado de nove crimes de corrupção por, alegadamente, ter utilizado o cargo municipal para angariar financiamentos de empreiteiros para a Académica. O empreendimento Jardins do Mondego, onde foram construídos mais andares do que o permitido, é um dos que estão no centro do processo.

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

No depoimento que prestou, Carlos Encarnação justificou que os andares construídos acima do previsto não podiam ser legalizados, porque o empreendimento tinha a capacidade construtiva esgotada, estando já majorada em 20 por cento.

João Rebelo acrescentou, por seu turno, que o entendimento geral dos serviços da câmara era o de que a obra devia ser embargada, contudo, não conseguiu precisar qual era na altura a opinião de José Eduardo Simões sobre a situação. Rebelo disse também não ter conhecimento de entraves colocados por Simões à intervenção dos fiscais naquela obra.

Em sessões anteriores, Emídio Mendes declarou em tribunal que construíra mais andares na expectativa de que a câmara os aprovasse, mas os seus depoimentos suscitaram dúvidas ao Ministério Público, que lhe instaurou um processo por falsas declarações. Emídio Mendes é um dos construtores suspeitos de terem recebido favores do ex-director municipal, a troco de apoio à Académica em dinheiro e até em jogadores. PÚBLICO/Lusa

marcar artigo