O Carmo e a Trindade: Oposição contra novo projecto no Saldanha

18-12-2009
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Oposição contra novo projecto no Saldanha - no DNA aprovação de um loteamento na esquina da Av. Casal Ribeiro com o Saldanha, em Lisboa, que possibilitará a construção de um novo edifício naquela conhecida praça lisboeta, "poderá constituir um grave precedente" para outros projectos que "venham a ser aprovados naquela área ou na Fontes Pereira de Melo, nas mesmas condições", disse ao DN a vereadora da do PCP, Rita Magrinho.Na ordem de trabalhos da reunião do executivo municipal estava ontem agendada uma proposta subscrita pelo vereador Manuel Salgado que defendia a "aprovação e deferimento do pedido de operação de loteamento no Saldanha", apresentado pelo promotor espanhol Reyal Urbis, que comprou os imóveis devolutos da praça ao ex-dirigente do Benfica, Vítor Santos (Bibi).Na prática, o requerente pretende construir um único edifício em dois lotes. Para tal, é necessário proceder ao emparcelamento/loteamento. Contudo, a oposição encontra neste documento e nesta intenção aspectos discutíveis. "O que tem esta proposta diferente da que foi apresentada ainda no mandato do dr. Santana Lopes e que acabou indeferida? Nada!", disse ao DN Margarida Saavedra, do PSD. A vereadora social- -democrata questiona os critérios legais para aprovar o "uso de habitação numa zona eminentemente terciária, à luz do PDM".Além da questão dos usos, foi igualmente levantada a das cérceas e da altura. Segundo Rita Magrinho, "Este projecto tem pisos a mais. Tem 30 metros de altura ou dez pisos" e, além disso, "invoca-se a conformidade com um plano de cérceas para o Saldanha e Fontes Pereira de Melo que nunca foi aprovado e que não passa de um mero estudo, sem força legal", refere a mesma responsável.De acordo com o autor do projecto, o arquitecto português Vasco Massapina, "propõe-se um edifício de habitação plurifamiliar, com maior incidência de tipologias de características familiares: T2 e T3". Quanto aos usos, Massapina esclarece: "A introdução da habitação no espaço da praça tende a melhorar a miscigenação funcional do local, contribuindo para o equilíbrio e segurança informal do espaço da rua/praça ao longo das 24 horas do dia." O edifício deverá ter 45 fogos por nove pisos habitacionais, com um T1, dois T2 e dois T3 por piso. Quanto ao enquadramento na área, o projectista sublinha: " A volumetria-base do edifício proposto é uma grande superfície ondulante que se implanta segundo a geometria da Praça."Manuel Salgado reconhece que a Praça Duque de Saldanha "não é exemplar em matéria de harmonia de cérceas" e sublinha que a câmara pouco pode fazer sobre a matéria. Contudo, destaca o papel regularizador que a autarquia pode assumir no ordenamento do espaço público e irá fazê-lo", disse. À hora de fecho desta edição, a proposta ainda não tinha sido analisada.(ISABEL G)


Oposição contra novo projecto no Saldanha - no DNA aprovação de um loteamento na esquina da Av. Casal Ribeiro com o Saldanha, em Lisboa, que possibilitará a construção de um novo edifício naquela conhecida praça lisboeta, "poderá constituir um grave precedente" para outros projectos que "venham a ser aprovados naquela área ou na Fontes Pereira de Melo, nas mesmas condições", disse ao DN a vereadora da do PCP, Rita Magrinho.Na ordem de trabalhos da reunião do executivo municipal estava ontem agendada uma proposta subscrita pelo vereador Manuel Salgado que defendia a "aprovação e deferimento do pedido de operação de loteamento no Saldanha", apresentado pelo promotor espanhol Reyal Urbis, que comprou os imóveis devolutos da praça ao ex-dirigente do Benfica, Vítor Santos (Bibi).Na prática, o requerente pretende construir um único edifício em dois lotes. Para tal, é necessário proceder ao emparcelamento/loteamento. Contudo, a oposição encontra neste documento e nesta intenção aspectos discutíveis. "O que tem esta proposta diferente da que foi apresentada ainda no mandato do dr. Santana Lopes e que acabou indeferida? Nada!", disse ao DN Margarida Saavedra, do PSD. A vereadora social- -democrata questiona os critérios legais para aprovar o "uso de habitação numa zona eminentemente terciária, à luz do PDM".Além da questão dos usos, foi igualmente levantada a das cérceas e da altura. Segundo Rita Magrinho, "Este projecto tem pisos a mais. Tem 30 metros de altura ou dez pisos" e, além disso, "invoca-se a conformidade com um plano de cérceas para o Saldanha e Fontes Pereira de Melo que nunca foi aprovado e que não passa de um mero estudo, sem força legal", refere a mesma responsável.De acordo com o autor do projecto, o arquitecto português Vasco Massapina, "propõe-se um edifício de habitação plurifamiliar, com maior incidência de tipologias de características familiares: T2 e T3". Quanto aos usos, Massapina esclarece: "A introdução da habitação no espaço da praça tende a melhorar a miscigenação funcional do local, contribuindo para o equilíbrio e segurança informal do espaço da rua/praça ao longo das 24 horas do dia." O edifício deverá ter 45 fogos por nove pisos habitacionais, com um T1, dois T2 e dois T3 por piso. Quanto ao enquadramento na área, o projectista sublinha: " A volumetria-base do edifício proposto é uma grande superfície ondulante que se implanta segundo a geometria da Praça."Manuel Salgado reconhece que a Praça Duque de Saldanha "não é exemplar em matéria de harmonia de cérceas" e sublinha que a câmara pouco pode fazer sobre a matéria. Contudo, destaca o papel regularizador que a autarquia pode assumir no ordenamento do espaço público e irá fazê-lo", disse. À hora de fecho desta edição, a proposta ainda não tinha sido analisada.(ISABEL G)

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