Mar Salgado:

31-05-2010
marcar artigo

Mar Salgado sexta-feira, fevereiro 9: AGORA NÓS...: Caro Stephens, não me esqueci.

Você dizia que o seu voto pelo SIM era pela vida e que o meu voto NÃO não poupava nenhuma vida. Imagino que neste momento da campanha já esteja convencido do equívoco do seu raciocínio, mas vamos lá ver.

Nenhum de nós duvida que está ali um ser humano com dez semanas, que se trata de uma vida humana que, se ninguém lhe fizer mal, verá a luz do dia cerca de seis meses mais tarde. Só por estar ali um ser humano distinto da pessoa que o acolhe e abriga durante os cerca de nove meses é que o aborto é considerado por si (e por mim) como uma coisa "má e terrível", de outra forma não seria.

Ambos sabemos também que é panfletário o argumento da morte cerebral para contrapor ao momento do início da vida. O argumento da morte cerebral funciona como um respeito pela vida, pelo prolongamento até ao limite da vida humana no seu término e não fará sentido estendê-lo no final, destapando o início. Por outras palavras, o princípio que está subjacente a que se utilize esse momento para se determinar a morte, aplicado ao momento do seu início, leva necessariamente a que consideremos vida humana o feto com dez semanas.

De forma que quando você diz que o seu voto SIM salva vidas, não está a equacionar toda a realidade. Você só está a pensar nas vidas das mulheres e não nas dos filhos abortados e isso é batota na contabilidade das vidas salvas, pois por cada vida efectiva de mulher que julga salvar, você abre as portas à destruição de centenas ou milhares (os do sim costumam falar em milhões de abortos mas eu sou mais comedido...) de vidas pelo aborto livre.

O voto SIM neste referendo, nenhum de nós duvida, permite que o aborto seja completamente livre até às dez semanas; não existirá nenhuma ponderação de valores, a mulher pode chegar ao hospital e dizer "quero abortar". Sem mais. Fica a ser direito da mulher. Isso não obrigará ninguém mas impele e incentiva a mulher a abortar, é natural que assim seja. Em qualquer conflito que a mulher possa ter quanto à sua gravidez, é-lhe apontado o caminho mais fácil: está ali, à sua espera, num hospital perto de si, grátis.

É impossível que o produto não se venda em catadupa.

Você quer proteger uma pessoa que não se protegeu a si própria desprotegendo por completo o feto inocente. Isto não pode ser considerado um bem em lado nenhum do globo.

Eu prefiro proteger o feto inocente e recuso-me a conceber que seja possível, que seja livre, que seja um direito a pessoa dispor desse feto inocente só porque quer.

Se efectivamente pretende a despenalização do aborto, Stephens, sabe tão bem como eu que existiriam inúmeras maneiras de o fazer sem que se caísse nesta monstruosidade de se tornar completamente livre o aborto a simples pedido da mulher, até às dez semanas.

Isto não é modernidade nem acompanha a Europa (cujos países mais civilizados tentam actualmente impedir por todas as formas o aborto); é um atraso e um retrocesso civilizacional de 40 anos! Vamos a tempo de parar este retrocesso, votando NÃO. E certamente que logo que passar a birra e o amuo a José Sócrates pela derrota do SIM será possível construir uma solução que não venha a reboque da estrema-esquerda e que não liberalize o aborto.

Sim, pois você sabe muito bem que isto mais não é do que uma ratoeira da extrema-esquerda (bloquistas e comunistas) para tornarem o aborto livre uma coisa normal, natural e quase boa.

Tem visto gente a defender isto como quase um método anticoncepcional, um curioso método "anti-pós-concepção". Gente a dizer que é um direito da mulher, alguns mesmo a clamarem que o aborto é um direito da criança, o direito a ser desejada. Já viu tamanha enormidade?

Vote NÃO. Este voto é que salva verdadeiramente vidas. Muitas. E exija dos nossos governantes maiores apoios a quem deseje ajudar e apoiar a vida. Vote NÃO, essencialmente porque é o que o bebé faria.

posted by VLX on 3:13 da tarde #

Mar Salgado sexta-feira, fevereiro 9: AGORA NÓS...: Caro Stephens, não me esqueci.

