sorumbático: “Os Supremos Magistrados”

19-12-2009
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Por Joaquim LetriaO GENERAL GARCIA DOS SANTOS foi à TV conversar connosco. Contou-nos, outra vez, como esteve 14 anos sem trabalho, afastado e condenado por ter denunciado a existência de corrupção na Junta Autónoma das Estradas, que agora é a mesma coisa mas com outro nome, pois chama-se “Estradas de Portugal”.A parte mais interessante da conversa talvez tenha sido, no meu ponto de vista, aquela em que o homem das comunicações do golpe militar de 74 confessa que não foi para estarmos no estado em que nos encontramos que se fez o 25 de Abril.O general, que foi chefe do Estado Maior do Exército, recorda que escreveu ao presidente Sampaio por causa da corrupção, mas que este nem sequer lhe respondeu, tal o interesse demonstrado e como compete e fica bem a um Chefe do Estado, o qual, revela o general, parece andar agora muito interessado no combate “a este flagelo”, o que, no mínimo, lhe dá vontade de rir. Também o actual Presidente da República, na opinião do general, não está a fazer a ponta dum corno para dificultar a vida aos corruptos.Esta conversa e as atitudes impolutas dos “Supremos Magistrados da Nação” nela contidas bem nos podem tranquilizar. Estamos sempre nas melhores mãos.«24 horas» de 16 de Dezembro de 2009Etiquetas: JL

Por Joaquim LetriaO GENERAL GARCIA DOS SANTOS foi à TV conversar connosco. Contou-nos, outra vez, como esteve 14 anos sem trabalho, afastado e condenado por ter denunciado a existência de corrupção na Junta Autónoma das Estradas, que agora é a mesma coisa mas com outro nome, pois chama-se “Estradas de Portugal”.A parte mais interessante da conversa talvez tenha sido, no meu ponto de vista, aquela em que o homem das comunicações do golpe militar de 74 confessa que não foi para estarmos no estado em que nos encontramos que se fez o 25 de Abril.O general, que foi chefe do Estado Maior do Exército, recorda que escreveu ao presidente Sampaio por causa da corrupção, mas que este nem sequer lhe respondeu, tal o interesse demonstrado e como compete e fica bem a um Chefe do Estado, o qual, revela o general, parece andar agora muito interessado no combate “a este flagelo”, o que, no mínimo, lhe dá vontade de rir. Também o actual Presidente da República, na opinião do general, não está a fazer a ponta dum corno para dificultar a vida aos corruptos.Esta conversa e as atitudes impolutas dos “Supremos Magistrados da Nação” nela contidas bem nos podem tranquilizar. Estamos sempre nas melhores mãos.«24 horas» de 16 de Dezembro de 2009Etiquetas: JL

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