O Carmo e a Trindade: Casa Fernando Pessoa: desejo-lhe melhor futuro

19-12-2009
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Primeiro foi Júdice (Manuela, claro), depois Clara, a seguir Viegas, depois (agora), Inês. Pode parecer indelicado, agora que a nova directora tomou posse, colocar aqui algo desagradável sobre o que tem acontecido. Mas se não for agora que Inês Pedrosa vai começar, quando será? Se o fizer daqui por três meses, até pode parecer uma análise prematura à sua direcção.Portanto, vai ser agora. E de modo sucinto.Não é famosa a análise que os conhecedores de Pessoa fazem - e não terão pulso completamente livre...De um modo geral considera-se que Manuela Júdice, a primeira a dirigir a casa, e por muito tempo, teve a tarefa de instalar, promover e dinamizar as primeiras acções. Tratando-se de um período de ouro da gestão da CML, que duraria até se iniciar o inacreditável mandato de Santana Lopes, MJ teve toda a gente do seu lado e ao seu lado. Pelo que sei, promoveu o que se esperava dela: estudos pessoanos.Depois, começou aquela coisa. E aceitou ir para a Casa naquele quadro político perfeitamente previsível (sabia-se da aventura da Figueira da Foz...) - aceitou ir para lá, dizia, Clara Ferreira Alves. Na altura, fiquei estupefacto. Em quatro anos não conheço nada de relevante que CFA tenha produzido. A sério. Esteve ao nível de quem a convidou. Saiu cansada, não se sabe de quê, e com necessidade de tempo para a escrita, a vociferar contra a burocracia da Casa. Incrível: ela é que dirigia essa burocracia. Preferiu o alibi que «denunciou»no final à oportunidade magnífica que desperdiçou de, em quatro longos anos, ter simplesmente mudado isso...Nos dois anos seguintes, os últimos, esteve lá Francisco José Viegas. Umas parangonas iniciais, uma mão cheia de intenções naturais. Mas o resultado é este: a Casa desapareceu do mapa, definitivamente.Onde a dinâmica? Onde as edições pessoanas? Mais e mais fundo: onde a promoção junto de crianças e jovens? Onde o bairro pessoano, a Cidade pessoana? Onde?No entanto, Viegas não deixou de «atirar a primeira pedra» a Clara. Foi no Correio da Manhã: «A Casa Fernando Pessoa estava cheia de pó (...) Era uma casa sem actividades programadas. Havia vários processos em curso, para iniciativas mais ou menos institucionais, colaborações, mas não havia nada programado».Agora, é o tempo, o desafio e a oportunidade de Inês. Desejo-lhe melhor futuro. A ela e à Casa.


Primeiro foi Júdice (Manuela, claro), depois Clara, a seguir Viegas, depois (agora), Inês. Pode parecer indelicado, agora que a nova directora tomou posse, colocar aqui algo desagradável sobre o que tem acontecido. Mas se não for agora que Inês Pedrosa vai começar, quando será? Se o fizer daqui por três meses, até pode parecer uma análise prematura à sua direcção.Portanto, vai ser agora. E de modo sucinto.Não é famosa a análise que os conhecedores de Pessoa fazem - e não terão pulso completamente livre...De um modo geral considera-se que Manuela Júdice, a primeira a dirigir a casa, e por muito tempo, teve a tarefa de instalar, promover e dinamizar as primeiras acções. Tratando-se de um período de ouro da gestão da CML, que duraria até se iniciar o inacreditável mandato de Santana Lopes, MJ teve toda a gente do seu lado e ao seu lado. Pelo que sei, promoveu o que se esperava dela: estudos pessoanos.Depois, começou aquela coisa. E aceitou ir para a Casa naquele quadro político perfeitamente previsível (sabia-se da aventura da Figueira da Foz...) - aceitou ir para lá, dizia, Clara Ferreira Alves. Na altura, fiquei estupefacto. Em quatro anos não conheço nada de relevante que CFA tenha produzido. A sério. Esteve ao nível de quem a convidou. Saiu cansada, não se sabe de quê, e com necessidade de tempo para a escrita, a vociferar contra a burocracia da Casa. Incrível: ela é que dirigia essa burocracia. Preferiu o alibi que «denunciou»no final à oportunidade magnífica que desperdiçou de, em quatro longos anos, ter simplesmente mudado isso...Nos dois anos seguintes, os últimos, esteve lá Francisco José Viegas. Umas parangonas iniciais, uma mão cheia de intenções naturais. Mas o resultado é este: a Casa desapareceu do mapa, definitivamente.Onde a dinâmica? Onde as edições pessoanas? Mais e mais fundo: onde a promoção junto de crianças e jovens? Onde o bairro pessoano, a Cidade pessoana? Onde?No entanto, Viegas não deixou de «atirar a primeira pedra» a Clara. Foi no Correio da Manhã: «A Casa Fernando Pessoa estava cheia de pó (...) Era uma casa sem actividades programadas. Havia vários processos em curso, para iniciativas mais ou menos institucionais, colaborações, mas não havia nada programado».Agora, é o tempo, o desafio e a oportunidade de Inês. Desejo-lhe melhor futuro. A ela e à Casa.

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