Você dizia que o seu voto pelo SIM era pela vida e que o meu voto NÃO não poupava nenhuma vida. Imagino que neste momento da campanha já esteja convencido do equívoco do seu raciocínio, mas vamos lá ver.

Nenhum de nós duvida que está ali um ser humano com dez semanas, que se trata de uma vida humana que, se ninguém lhe fizer mal, verá a luz do dia cerca de seis meses mais tarde. Só por estar ali um ser humano distinto da pessoa que o acolhe e abriga durante os cerca de nove meses é que o aborto é considerado por si (e por mim) como uma coisa "má e terrível", de outra forma não seria.

Ambos sabemos também que é panfletário o argumento da morte cerebral para contrapor ao momento do início da vida. O argumento da morte cerebral funciona como um respeito pela vida, pelo prolongamento até ao limite da vida humana no seu término e não fará sentido estendê-lo no final, destapando o início. Por outras palavras, o princípio que está subjacente a que se utilize esse momento para se determinar a morte, aplicado ao momento do seu início, leva necessariamente a que consideremos vida humana o feto com dez semanas.

De forma que quando você diz que o seu voto SIM salva vidas, não está a equacionar toda a realidade. Você só está a pensar nas vidas das mulheres e não nas dos filhos abortados e isso é batota na contabilidade das vidas salvas, pois por cada vida efectiva de mulher que julga salvar, você abre as portas à destruição de centenas ou milhares (os do sim costumam falar em milhões de abortos mas eu sou mais comedido...) de vidas pelo aborto livre.

O voto SIM neste referendo, nenhum de nós duvida, permite que o aborto seja completamente livre até às dez semanas; não existirá nenhuma ponderação de valores, a mulher pode chegar ao hospital e dizer "quero abortar". Sem mais. Fica a ser direito da mulher. Isso não obrigará ninguém mas impele e incentiva a mulher a abortar, é natural que assim seja. Em qualquer conflito que a mulher possa ter quanto à sua gravidez, é-lhe apontado o caminho mais fácil: está ali, à sua espera, num hospital perto de si, grátis.

É impossível que o produto não se venda em catadupa.

Você quer proteger uma pessoa que não se protegeu a si própria desprotegendo por completo o feto inocente. Isto não pode ser considerado um bem em lado nenhum do globo.

Eu prefiro proteger o feto inocente e recuso-me a conceber que seja possível, que seja livre, que seja um direito a pessoa dispor desse feto inocente só porque quer.

Se efectivamente pretende a despenalização do aborto, Stephens, sabe tão bem como eu que existiriam inúmeras maneiras de o fazer sem que se caísse nesta monstruosidade de se tornar completamente livre o aborto a simples pedido da mulher, até às dez semanas.

Isto não é modernidade nem acompanha a Europa (cujos países mais civilizados tentam actualmente impedir por todas as formas o aborto); é um atraso e um retrocesso civilizacional de 40 anos! Vamos a tempo de parar este retrocesso, votando NÃO. E certamente que logo que passar a birra e o amuo a José Sócrates pela derrota do SIM será possível construir uma solução que não venha a reboque da estrema-esquerda e que não liberalize o aborto.

Sim, pois você sabe muito bem que isto mais não é do que uma ratoeira da extrema-esquerda (bloquistas e comunistas) para tornarem o aborto livre uma coisa normal, natural e quase boa.

Tem visto gente a defender isto como quase um método anticoncepcional, um curioso método "anti-pós-concepção". Gente a dizer que é um direito da mulher, alguns mesmo a clamarem que o aborto é um direito da criança, o direito a ser desejada. Já viu tamanha enormidade?

Vote NÃO. Este voto é que salva verdadeiramente vidas. Muitas. E exija dos nossos governantes maiores apoios a quem deseje ajudar e apoiar a vida. Vote NÃO, essencialmente porque é o que o bebé faria.

posted by VLX on 3:13 da tarde #

marcar artigo