Eleições Viciadas?: Quando a fraude eleitoral atinge o Reino Unido

20-05-2011
marcar artigo


Trata-se de um fenómeno que ainda hoje não parece estar solvido (aqui)Um esquema de fraude eleitoral, através do voto por correspondência, levou diversos políticos à cadeia após as eleições locais e europeias de 10 de Junho de 2004.Logo após as eleições surgiram alegações de abuso e fraude eleitoral.O volume de votos postais tinha duplicado nas quatro regiões piloto, face aos valores de 1999.Em Bordesley, o PJP perdeu os seus dois membros do conselho, coincidindo essa votação com uma explosão dos votos postais de 600 para oito mil, o mais elevado do país. Pessoas apresentaram-se para votar e o seu voto já tinha sido descarregado, por um voto postal. Muitas pessoas declararam terem votado PJP, mas que alguém tinha recolhido esses votos e que apareceram como votos nos trabalhistas.Em Aston, a queixa foi apresentada pelo democratas liberais contra três pessoas, apanhadas a manusear votos postais num armazém deserto da cidade.«O sistema é escancarado à fraude e qualquer aspirante a defraudador o sabe», afirmou o magistrado encarregue do caso. E acusou o Governo de não só ser complacente, mas de negar as falhas do sistema. O caso de Birmingham foi considerado como podendo suscitar apreensões globais sobre todo o sistema.Investigações de jornalistas descobriram que muitos endereços dados eram de imóveis desocupados. Os residentes de várias localidades tinham sido visitadas por supostamente funcionários eleitorais para registar falsos eleitores nas moradas das pessoas contactadas. Uma das moradas dadas, relativa a um imóvel pretencente a um empresário apoiante do Partido Trabalhista, tinha uma dezena de pessoas inscritas que não viviam lá. A 3 de Abril de 2005, o presidente da Comissão Eleitoral admitiu que o uso do voto postal nas eleições gerais poderia ser usado para a fraude. O tribunal condenou os acusados a 3 anos e 7 meses de cadeia por ter roubado o voto postal de 233 pessoas. Uma semana depois, o responsável pelos serviços eleitorais de Birmingham foi suspenso depois de se ter descoberto cerca de mil votos postais não contados.O Governo continuou a resistir às pressões da oposição para rever a legislação. Só em Março de 2006, o Governo aprovou um conjunto de medidas para evitar o uso indevido dos votos postais, mas recusou-se ainda a incluir medidas legais que impeçam os activistas partidários de manipular os votos postais e de os transportar para ao local de votação. Em 2001, quando o voto postal se tornou disponível a pedido, apenas abrangeu 3,9 por cento dos votantes. Quatro anos depois, estimava-se que já abrangesse 15 por cento do eleitorado votante


Trata-se de um fenómeno que ainda hoje não parece estar solvido (aqui)Um esquema de fraude eleitoral, através do voto por correspondência, levou diversos políticos à cadeia após as eleições locais e europeias de 10 de Junho de 2004.Logo após as eleições surgiram alegações de abuso e fraude eleitoral.O volume de votos postais tinha duplicado nas quatro regiões piloto, face aos valores de 1999.Em Bordesley, o PJP perdeu os seus dois membros do conselho, coincidindo essa votação com uma explosão dos votos postais de 600 para oito mil, o mais elevado do país. Pessoas apresentaram-se para votar e o seu voto já tinha sido descarregado, por um voto postal. Muitas pessoas declararam terem votado PJP, mas que alguém tinha recolhido esses votos e que apareceram como votos nos trabalhistas.Em Aston, a queixa foi apresentada pelo democratas liberais contra três pessoas, apanhadas a manusear votos postais num armazém deserto da cidade.«O sistema é escancarado à fraude e qualquer aspirante a defraudador o sabe», afirmou o magistrado encarregue do caso. E acusou o Governo de não só ser complacente, mas de negar as falhas do sistema. O caso de Birmingham foi considerado como podendo suscitar apreensões globais sobre todo o sistema.Investigações de jornalistas descobriram que muitos endereços dados eram de imóveis desocupados. Os residentes de várias localidades tinham sido visitadas por supostamente funcionários eleitorais para registar falsos eleitores nas moradas das pessoas contactadas. Uma das moradas dadas, relativa a um imóvel pretencente a um empresário apoiante do Partido Trabalhista, tinha uma dezena de pessoas inscritas que não viviam lá. A 3 de Abril de 2005, o presidente da Comissão Eleitoral admitiu que o uso do voto postal nas eleições gerais poderia ser usado para a fraude. O tribunal condenou os acusados a 3 anos e 7 meses de cadeia por ter roubado o voto postal de 233 pessoas. Uma semana depois, o responsável pelos serviços eleitorais de Birmingham foi suspenso depois de se ter descoberto cerca de mil votos postais não contados.O Governo continuou a resistir às pressões da oposição para rever a legislação. Só em Março de 2006, o Governo aprovou um conjunto de medidas para evitar o uso indevido dos votos postais, mas recusou-se ainda a incluir medidas legais que impeçam os activistas partidários de manipular os votos postais e de os transportar para ao local de votação. Em 2001, quando o voto postal se tornou disponível a pedido, apenas abrangeu 3,9 por cento dos votantes. Quatro anos depois, estimava-se que já abrangesse 15 por cento do eleitorado votante

marcar artigo