Regulamento dos centros de avaliação ainda em preparação

15-12-2010
marcar artigo

No início deste ano, o presidente do IMTT, Crisóstomo Teixeira, disse que os Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP) entrariam em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano. Os CAMP destinam-se a substituir os laboratórios de Psicologia privados e está prevista a instalação de um por distrito. Mas segundo a informação escrita fornecida há poucos dias ao PÚBLICO pelo IMTT, percebe-se que o prazo do primeiro trimestre de 2011 dificilmente será cumprido. "Está em preparação" a regulamentação que, "entre outras matérias, estabelecerá as bases da futura atribuição da exploração dos CAMP a entidades privadas e os requisitos" que os mesmos devem observar, quanto a médicos e psicólogos, instalações e equipamentos.

Até à entrada em funcionamento dos centros, a avaliação continua a ser efectuada "nos moldes actuais", pode ler-se no documento.

Ainda no início deste ano, a criação dos CAMP foi saudada pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes: a medida, entende, retira aos médicos de família "o ónus de terem de passar atestados de competência de condução aos próprios doentes".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

O presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), Manuel João Ramos, considera imprescindível a realização dos testes psicológicos aos condutores profissionais, uma vez que os veículos pesados têm maior potencial de provocar danos em caso de acidente. "É relevante que a sociedade possa assegurar-se de que o condutor profissional tem o perfil adequado", sublinha.

Porém, Manuel João Ramos pergunta se o resultado destes testes "não será comprado, do mesmo modo que há alguns anos se comprava a carta de condução". E questiona: "Quem é que deve fazer a verificação disto tudo?" Não espera uma boa resposta, até porque recorda a recente notícia de uma auditoria à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que detectou a "incapacidade" daquele organismo em dar seguimento às sanções apuradas pela fiscalização.

Questionado sobre a importância de estender os testes à generalidade dos condutores, Manuel João Ramos lembra que, antes disso, existe um problema muito grave: o grau de literacia dos portugueses. O líder da ACA-M explica que, segundo dados recentes, 49 por cento dos portugueses sabem ler, mas não percebem a mensagem. A.R.

No início deste ano, o presidente do IMTT, Crisóstomo Teixeira, disse que os Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP) entrariam em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano. Os CAMP destinam-se a substituir os laboratórios de Psicologia privados e está prevista a instalação de um por distrito. Mas segundo a informação escrita fornecida há poucos dias ao PÚBLICO pelo IMTT, percebe-se que o prazo do primeiro trimestre de 2011 dificilmente será cumprido. "Está em preparação" a regulamentação que, "entre outras matérias, estabelecerá as bases da futura atribuição da exploração dos CAMP a entidades privadas e os requisitos" que os mesmos devem observar, quanto a médicos e psicólogos, instalações e equipamentos.

Até à entrada em funcionamento dos centros, a avaliação continua a ser efectuada "nos moldes actuais", pode ler-se no documento.

Ainda no início deste ano, a criação dos CAMP foi saudada pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes: a medida, entende, retira aos médicos de família "o ónus de terem de passar atestados de competência de condução aos próprios doentes".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

O presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), Manuel João Ramos, considera imprescindível a realização dos testes psicológicos aos condutores profissionais, uma vez que os veículos pesados têm maior potencial de provocar danos em caso de acidente. "É relevante que a sociedade possa assegurar-se de que o condutor profissional tem o perfil adequado", sublinha.

Porém, Manuel João Ramos pergunta se o resultado destes testes "não será comprado, do mesmo modo que há alguns anos se comprava a carta de condução". E questiona: "Quem é que deve fazer a verificação disto tudo?" Não espera uma boa resposta, até porque recorda a recente notícia de uma auditoria à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que detectou a "incapacidade" daquele organismo em dar seguimento às sanções apuradas pela fiscalização.

Questionado sobre a importância de estender os testes à generalidade dos condutores, Manuel João Ramos lembra que, antes disso, existe um problema muito grave: o grau de literacia dos portugueses. O líder da ACA-M explica que, segundo dados recentes, 49 por cento dos portugueses sabem ler, mas não percebem a mensagem. A.R.

marcar artigo