O Carmo e a Trindade: Eleições intercalares de 15 de Julho em Lisboa

18-12-2009
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Na foto: a CML (Expresso)A prova provada da discriminação… E constatar isso agora serve de quê??O ‘Público’ de hoje refere que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) estudou a cobertura televisiva para a campanha e constatou que as «televisões deram mais visibilidade a Costa, Negrão e Carmona na campanha para Lisboa». Mas que novidade…Como já antes a mesma entidade tinha constatado que o mesmo sucedeu com os jornais. O que me choca ainda mais é a passividade destas constatações.E o que me chocou ainda mais na realidade das leituras diárias que fiz e dos visionamentos das peças de televisão foram coisas como: a paginação, o uso de fotos e de planos, a duração das peças, a extensão dos textos. Qual tratamento igual qual quê? Mesmo nos oito dias de campanha isso não foi verdade. Nem de longe nem de perto. Mas no mês e meio de pré-campanha, aí foi um grande escândalo.Fábrica de visibilidadesA televisão é uma fábrica. Fabrica personagens. Não apareces na TV, não existes. Tão simples quanto isto. É por isso que analisar agora depois da votação esta cobertura da campanha e da pré-campanha e colocar em cima as votações obtidas, como que para dizer «vejam, afinal as tvs tinham razão: as votações corresponderam mais ou menos às taxas de cobertura», como que para justificar as opções das televisões e sancionar a fraude fabricada – isso é de um cinismo revoltante…Dou apenas uma hipótese radical absurda: se nenhum canal tivesse falado de mais ninguém se não (por exemplo) de Garcia Pereira durante os mais de 40 dias, qual acham que teria sido o resultado?Mais as sondagensA este panorama dos jornais e das televisões, há que somar as sondagens. São de facto muitos os factores de discriminação. E de arrastamento dos eleitores. Todos adoram votar em quem se está mesmo a ver que vai ganhar… e as pessoas votam… e não é que ganham mesmo os candidatos beneficiados nas sondagens? Milagre!(Não me venham dizer que sou contra as sondagens. Para esse peditório já dei, francamente. Estou apenas a analisar, nem sequer estou à procura de soluções, neste momento).


Na foto: a CML (Expresso)A prova provada da discriminação… E constatar isso agora serve de quê??O ‘Público’ de hoje refere que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) estudou a cobertura televisiva para a campanha e constatou que as «televisões deram mais visibilidade a Costa, Negrão e Carmona na campanha para Lisboa». Mas que novidade…Como já antes a mesma entidade tinha constatado que o mesmo sucedeu com os jornais. O que me choca ainda mais é a passividade destas constatações.E o que me chocou ainda mais na realidade das leituras diárias que fiz e dos visionamentos das peças de televisão foram coisas como: a paginação, o uso de fotos e de planos, a duração das peças, a extensão dos textos. Qual tratamento igual qual quê? Mesmo nos oito dias de campanha isso não foi verdade. Nem de longe nem de perto. Mas no mês e meio de pré-campanha, aí foi um grande escândalo.Fábrica de visibilidadesA televisão é uma fábrica. Fabrica personagens. Não apareces na TV, não existes. Tão simples quanto isto. É por isso que analisar agora depois da votação esta cobertura da campanha e da pré-campanha e colocar em cima as votações obtidas, como que para dizer «vejam, afinal as tvs tinham razão: as votações corresponderam mais ou menos às taxas de cobertura», como que para justificar as opções das televisões e sancionar a fraude fabricada – isso é de um cinismo revoltante…Dou apenas uma hipótese radical absurda: se nenhum canal tivesse falado de mais ninguém se não (por exemplo) de Garcia Pereira durante os mais de 40 dias, qual acham que teria sido o resultado?Mais as sondagensA este panorama dos jornais e das televisões, há que somar as sondagens. São de facto muitos os factores de discriminação. E de arrastamento dos eleitores. Todos adoram votar em quem se está mesmo a ver que vai ganhar… e as pessoas votam… e não é que ganham mesmo os candidatos beneficiados nas sondagens? Milagre!(Não me venham dizer que sou contra as sondagens. Para esse peditório já dei, francamente. Estou apenas a analisar, nem sequer estou à procura de soluções, neste momento).

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